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Albert Speer (1905-1981) -

Albert Speer era um arquiteto de formação. Ele projetou e construiu vários edifícios notáveis em Berlim e em outros lugares da Alemanha Nazista.

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Aliado próximo de Hitler -

Speer juntou-se ao Partido Nazista em 1931 e logo se tornou um aliado próximo de Adolf Hitler. Ele é retratado aqui no Estúdio Speer na Baviera mostrando a Hitler as plantas de um projeto arquitetônico em Obersalzberg.

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Nuremberg -

Hitler instruiu Speer a projetar um local adequado em tamanho e grandeza para sediar os comícios do partido nazista em Nuremberg. O arquiteto criou o Zeppelinfeld (Campo Zeppelin), uma enorme área de movimentação de tropas que apresentava um imenso salão de tribuna. Na foto está um desfile militar das tropas de Luftwaffe para marcar o Dia da Wehrmacht em Nuremberg, em setembro de 1936.

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Grande escala -

O Rally de Nuremberg de 1938 incluiu eventos por ocasião do "Dia da Comunidade", onde 5.000 membros da Liga das Moças Alemãs apresentaram danças folclóricas e exibições de ginástica em frente ao triunfo arquitetônico projetado por Speer.

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Catedral da Luz -

A Catedral da Luz, ou Lichtdom, foi uma das principais obras estéticas dos comícios do Partido Nazista em Nuremberg. Concebido por Speer e aplaudido por Hitler, este impressionante show de luzes servia como cerimônia de encerramento de todos os comícios entre 1934 e 1938. A "catedral" consistia de 152 holofotes antiaéreos, em intervalos de 12 metros, destinados a criar uma série de barras verticais de luz ao redor do público.

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Paris Expo 1937 -

Speer também projetou o pavilhão nazista da Alemanha na exposição mundial de Paris em 1937 para representar um baluarte contra o comunismo. O pavilhão soviético foi colocado de frente para o da Alemanha, fato que transformou a exposição em uma competição entre os dois grandes rivais ideológicos.

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Medalha de ouro -

Na imagem, membros do público se misturam com funcionários dentro do pavilhão alemão em Paris, durante a exposição de 1937. Speer e o arquiteto soviético Boris Iofan receberam medalhas de ouro por seus respectivos projetos. Além disso, o júri concedeu a Speer um Grande Prêmio para seu modelo de campo de rally do partido em Nuremberg, uma instalação que já estava construída e funcionando.

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Reconstruindo Berlim -

Em 1937, Hitler nomeou Speer como Inspetor Geral de Construção da Capital do Reich. O arquiteto foi encarregado de desenvolver planos para reconstruir Berlim. Estes incluíam projetar uma enorme avenida, a Prachtstrasse, ou Rua da Magnificência, um arco do triunfo e o Volkshalle, uma enorme sala de assembleia com doma. Na foto está a maquete de Speer, montada em escala.

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Designs para o ditador -

Nesta foto podemos ver Hitler, o ajudante Julius Schaub, Speer, Dr. Fritz Todt, Dr. Otto Dietrich, Joseph Goebbels e Hermann Esser se reunirem em torno de um modelo para o edifício Haus des Deutschen Fremdenverkehrs em Berlim.

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Ideias imcompletas -

Aqui vemos Hitler inspecionando a maquete de Speer para o planejado estádio alemão no Rally de Nuremberg de 1937, antes da colocação da pedra de fundação. O estádio nunca foi concluído. Na foto também está o ministro de Assuntos da Igreja, Hanns Kerrl, o chefe de gabinete da SA (milícia paramilitar durante o Nazismo), Viktor Lutze, e Speer.

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Ambicioso demais -

Esse é o modelo arquitetônico da Runden Platz ("Praça Redonda"). A eclosão da Segunda Guerra Mundial em 1939 levou ao adiamento do projeto e, posteriormente, ao abandono da ideia de construção.

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A nova chancelaria de Hitler -

Um projeto que foi concluído, no entanto, foi a construção da nova chancelaria do Reich. Os planos foram elaborados em 1936. Edifícios no centro de Berlim Voßstraße foram demolidos para dar lugar a instalações imponentes, efetivamente à nova sede de governo de Hitler.

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Trabalho forçado -

Trabalhadores da construção civil trabalhavam em turnos de 10 a 12 horas para cumprir prazos rigorosos. A escassez de mão-de-obra foi atendida por detentos de dois campos de concentração, forçados a trabalhar na pedreira. Uma fábrica de tijolos foi construída perto do campo de concentração de Oranienburg a mando de Speer para acelerar os procedimentos. Na foto está o Pátio de Honra da Chancelaria.

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Imponência -

A chancelaria foi concluída no início de janeiro de 1939. A grande sala de estudos era uma das favoritos do ditador. Na foto está o salão e a escrivaninha de Hitler.

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Trabalho escravo e a expulsão dos judeus -

Em 1939, o departamento de Speer usou as Leis de Nuremberg para despejar inquilinos judeus (que alugavam suas casas de proprietários não judeus) em Berlim. Tudo isso para abrir espaço para que inquilinos não judeus fossem deslocados para esses espaços em caso de obras de redesenvolvimento ou de bombardeios. Speer também usava judeus como mão-de-obra forçada para construir estradas e limpar detritos. Com a construção dos planos de Berlim e Nuremberg interrompida, os escritórios de Speer passaram a realizar obras para todos os ramos militares e para as SS, usando mão-de-obra escrava.

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Organização Todt -

Em 1942, Speer foi nomeado ministro dos armamentos para substituir Fritz Todt, que havia morrido em um acidente de avião. Speer também foi nomeado como chefe da Organização Todt, uma enorme empresa de construção controlada pelo governo. Na imagem, vemos Speer ao lado de Todt, a quem foi concedido um funeral com honras de Estado.

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Promoção como ministro dos armamentos -

nesta foto vemos um sorridente Albert Speer recebendo o título de ministro dos armamentos de Hitler. A promoção de Speer fez com que qualquer ambição arquitetônica do oficial fosse colocada em pausa.

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De arquiteto a engenheiro -

Como chefe da Organização Todt, Speer supervisionou uma vasta gama de projetos de engenharia tanto na Alemanha Nazista quanto em territórios ocupados, da França à União Soviética. Ele tornou-se famoso por usar trabalho forçado.

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Novos deveres -

O ministro dos armamentos, Albert Speer (de perfil, terceiro da direita para a esquerda), numa visita às defesas costeiras da Muralha do Atlântico em 1942, durante sua construção.

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Fábricas -

Enquanto alemães não judeus eram empregados em fábricas, 140.000 trabalhadores escravizados trabalhavam em fábricas secretas subterrâneas onde a disciplina era brutal e as execuções eram comuns.

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Visita ao campo de concentração -

Speer e o gauleiter (líder provincial) nazista, August Eigruber, durante a inspeção de uma fábrica na Alta Áustria, onde os prisioneiros eram forçados a trabalhar. Após a guerra, Eigruber foi enforcado por sua responsabilidade por crimes no campo de concentração de Mauthausen, onde dezenas de milhares de prisioneiros morreram.

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Programa de foguetes V-1 e v-2 -

No final da guerra, essas novas armas devastadoras estavam sendo montadas em Mittelwerk usando trabalho escravo do campo de concentração de Mittelbau-Dora. Das 60.000 pessoas que acabaram no acampamento, 20.000 morreram devido às terríveis condições.

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O julgamento de Nuremberg -

A derrota da Alemanha Nazista terminou com a prisão de Speer por crimes de guerra. Ele foi um dos vários oficiais nazistas de alto escalão (entre eles Hermann Göring e Rudolf Hess) a ser julgado em Nuremberg.

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Sentença -

Speer foi eventualmente considerado culpado de crimes de guerra e contra a humanidade, principalmente pelo uso de trabalho escravo e forçado. Sua alegação de que não tinha conhecimento dos planos nazistas de extermínio e do Holocausto o salvou de ir para a forca. Em 1º de outubro de 1946, ele foi condenado a 20 anos de prisão.

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Prisão de Spandau -

Speer cumpriu sua pena na prisão de Spandau (foto de 1951), durante a qual escreveu suas memórias. Este trabalho tornou-se a base de seu livro, 'Por dentro do Terceiro Reich'.

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Libertação da prisão -

A libertação de Speer da prisão em 2 de outubro de 1966 virou manchete em todo o mundo. Ele começou a escrever em tempo integral, publicando vários livros: suas memórias viraram um grande sucesso.

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Um homem livre -

Vivendo confortavelmente em Heidelberg, Speer começou a perpetuar seu próprio mito como um "bom nazista". Ele continuou a negar qualquer conhecimento dos planos nazistas de extermínio e a perseguição aos judeus.

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Legado na arquitetura -

Na imagem, podemos ver pequenos restos das obras arquitetônicas pessoais de Speer. A tribuna principal de Zeppelinfeld em Nuremberg está em ruínas parciais (foto), atraindo visitantes e historiadores curiosos pela sua concha de concreto sólido.

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Schwerbelastungskörper -

Nenhum edifício projetado por Speer durante a era nazista permanece de pé em Berlim, exceto o Schwerbelastungskörper, um corpo pesado construído por volta de 1941. O cilindro agora é um marco protegido e está aberto ao público.

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Morte e culpa -

Albert Speer morreu em Londres em 1º de setembro de 1981. Ele está enterrado ao lado de sua esposa, Margarete, em Heidelberg. Ele negava estar presente nos discursos de Posen - conferências secretas, de três horas de duração, feitas em outubro de 1943 no Salão de Ouro do Castelo de Posen. Os discursos de Posen foram proferidos aos líderes nazistas pelo chefe da SS, Heinrich Himmler, nos quais era pedido o extermínio dos judeus. No entanto, em 2007, o jornal The Guardian informou que uma carta de Speer datada de 23 de dezembro de 1971 havia sido encontrada em uma coleção de suas correspondências. Nela, Speer diz: "Não há dúvida — eu estava presente quando Himmler anunciou em 6 de outubro de 1943 que todos os judeus seriam mortos." Se ele tivesse contado tudo isso em Nuremberg, provavelmente teria sido enforcado.

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