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"Espanha em Liberdade" -

Em janeiro de 2025, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez fez um discurso em Madri durante o evento "Espanha em Liberdade" para marcar o 50º aniversário da morte de Francisco Franco, o líder autoritário que governou de 1939 a 1975.

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Ressurgimento da extrema direita -

O primeiro-ministro da Espanha chefiou o primeiro de uma série de eventos de um ano para comemorar a transição do país para uma democracia parlamentar há 50 anos. Em seu discurso, Sanchez alertou que a extrema direita estava mais uma vez ascendendo na Europa.

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Franco escolhe um sucessor -

Em 1969, o general Franco designou o príncipe Juan Carlos, neto do rei da Espanha na época, Afonso XIII, como seu sucessor oficial.

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Morte de um ditador -

Em 20 de novembro de 1975, Franco morreu. Este acontecimento foi lamentado por milhões de espanhóis conservadores, mas o clima após sua passagem foi de incerteza e medo. Inevitavelmente, talvez, um período de significativa instabilidade política e violência se seguiu.

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Funeral de Franco -

O funeral de Franco ocorreu no Palácio Real de Madri em 23 de novembro. Sua morte marcou o fim de uma das mais longas ditaduras da Europa. Também sinalizou o primeiro passo para a Espanha em direção a uma complexa transição democrática.

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Proclamação do Rei Juan Carlos I -

Um dia antes, 27 de novembro, a Proclamação do Rei Juan Carlos I e da Rainha Sofia ocorreu em meio a muito luxo no Palácio de las Cortes, em Madri.

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Governo nascente -

Juan Carlos inicialmente não nomeou um novo primeiro-ministro, deixando no lugar o então chefe de governo de Franco, Carlos Arias Navarro, visto aqui à direita do rei durante a primeira reunião de gabinete do monarca.

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O massacre de Atocha -

O terrorismo de extrema direita surgiu na Espanha após a morte de Franco. Em Madri, em 4 de janeiro de 1977, cinco ativistas trabalhistas do Partido Comunista e da Comissão dos Trabalhadores foram assassinados por extremistas de direita na esperança de provocar uma resposta violenta da esquerda. Em vez disso, o ataque gerou uma repulsa popular em massa ao neofascismo e acelerou a legalização do Partido Comunista, há muito banido. Na foto, está o cortejo fúnebre de três das vítimas, com a presença de até 100 mil pessoas.

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Adolfo Suárez eleito primeiro-ministro -

Em junho de 1977, Adolfo Suárez foi escolhido como o primeiro primeiro-ministro democraticamente eleito da Espanha desde a Segunda República Espanhola. Ele se tornou uma figura importante na transição do país para a democracia após a ditadura de Francisco Franco.

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ETA e o terrorismo de extrema direita -

Entre 1975 e o início dos anos 1980, dezenas de pessoas se tornaram vítimas de ataques atribuídos ao terrorismo de extrema direita. Enquanto isso, a organização separatista basca ETA (Euskadi Ta Azkatasuna, cujo nome significa Pátria Basca e Liberdade), fundada em 1959, manteve uma campanha de atentados, assassinatos e sequestros por toda a Espanha até sua dissolução em 2018.

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Tentativa de golpe -

Em 1981, elementos da Guarda Civil e do exército espanhol tentaram um golpe de estado. Em 23 de fevereiro, o tenente-coronel Antonio Tejero (esquerda), junto com 200 co-conspiradores armados, invadiram a câmara do Congresso dos Deputados em Madri em uma tentativa de reverter a Espanha de volta a um governo franquista.

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Derrubada frustrada -

O esforço para destituir o governo falhou. Pouco depois, o rei Juan Carlos I apareceu na televisão nacional para condenar a tentativa de golpe contra ele.

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Espanha adere à OTAN -

A Espanha se juntou à OTAN em maio de 1982. Sua ascensão ocorreu durante um período de agitação internacional e considerável oposição doméstica. Manifestantes foram às ruas em muitas cidades protestando contra a filiação plena à Aliança e contra a permanência de bases militares dos EUA em território espanhol.

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Transição para a democracia -

Dizem que a transição para a democracia foi concluída após a vitória esmagadora do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) nas eleições gerais de outubro de 1982 — a primeira transferência pacífica do poder executivo. O partido, liderado por Felipe González, obteve 48,1% dos votos.

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Espanha adere à União Europeia -

A liberalização da Espanha foi concluída após González assinar o tratado de adesão às Comunidades Europeias (União Europeia) em 12 de junho de 1985, em Madri. A Espanha também reforçou seu compromisso com a integração ao assinar o Acordo de Schengen em junho de 1991.

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Barcelona sedia os Jogos Olímpicos de Verão -

A realização das Olimpíadas de 1992 em Barcelona foi um evento marcante. A capital da comunidade autônoma da Catalunha usou os Jogos para transformar a face da cidade e impulsionar a economia local.

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Retorno do terrorismo -

O terrorismo retornou à Espanha em 2004, quando 10 explosivos foram detonados em quatro trens de passageiros em Madri, matando 191 pessoas e ferindo centenas de outras. O primeiro-ministro José María Aznar culpou o grupo militante basco ETA, mas, na verdade, terroristas inspirados pela Al Qaeda estavam por trás das atrocidades.

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O atentado ao aeroporto de Madri-Barajas -

O ETA admitiu ter bombardeado a área de estacionamento do Terminal 4 do Aeroporto de Madri–Barajas em 2006. O ataque matou duas pessoas e feriu 52.

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Espanha vence a Copa do Mundo -

Os astros do futebol espanhol conquistaram sua vitória no Campeonato Europeu da UEFA em 2008 e ergueram o troféu da Copa do Mundo da FIFA logo depois, em 2010. Essa marca notável estabeleceu a seleção como uma potência do futebol internacional. Eles ergueram o troféu da Euro novamente em 2012.

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Outra tragédia -

A tragédia visitou a Espanha novamente quando 13 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas. O motorista de uma van atropelou uma multidão na famosa área de Las Ramblas, em Barcelona. O ato foi parte de uma campanha de terror mais ampla realizada pela Catalunha em agosto de 2017 por uma célula do grupo Estado Islâmico (IS).

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Catalunha pede independência -

Mais tarde naquele ano, em outubro, um referendo inconstitucional de independência convocado pela Generalitat de Catalunya foi seguido por uma declaração de independência. Madri considerou a ação ilegal e demitiu o político catalão Carles Puigdemont. Ele posteriormente fugiu para a Bélgica, perseguido por um mandado de prisão europeu.

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Abdicação do rei Juan Carlos I -

O sistema constitucional espanhol ficou abalado em junho de 2014, quando o rei Juan Carlos I anunciou sua abdicação após 39 anos no trono.

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Crise constitucional -

Juan Carlos I abdicou em favor de seu filho, o príncipe herdeiro Filipe. isso ocorreu depois dele se envolver em uma investigação de corrupção envolvendo o marido de sua filha e de uma polêmica viagem para caçar elefantes que o monarca fez durante a crise financeira da Espanha.

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"Pacto de Esquecimento" -

A Espanha evitou em grande parte confrontar o legado do franquismo após a morte do ditador fascista em 1975. Um "Pacto de Esquecimento" silencioso foi adotado pelos espanhóis em uma tentativa de superar a guerra civil e a repressão subsequente e de se concentrar no futuro do país.

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Desmantelando o legado de Franco -

No início dos anos 2000, no entanto, o franquismo e seu efeito sobre o povo espanhol estavam sendo reavaliados. Perguntas estavam sendo feitas abertamente sobre como Franco estava sendo lembrado desde sua morte. Estátuas dedicadas a ele começaram a ser desmontadas.

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Exumação dos restos mortais de Franco -

Em junho de 2018, poucos dias após assumir o cargo, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez anunciou a intenção de seu governo de exumar os restos mortais de Francisco Franco do Vale dos Caídos, um colossal memorial construído com trabalho forçado de prisioneiros políticos, para homenagear as vítimas de ambos os lados da Guerra Civil Espanhola.

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Novo sepultamento -

O caixão de Franco foi removido da basílica do memorial em outubro de 2019. Seus restos mortais foram então enterrados no Cemitério Mingorrubio, em Madri.

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O Vale dos Caídos -

O Vale dos Caídos sempre foi visto como um símbolo do franquismo. Os restos mortais de mais de 33 mil pessoas, tanto do lado nacionalista de Franco, quanto do lado republicano da oposição, estão enterrados por lá. No entanto, apenas os mortos nacionalistas foram rotulados com nomes e sobrenomes. Os republicanos permanecem anônimos e foram sepultados sem o consentimento ou mesmo o conhecimento de suas famílias.

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Desenterrando os "desaparecidos" -

A guerra civil deixou meio milhão de mortos. É estimado que cerca de 114 mil corpos de cidadãos espanhóis ainda estejam sumidos, tendo "desaparecido" durante o período de poder de Franco. Hoje, massas de sepulturas de pessoas mortas em batalha ou executadas ainda estão sendo descobertas.

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Ameaça da extrema direita -

Na Espanha e no exterior, o legado de Franco continua controverso. E, apesar do país ainda contar com muitos admiradores de Franco e do franquismo, Pedro Sánchez espera que os eventos comemorativos que ocorrerão ao longo de 2025 impeçam que a geração mais jovem seja "seduzida pelos cantos de sereia" das ideologias da extrema direita.

Fontes: (El Pais) (The Guardian) (Reuters) (Euronews) (Foreign Policy) (OTAN)

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