O que são Armas Sônicas e por que estão sendo usadas?

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A ciência por detrás das armas sônicas -

As armas sônicas operam em frequências específicas, afetando a percepção e a fisiologia humanas. O infrassom (abaixo dos 20 Hz) pode induzir náuseas e desorientação, enquanto o ultrassom (acima dos 20.000 Hz) pode penetrar nos tecidos e causar dor.

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Potencial de danos internos -

Algumas armas utilizam ruídos ensurdecedores para dispersar multidões, enquanto outras concentram ondas sonoras em feixes direcionados, causando potencialmente danos internos sem ferimentos visíveis.

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Usos antigos do som na guerra -

Historicamente, o som tem sido uma arma psicológica. Os antigos exércitos chineses e romanos usavam tambores de guerra, trompas e gritos de guerra para intimidar os inimigos.

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Som no campo de batalha -

Os astecas usavam apitos fúnebres, que produziam gritos aterradores. Embora primitivas em comparação com as armas sónicas modernas, estas táticas demonstram uma compreensão precoce da capacidade do som para influenciar o campo de batalha.

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Armas sonoras na Segunda Guerra Mundial e no Vietnã -

Durante a Segunda Guerra Mundial, as tropas soviéticas tocaram tangos argentinos para perturbar as forças alemãs em Stalingrado, enquanto no Vietnã, as forças americanas usaram o som como guerra psicológica contra seus oponentes.

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O dispositivo acústico de longo alcance (LRAD) -

Uma das armas sônicas mais utilizadas hoje em dia é o dispositivo acústico de longo alcance (LRAD). Concebido para uso militar e policial, emite um feixe de som focado que atinge até 162 decibéis.

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Controle de motins -

As armas sônicas foram utilizadas para controlar distúrbios, dissuadir piratas somalis e até durante protestos em Ferguson, no Missouri (EUA), em 2014, levantando preocupações sobre o uso excessivo de força.

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Supostos ataques sônicos a diplomatas -

Desde 2016, diplomatas norte-americanos em Cuba, China e Rússia reportaram problemas de saúde misteriosos, incluindo tonturas, perda de audição, dores de cabeça e dificuldades cognitivas.

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Síndrome de Havana -

O fenômeno, apelidado de Síndrome de Havana, afetou oficiais dos serviços de informação e funcionários das embaixadas, levando a especulações sobre a causa. Alguns especialistas acreditam que as armas sônicas ou de micro-ondas podem ser as responsáveis dos sintomas misteriosos, embora não tenham sido encontradas provas definitivas.

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Preocupações diplomáticas e de segurança -

As teorias variam desde ataques de energia direcionados a doenças psicogênicas (sintomas que se manifestam fisicamente, mas cuja causa principal é psicológica) em massa. Se fossem comprovados, estes incidentes representariam um dos primeiros casos confirmados de armas sônicas a serem utilizadas em espionagem, levantando sérias preocupações diplomáticas e de segurança.

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Armas sônicas em controle de multidões -

Governos usaram engenhos sônicos para dispersar protestos. Em 2009, a polícia de Pittsburgh usou o dispositivo acústico de longo alcance (LRAD) contra os manifestantes do G20, causando perda de audição temporária. Os críticos argumentam que estas armas violam os direitos humanos e deveriam ser proibidas em ambientes não bélicos.

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Protestos históricos na Sérvia -

A Sérvia vivenciou os maiores protestos da história, motivados pela indignação pública contra a corrupção, a má gestão e o trágico colapso de uma estação ferroviária em Novi Sad, que matou 15 pessoas.

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Acusações de armas sônicas em protesto em Belgrado -

Em 15 de março de 2025, durante uma grande protesto pacífico em Belgrado, os manifestantes fizeram um silêncio de 15 minutos para homenagear as vítimas. De repente, um barulho agudo interrompeu o ato, causando pânico e levando a acusações de que as autoridades haviam usado uma arma sônica para dispersar a multidão.

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Governo nega -

O presidente Aleksandar Vučić negou as acusações como uma "mentira vil", insistindo que tal dispositivo não foi usado. O líder da Sérvia prometeu uma investigação, mas também alertou que aqueles que espalham "mentiras notórias" devem ser processados.

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Aplicações navais de armas sônicas -

Armas sônicas foram testadas para defesa naval. A Marinha dos EUA desenvolveu o Acoustic Hailing Device (AHD) para deter mergulhadores inimigos, enquanto alguns navios usam sons de alto decibéis para afastar ameaças que se aproximam.

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Dissuasão sônica no mar -

Em 2005, um navio de cruzeiro usou um LRAD para repelir piratas somalis, demonstrando a eficácia da arma na defesa marítima não letal.

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O papel das armas sônicas na guerra psicológica -

Armas sônicas não são apenas para dano físico; elas podem ser usadas para impacto psicológico. Em 1989, forças dos EUA bombardearam o ditador panamenho Manuel Noriega com música rock ensurdecedora para forçar sua rendição.

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Guerra psicológica na Baía de Guantánamo -

Da mesma forma, durante os interrogatórios na Baía de Guantánamo, os detidos foram submetidos à música alta e repetitiva para induzir estresse e desorientação.

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Uso de armas sônicas em Fallujah -

Em 2004, as forças dos EUA em Fallujah, no Iraque, usaram Humvees com alto-falantes para emitir insultos às forças da Al-Qaeda. O Pentágono também implantou a arma sonora LRAD para controle de multidões, emitindo até 149 decibéis.

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Riscos para a saúde -

Apesar de serem comercializadas como não letais, as armas sônicas, especialmente aquelas que usam ondas sonoras de alto decibéis, podem ter efeitos graves na audição humana.

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Danos à audição -

A exposição a frequências sonoras intensas pode levar à perda auditiva permanente, zumbido nos ouvidos ou redução da capacidade de perceber certas frequências.

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Efeitos a longo prazo na saúde -

O dano físico causado por essas armas pode persistir por muito tempo após a exposição. As vítimas podem sofrer de dor crônica, tontura e deficiências cognitivas, afetando potencialmente sua qualidade de vida por anos.

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Impacto psicológico -

Além de danos físicos, armas sônicas podem induzir sofrimento psicológico. Sons agudos ou rajadas altas de ruído podem causar ansiedade, ataques de pânico e estresse emocional significativo.

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Transtorno de Estresse Pós-Traumático -

Em casos extremos, o estresse intenso induzido por armas sônicas pode resultar em problemas de saúde mental de longo prazo, incluindo TEPT (transtorno de estresse pós-traumático), impactando significativamente o bem-estar dos indivíduos.

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Desrespeito aos direitos humanos -

Devido aos seus efeitos nocivos, o uso de armas sônicas em contextos civis levanta sérias preocupações de direitos humanos, potencialmente rompendo com o direito à saúde e à proteção contra tortura ou tratamento cruel.

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Restrições nacionais -

Países como Alemanha e Suíça regulamentaram armas sônicas, especialmente em contextos civis, para equilibrar os benefícios da aplicação da lei com a necessidade de proteger o bem-estar e a segurança pública.

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Ausência de proibições explícitas -

Ao contrário das armas químicas e biológicas, que são explicitamente proibidas por tratados internacionais como a Convenção sobre Armas Químicas e a Convenção sobre Armas Biológicas, as armas sônicas não têm regulamentações globais específicas que proíbam seu uso. A falta de tratados abrangentes que regem as armas sônicas torna sua implantação mais ambígua legalmente e levanta preocupações sobre a responsabilização.

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Crescentes apelos à regulamentação -

À medida que aumentam as preocupações sobre o uso indevido de armas sônicas, muitas organizações de direitos humanos e especialistas jurídicos estão pedindo regulamentações internacionais mais rígidas.

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Demanda por diretrizes e tratados -

Esses grupos pedem que os líderes globais desenvolvam diretrizes e tratados mais claros para evitar o abuso de armas sonoras em ambientes não bélicos, especialmente para controle de multidões ou repressão política.

Fontes: (CNN) (BBC) (Deutsche Welle) (History)

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A ciência por detrás das armas sônicas -

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Potencial de danos internos -

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Usos antigos do som na guerra -

Historicamente, o som tem sido uma arma psicológica. Os antigos exércitos chineses e romanos usavam tambores de guerra, trompas e gritos de guerra para intimidar os inimigos.

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Armas sonoras na Segunda Guerra Mundial e no Vietnã -

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O dispositivo acústico de longo alcance (LRAD) -

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Supostos ataques sônicos a diplomatas -

Desde 2016, diplomatas norte-americanos em Cuba, China e Rússia reportaram problemas de saúde misteriosos, incluindo tonturas, perda de audição, dores de cabeça e dificuldades cognitivas.

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Preocupações diplomáticas e de segurança -

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Armas sônicas em controle de multidões -

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Protestos históricos na Sérvia -

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Acusações de armas sônicas em protesto em Belgrado -

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Governo nega -

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Aplicações navais de armas sônicas -

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Dissuasão sônica no mar -

Em 2005, um navio de cruzeiro usou um LRAD para repelir piratas somalis, demonstrando a eficácia da arma na defesa marítima não letal.

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O papel das armas sônicas na guerra psicológica -

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Guerra psicológica na Baía de Guantánamo -

Da mesma forma, durante os interrogatórios na Baía de Guantánamo, os detidos foram submetidos à música alta e repetitiva para induzir estresse e desorientação.

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Uso de armas sônicas em Fallujah -

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Riscos para a saúde -

Apesar de serem comercializadas como não letais, as armas sônicas, especialmente aquelas que usam ondas sonoras de alto decibéis, podem ter efeitos graves na audição humana.

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Danos à audição -

A exposição a frequências sonoras intensas pode levar à perda auditiva permanente, zumbido nos ouvidos ou redução da capacidade de perceber certas frequências.

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Efeitos a longo prazo na saúde -

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Impacto psicológico -

Além de danos físicos, armas sônicas podem induzir sofrimento psicológico. Sons agudos ou rajadas altas de ruído podem causar ansiedade, ataques de pânico e estresse emocional significativo.

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Transtorno de Estresse Pós-Traumático -

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Desrespeito aos direitos humanos -

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Restrições nacionais -

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Ausência de proibições explícitas -

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Crescentes apelos à regulamentação -

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Demanda por diretrizes e tratados -

Fontes: (CNN) (BBC) (Deutsche Welle) (History)

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O que são Armas Sônicas e por que estão sendo usadas?

Sérvia pede investigação sobre ataque com dispositivo sônico em manifestação pacífica.

20/03/25 | StarsInsider

LIFESTYLE Armas sônicas

Armas sônicas usam ondas sonoras para incapacitar, desorientar ou ferir indivíduos ao aproveitar a energia acústica, causando efeitos físicos e psicológicos. Embora normalmente comercializados como não letais, o uso destes dispositivos em operações militares, policiais e secretas levantou sérias preocupações éticas. Incidentes recentes, como os supostos ataques a diplomatas dos EUA em Cuba e na China, chamaram a atenção para seus perigos potenciais.

Na Sérvia, após relatos de uma arma sônica sendo usada em um protesto pacífico contra a corrupção, os apelos por uma investigação independente se intensificaram, com grupos de direitos humanos e autoridades da oposição pressionando por ações legais contra os responsáveis.

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