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Transtorno de personalidade borderline -

Transtorno de personalidade borderline (ou limítrofe) é um dos 10 transtornos de personalidade atualmente reconhecidos pelo DSM - o manual oficial de diagnósticos utilizado por profissionais médicos no tratamento de doenças mentais.

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Cluster B -

Borderline é uma das condições da categorização Cluster B, que também inclui transtorno de personalidade antissocial, transtorno de personalidade histriônica e transtorno de personalidade narcisista. Esses transtornos são todos caracterizados por emoções intensas ou incomuns que são difíceis de regular.

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Desregulação emocional -

Para quem tem borderline, a regulação emocional é o principal desafio que enfrentam. A doença faz com que essas pessoas experimentem emoções intensas e mudanças repentinas de humor. Isso pode resultar em comportamentos impulsivos, relacionamentos intensos e instáveis e mudanças frequentes na autoimagem.

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Prevalência - Estima-se que entre 1% e 2% da população dos EUA sofra de transtorno de personalidade borderline, no entanto, esse número pode ser de até 5,9%. O transtorno só foi oficialmente reconhecido em 1980 e está algumas décadas atrás da maioria das outras doenças mentais comuns em termos de pesquisa.

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Causas -

A doença tende a afetar mulheres com um pouco mais de frequência do que homens e é mais provável que ocorra naqueles que têm histórico familiar da doença. A pesquisa ainda está nos estágios iniciais, mas acredita-se que fatores genéticos e sociais contribuam para a manifestação do borderline.

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Vínculo familiar -

De acordo com a Aliança Nacional de Educação para Transtorno de Personalidade Borderline, a doença tem cinco vezes mais chances de ocorrer em quem tem um familiar próximo com a condição, como pais ou irmãos.

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Trauma de infância -

O fator ambiental também é significativo. Muitas pessoas que desenvolvem esse transtorno sofreram traumas na infância, como abuso ou abandono. Outros casos são de crianças sensíveis que cresceram em ambientes instáveis onde se sentiam invalidadas por aqueles ao seu redor.

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O cérebro -

Há também pesquisas que sugerem que pessoas com borderline têm diferenças estruturais e funcionais em seus cérebros, particularmente nas áreas que contribuem para comportamento impulsivo e regulação emocional.

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Emoções elevadas -

Quem têm borderline, muitas vezes, tem uma alta performance em muitas áreas de suas vidas e, geralmente, são suas vidas pessoais que apresentam instabilidade. Eles sentem emoções extremas que podem ser desencadeadas por um evento que parece menor para os outros. E é muito mais difícil para eles voltarem para sua "linha de base emocional" depois.

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Quatro grupos de sintomas -

Os sintomas do transtorno de personalidade borderline podem ser agrupados em quatro áreas diferentes. A primeira é instabilidade emocional, ou desregulação emocional, que já delineamos. O segundo grupo de sintomas está associado à percepção distorcida, o que significa uma desconexão da realidade.

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Quatro grupos de sintomas -

O terceiro grupo de sintomas envolve comportamento impulsivo, que muitas vezes pode ser autodestrutivo. O grupo final é caracterizado por relações instáveis. Os sintomas de um transtorno de personalidade podem variar de leve a grave. Eles geralmente começam a emergir na adolescência ou início da vida adulta.

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Lembrete -

Quando descrevemos muitas doenças mentais, pessoas comuns podem olhar a lista de sintomas e pensar: "Meu Deus, eu tenho isso!" No entanto, a maioria dos sintomas apenas descreve partes normais da vida humana, como sentir-se cansado ou ansioso, temer rejeição ou lutar contra a baixa autoestima.

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Lembrete - Quando se trata de diagnosticar uma doença, é vital qualificar: quantos dos sintomas uma pessoa experimenta e até que ponto; e quanto isso afeta sua qualidade de vida e capacidade de funcionamento. É importante não tentar se autodiagnosticar. Com isso em mente, vamos ver mais profundamente os sintomas do transtorno de personalidade borderline.

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Abandono -

Um dos principais sintomas em pessoas com borderline é o medo de abandono e rejeição. Elas ficam intensamente preocupadas de que até mesmo seus amigos e familiares mais próximos os deixarão e fazem grandes coisas para evitar esse cenário de pesadelo.

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Relacionamentos -

Pessoas com BPD geralmente têm um histórico de relacionamentos instáveis. Elas podem ficar propensas a mudanças drásticas na maneira como veem seus parceiros ou amigos, um dia idealizando-os e odiando-os no outro. Esse interruptor negativo geralmente é desencadeado por uma sensação de insegurança que faz com que pensem que o outro é cruel e não se importa com elas.

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Autoimagem -

Autoimagem e identidade são difíceis de identificar para alguém com borderline. Às vezes, eles se sentem como uma pessoa terrível, outras vezes podem sentir que não existem. Há mudanças frequentes nos valores fundamentais, objetivos de vida e relacionamentos.

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Solidão -

Considerando como é difícil para alguém com borderline se sentir seguro em seus relacionamentos e com sua própria identidade (coisas que geralmente ancoram e fazem as pessoas se sentirem conectadas), não é surpresa que eles experimentem sentimentos intensos de solidão. Isso também pode se manifestar como um sentimento de vazio.

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Desconexão com a realidade -

Em momentos de estresse severo, alguém com borderline pode ficar paranoico e até mesmo perder contato com a realidade por um período de alguns minutos ou horas. Psicose pode ocorrer em casos extremos.

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Mudanças de humor -

Mudanças de humor persistentes são outro sintoma comum de borderline. Mudanças repentinas de humor podem durar horas ou dias e podem vir com emoções agradáveis ou desagradáveis, como alegria, excitação, vergonha, ansiedade ou tristeza.

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Raiva -

Uma emoção particularmente problemática das pessoas com transtorno de personalidade borderline é a raiva. Elas podem ter fortes reações emocionais a questões que, muitas vezes, parecem pequenas para outra pessoa. Uma vez que sentem raiva intensa, leva muito mais tempo para esse sentimento desaparecer do que para os outros. Pessoas com BPD severo, que não aprenderam as habilidades para regular suas emoções, podem até se envolver em lutas físicas.

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Comportamento impulsivo -

Comportamento impulsivo também é comum, particularmente quando tem um desfecho autodestrutivo. Exemplos podem incluir gastos excessivos, s-x o inseguro, jogo, sair de repente de um bom emprego ou terminar um relacionamento saudável. Aqueles para os quais o comportamento impulsivo é particularmente problemático são os mais propensos a se envolver em abuso de substâncias.

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Dissociação -

Pessoas com borderline, às vezes, podem se sentir desconectadas de seus corpos, seus pensamentos ou suas identidades. Essa sensação de "fora do corpo" faz com que o mundo pareça menos real.

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Automutilação -

Alguém que luta contra o transtorno de personalidade borderline corre um risco maior de se machucar quando as coisas estão particularmente difíceis. Eles podem machucar a si mesmos através de cortes ou queimaduras, podem ameaçar tirar suas próprias vidas e até mesmo tentar fazer isso. Essa é uma das razões pelas quais é tão importante que busquem ajuda para sua condição e melhorem sua qualidade de vida.

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Tratamento e perspectiva -

Muitos desses sintomas soam assustadores e podem de fato ser, mas há uma enorme variação em como o borderline pode se manifestar em cada pessoa. Algumas pessoas experimentarão sintomas muito mais leves e conseguem ter uma vida funcional, enquanto outras podem precisar de tratamento de internação em algum momento. Acredita-se que os sintomas de BPD sejam mais intensos na juventude e naturalmente diminuam na meia-idade.

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Tratamento e perspectiva -

O transtorno de personalidade borderline pode ser um diagnóstico assustador porque é uma condição altamente estigmatizada e amplamente mal compreendida, mas é tratável. Existem terapias e medicamentos que podem melhorar maciçamente os sintomas e ajudar os pacientes a viverem felizes, com vidas cheias de realizações.

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Terapia -

O principal tipo de terapia usada para tratar BPD é chamada de terapia comportamental dialética (TCD). É uma terapia de conversação que ajuda as pessoas com borderline a entender e aceitar suas emoções, além de lhes dar habilidades para gerenciá-las.

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Medicação -

Não há um medicamento específico que seja usado para tratar todos os casos do transtorno. Para alguns, antidepressivos ou estabilizadores de humor podem ser usados para ajudar com ansiedade, depressão e mudanças de humor. Para aqueles que sofrem particularmente de paranoia e pensamento desorganizado, os antipsicóticos são uma opção.

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Apoio -

Outro elemento importante para a recuperação do borderline é o apoio da família e/ou amigos. É extremamente útil que os entes queridos entendam a condição e também tenham as ferramentas para lidar com situações difíceis que podem surgir. Há muitos grupos de apoio e recursos educacionais disponíveis.

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Estigma -

O transtorno de personalidade borderline ainda é altamente estigmatizado, em parte porque mesmo os profissionais de saúde não entendiam a condição até recentemente. Há um equívoco de que as pessoas que sofrem disso são dramáticas, manipuladoras e que só buscam atenção.

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Estigma -

Este mal-entendido é extremamente prejudicial, pois pode fazer com que aqueles com a condição se sintam sem esperança e cautelosos em procurar ajuda ou confiar nos outros. É importante encontrar apoio de um médico com uma compreensão profunda e atualizada da condição, para evitar diagnósticos errados ou maus tratos.

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Há esperança -

Felizmente, vivemos em uma época em que a doença mental está sendo destigmatizada e nós, como sociedade, estamos reconhecendo que ninguém passa a vida sem ser tocado por isso.

Fontes: (Mayo Clinic) (NIMH) (National Education Alliance for Borderline Personality Disorder) (Verywell Mind)

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