Ao pensar na Segunda Guerra Mundial, grandes potências aliadas como os EUA, a União Soviética e o Reino Unido frequentemente vêm à mente. No entanto, várias nações menos conhecidas também desempenharam papéis cruciais para garantir a vitória. Dos soldados do Brasil na Itália ao enorme exército da Índia lutando em várias frentes, esses países fizeram contribuições significativas para o fim do conflito, mas muitas vezes esquecidas.
Esta galeria destaca algumas das nações inesperadas que lutaram pelos Aliados, provando que o esforço de guerra foi realmente uma luta global pela liberdade. Clique para saber mais.
Como território britânico, a África do Sul declarou guerra à Alemanha em 1939. As tropas sul-africanas desempenharam um papel fundamental no Norte da África, particularmente nas batalhas de El Alamein.
A Força Aérea sul-africana apoiou as operações dos Aliados na Itália e em Madagascar, enquanto a Marinha ajudou a proteger rotas marítimas vitais. Mais de 300.000 sul-africanos serviram no esforço de guerra.
A Etiópia desempenhou um papel significativo no esforço de guerra dos Aliados após ser ocupada pela Itália em 1936. O Imperador Haile Selassie liderou um movimento de resistência e, com apoio britânico, lançou uma contraofensiva em 1941, libertando o país com sucesso.
As forças etíopes então contribuíram para a campanha na África do Leste, ajudando a derrotar as tropas italianas e a proteger a região para os Aliados.
O Escuadrón 201, do México, também conhecido como 'Águias Astecas', era um esquadrão de caças que participava de missões de combate nas Filipinas. O México também fornecia recursos vitais como petróleo e matérias-primas para os Aliados.
O envolvimento do país marcou uma das poucas ocasiões em que forças latino-americanas se envolveram diretamente em combate durante a guerra.
A Austrália esteve fortemente envolvida na Segunda Guerra Mundial desde o início, lutando na Europa, Norte da África e Pacífico. As forças australianas desempenharam um papel crucial na Batalha de Tobruk, na campanha da Trilha Kokoda contra o Japão e na libertação dos territórios do Sudeste Asiático.
Quase um milhão de australianos serviram, contribuindo tanto em combate quanto por meio de apoio industrial e agrícola, recursos igualmente vitais para os Aliados.
Na época território dos EUA, as Filipinas foram um campo de batalha fundamental na Guerra do Pacífico. Forças filipinas e americanas lutaram contra os japoneses em 1941-1942, levando à Marcha da Morte de Bataan.
Mesmo após a ocupação, os guerrilheiros filipinos travaram uma implacável campanha de resistência até que as forças dos EUA libertaram as ilhas em 1945, deixando um grande impacto na estratégia do Japão no Pacífico.
Na época sob o domínio britânico, a Índia enviou mais de 2,5 milhões de soldados para lutar em diversas frentes, desempenhando um papel fundamental no Oriente Médio, Norte da África e Birmânia contra as forças do Eixo.
As forças indianas também lutaram na Itália. Muitos receberam a Cruz Vitória (Victoria Cross, no original), alta condecoração militar concedida por bravura.
Os neozelandeses lutaram no Norte da África, na Itália e no Pacífico, com a segunda divisão da Nova Zelândia desempenhando um papel crucial em batalhas importantes como El Alamein e Monte Cassino.
No Pacífico, as forças da Nova Zelândia defenderam ilhas contra os avanços japoneses. Apesar de sua pequena população, mais de 200.000 neozelandeses serviram na Segunda Guerra Mundial.
Depois que a Alemanha invadiu a Noruega em 1940, o governo norueguês no exílio continuou a luta. Soldados noruegueses se juntaram às forças aliadas, enquanto grupos de resistência sabotavam as operações nazistas.
As missões de sabotagem norueguesas ajudaram a impedir o desenvolvimento nuclear da Alemanha, enquanto navios e marinheiros noruegueses apoiavam as operações navais aliadas com logística vital.
Embora sob o domínio japonês, muitos coreanos lutaram contra as potências do Eixo. Alguns se juntaram ao Exército Nacionalista Chinês para resistir ao Japão, enquanto outros serviram nas forças soviéticas e participaram da libertação da Manchúria.
Os combatentes pela independência coreana também se envolveram em esforços de resistência, buscando enfraquecer o controle japonês sobre a Coreia e contribuir para o esforço de guerra mais amplo dos Aliados.
A Finlândia lutou inicialmente contra a União Soviética na Guerra de Inverno (1939-1940) e depois aliou-se à Alemanha na Guerra da Continuação (conhecida também pelo nome Segunda Guerra Soviético-Finlandesa, 1941-1944).
Entretanto, em 1944, a Finlândia mudou de lado, assinando um acordo de paz com os soviéticos e se envolvendo em combate contra as forças alemãs na Guerra da Lapônia, alinhando-se finalmente com os Aliados no final da guerra.
Na época uma colônia francesa, a Argélia se tornou um importante campo de batalha após a Operação Tocha em 1942, que viu as forças aliadas desembarcarem no Norte da África.
Milhares de argelinos se juntaram às forças da França Livre, lutando no Norte da África, Itália e França, ajudando a transferir o controle para os Aliados e enfraquecendo a influência do Eixo.
Embora rapidamente ocupada pela Alemanha em 1940, a Dinamarca contribuiu para a causa aliada de várias maneiras. Muitos dinamarqueses se juntaram às unidades Free Norwegian e British, enquanto grupos de resistência sabotaram as operações nazistas.
A inteligência dinamarquesa desempenhou um papel no planejamento dos Aliados. Marinheiros dinamarqueses continuaram a servir com os Aliados, ajudando a manter linhas de suprimento, que estiveram críticas durante a guerra.
Como colônia belga, o Congo desempenhou um papel significativo ao fornecer tropas e recursos vitais. Soldados congoleses lutaram em campanhas britânicas e belgas no Norte da África e na Birmânia.
A região também forneceu matérias-primas essenciais, incluindo urânio, que foi usado no Projeto Manhattan, contribuindo para o desenvolvimento das bombas atômicas que acabaram com a guerra.
A Grécia desempenhou um papel crucial na Segunda Guerra Mundial, resistindo inicialmente à invasão italiana em 1940 e alcançando a primeira vitória terrestre dos Aliados contra o Eixo.
Apesar da ocupação alemã, os combatentes da resistência grega interromperam as operações do Eixo, enquanto a marinha e as forças exiladas ajudaram os Aliados no Norte da África e na Itália.
Único país da América do Sul a enviar tropas de combate, o Brasil contribuiu com mais de 25.000 soldados como parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Eles lutaram na Itália, tendo um papel decisivo em batalhas como Monte Castello, Montese, Castelnuovo e diversas outras localidades italianas.
O Brasil também patrulhou o Atlântico, atacando os submarinos alemães U-boats. Sua entrada na guerra marcou uma mudança na postura da América Latina em relação às potências do Eixo.
Mas por que o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial?
Segundo o Brasil Escola, o gatilho para a entrada do Brasil na guerra e para a criação da Força Expedicionária Brasileira foi um acontecimento específico, que ocorreu em agosto de 1942, quando submarinos nazistas explodiram seis navios brasileiros no litoral nordestino, o que provocou a morte de centenas de pessoas. Esse acontecimento provocou grande comoção popular, o que contribuiu para que o então presidente Getúlio Vargas declarasse guerra à Alemanha.
Ironicamente, os nazistas foram aliados do Estado Novo de Getúlio Vargas durante um período. O 'ataque' pode ter sido uma resposta após a aproximação mais forte entre o Estado Novo e os Estados Unidos.
Fontes: (Britannica) (History) (The New York Times) (World Population Review)
Brasil na Segunda Guerra Mundial: Países que lutaram no conflito e ninguém lembra
Essas nações ajudaram a derrotar o Eixo
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Ao pensar na Segunda Guerra Mundial, grandes potências aliadas como os EUA, a União Soviética e o Reino Unido frequentemente vêm à mente. No entanto, várias nações menos conhecidas também desempenharam papéis cruciais para garantir a vitória. Dos soldados do Brasil na Itália ao enorme exército da Índia lutando em várias frentes, esses países fizeram contribuições significativas para o fim do conflito, mas muitas vezes esquecidas.
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