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Não estava restrito à França -

Apesar de muitos dos pensadores mais influentes do Iluminismo, como René Descartes (foto), Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e o Barão de Montesquieu, serem franceses, o Iluminismo não foi um fenômeno exclusivamente francês.

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Pela Europa -

O economista Adam Smith (foto) escreveu o texto pró-capitalista 'A Riqueza das Nações' (1776), no Reino Unido. Da sua residência em Königsberg (atual Kaliningrado), o filósofo alemão Immanuel Kant escreveu o seu imperativo categórico: regras éticas que se aplicavam a todos os membros da sociedade, sejam eles nobres ou de origem humilde.

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América do Norte -

Na América do Norte, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson canalizaram ideais iluministas para a luta pela democracia e pela independência norte-americana.

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O Iluminismo nos deu a ciência moderna -

Racionalismo, empirismo, ceticismo e subjetivismo foram os princípios que uniram pensadores iluministas de vários países.

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Seus princípios -

O racionalismo é a visão de que o conhecimento deve ser obtido através da razão e não da emoção ou da fé. O empirismo e o ceticismo são lembretes para questionar tudo e todos. E o subjetivismo é um reconhecimento de que a verdade muitas vezes depende do ponto de vista de alguém.

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"Penso; logo, existo" -

As raízes da pesquisa científica moderna remontam a filósofos como Descartes, que morreu em 1650. Ele cunhou a famosa frase: cogito, ergo sum (Penso; logo, existo).

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Rei Luís XIV -

O movimento iluminista na França contou com o financiamento do rei Luís XIV, que investiu na arte e na cultura para impressionar outras nações europeias. Isso acabou levando criativos e intelectuais para Paris.

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A Reforma Protestante -

A Reforma Protestante, precursora do Iluminismo, foi uma revolta contra a Igreja Católica Romana e suas doutrinas. Ela se opôs à antiga noção de que o poder dos reis tem como fundamento a vontade de Deus.

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A revolução científica -

A revolução científica, do século XVI e início do século XVII, também contribuiu para o Iluminismo através de descobertas que desmascararam crenças comumente aceitas, como a terra ser o centro do sistema solar.

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O Iluminismo e o Renascimento -

O Iluminismo deve a sua existência ao Renascimento, que reavivou o interesse pelos textos clássicos, como os diálogos de Platão e a filosofia republicana da Roma Antiga.

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O Iluminismo deu origem os romances -

Embora o primeiro romance europeu, "Dom Quixote" (1605), de Miguel de Cervantes, seja anterior ao Iluminismo, os pensadores do movimento ajudaram a moldar o gênero literário na forma que conhecemos hoje. Antes do século XVIII, a ficção geralmente existia na forma de poesia e teatro.

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As características do romance moderno -

O Iluminismo nos deu as características que definem o romance moderno. Isso inclui o interesse na experiência individual, a crítica social e a ênfase no diálogo.

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Um romance iluminista -

Um exemplo de romance iluminista é 'Cândido ou o Otimismo', de Voltaire. Publicado em 1759, ele conta a história de um homem jovem, ingênuo e apaixonado que tenta descobrir a melhor maneira de viver a vida. O livro inspirou gerações de romancistas.

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O Iluminismo não foi a única causa da Revolução Francesa -

Na verdade, a agitação civil na França começou por questões financeiras. Mas acabou evoluindo graças às ideias introduzidas durante o Iluminismo.

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O povo contra a elite -

Os manifestantes não se rebelavam apenas contra o seu Rei, mas também contra o sistema político que ele representava.

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Liberdade, igualdade, fraternidade -

O famoso slogan francês liberté, égalité, fraternité pode ser lido em muitos textos iluministas, incluindo 'O Contrato Social' (1762), de Rousseau.

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Poder ao povo -

Argumentando que instituições defeituosas corrompiam a bondade inerente à humanidade, Rousseau (foto) propôs que os reis recebessem o seu poder do povo e que, se não honrassem esta relação, o povo tinha o direito de retirar esse poder.

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Algumas mudanças radicais foram propostas -

Como em todo movimento artístico, filosófico ou político, houve alguns proponentes extremos do Iluminismo. Na França, entre esses proponentes estava o Comitê de Segurança Pública, que defendia a revolução dos inimigos nacionais e estrangeiros. Incluindo a sentença de morte na guilhotina, que implementou políticas que variavam do radical ao absurdo.

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Maximilien Robespierre -

Entre outras coisas, o comitê procurou substituir o Cristianismo por aquilo que o seu líder, o vingativo advogado que se tornou tirano Maximilien Robespierre (foto), chamava de "Culto do Ser Supremo". Esta era uma organização dedicada à adoração da ideia de deus, ao invés de uma divindade específica.

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O Iluminismo quase mudou o calendário francês -

Os revolucionários até mudaram o calendário francês, introduzindo semanas que duravam 10 dias e um ano que começava na data correspondente ao dia 22 de setembro. Tudo isso para evitar associações cristãs.

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Napoleão Bonaparte estabeleceu reformas iluministas na França -

O imperador francês Napoleão Bonaparte usou o seu poder absoluto para aprovar reformas abrangentes que, em circunstâncias mais democráticas, poderiam nunca ter sido implementadas.

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Implementações de Napoleão -

Durante o seu governo, Napoleão deu à França um poder judicial, um banco central e um sistema de ensino secundário. Ele também implementou a liberdade religiosa e introduziu a igualdade perante a lei através do seu Código Napoleônico, aspectos que permanecem incorporados nas constituições europeias até hoje.

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Ele restaurou a escravidão -

Porém, como parte da sua busca para expandir o império francês global, Napoleão também restaurou a escravidão no Caribe francês em 1802.

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O Iluminismo não acabou com a escravidão -

Um equívoco comum sobre o Iluminismo é acreditar que o movimento ajudou a acabar com a escravidão. Esse erro se deve em grande parte ao fato de que o Iluminismo aconteceu pouco antes de várias nações europeias abolirem a escravidão.

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Alguns pensadores iluministas promoveram a escravidão -

Pensadores como Rousseau e Locke acreditavam que os direitos do homem transcendiam a cor da pele, argumentando que a escravidão não era natural e era algo imperdoável. Mas muitos dos seus contemporâneos defenderam a escravidão. Estes incluíam vários fundadores dos Estados Unidos, assim como Kant, que acreditava na hierarquia das raças.

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O Iluminismo inspirou a Revolução Americana -

À medida que a França se aliou às 13 colônias americanas na Guerra Revolucionária, o Iluminismo teve um impacto profundo na aparência do governo dos EUA.

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A influência do Iluminismo -

Esta influência pode ser vista na Declaração de Independência de 1776, que identifica a vida, a liberdade e a busca da felicidade como direitos humanos básicos.

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'O Espírito das Leis' -

Estes direitos, juntamente com a separação de poderes delineada pelo texto de Montesquieu de 1748, 'O Espírito das Leis', foram posteriormente consagrados na Constituição dos EUA.

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Uma contradição -

Os EUA adotaram as ideias contraditórias do Iluminismo em relação à igualdade racial, e muitos proprietários de terras elogiaram o 'Contrato Social' de Rousseau, embora não tenham aplicado seus ensinamentos a nenhuma pessoa não branca.

Fontes: (Mental Floss) (History) 

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