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Notícias -

Em 4 de fevereiro de 2025, o presidente Trump impôs uma tarifa de 10% à China logo após fechar acordos com o Canadá e o México para adiar as tarifas de 25% por 30 dias. Mas então, em 4 de março, as tarifas sobre Canadá, México e China entraram em vigor.

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Tarifas -

As tarifas de Trump sobre as importações chinesas são uma resposta ao fracasso de Pequim em conter o contrabando de precursores de fentanil, enquanto o adiamento das tarifas para o Canadá e o México segue seus compromissos de fortalecer os esforços contra o contrabando de drogas.

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Resposta da China -

A China respondeu com uma tarifa de 15% sobre carvão, gás e outros bens dos EUA. Eles também estabeleceram restrições sobre algumas exportações de minerais e até mesmo lançaram uma investigação sobre o monopólio do Google.

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O que é uma guerra comercial? -

Conforme definido pela Britannica: "Uma guerra comercial é uma disputa econômica entre dois países. Ela pode ocorrer quando um país retalia contra práticas comerciais injustas percebidas pelo outro com restrições, como tarifas sobre importações."

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Como as tarifas afetariam os Estados Unidos? -

De acordo com a Bloomberg Economics, as novas tarifas podem reduzir as importações dos EUA em 15%, já que quase metade das importações dos EUA têm origem no Canadá, China e México.

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Impacto e preços ao consumidor -

Essas tarifas podem impor grandes custos à economia. Coisas como cadeias de suprimentos interrompidas e custos crescentes para empresas podem se tornar realidade. Isso pode resultar na perda de centenas de milhares de empregos e, por fim, aumentar os custos para os consumidores.

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Importações de petróleo -

Nos EUA, certos setores serão os mais afetados. Entre eles estão os setores automotivo, de energia e alimentício. No centro-oeste, isso pode significar um aumento de 0,50 centavos de dólar por galão no preço da gasolina, já que o Canadá e o México fornecem mais de 70% do petróleo bruto para as refinarias dos EUA.

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Fabricantes de automóveis -

Uma tarifa de 25% sobre o Canadá e o México elevaria os custos de produção para as montadoras dos EUA. Isso poderia adicionar US$ 3.000 ao preço de cerca de dezesseis milhões de carros vendidos a cada ano nos EUA.

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Custos de compras de supermercado -

O México é a maior fonte de produtos frescos dos Estados Unidos. Eles realmente fornecem mais de 60% dos vegetais importados dos EUA e quase metade das frutas e nozes.

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Como as tarifas podem afetar Canadá e México? -

Tanto para o Canadá quanto para o México, o comércio compõe cerca de 70% do PIB. Portanto, as tarifas atingiriam essas nações muito mais duramente.

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Importações -

Canadá e México dependem do comércio com os EUA. Na verdade, mais de 80% das exportações do México vão para o Norte. Isso inclui carros, máquinas, frutas, vegetais e equipamentos médicos. Esta subseção responde por 15% do total de importações nos EUA.

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Eletrônicos e México -

A dependência é especialmente proeminente no norte do México, onde mais de US$ 200 bilhões em computadores, eletrônicos, equipamentos de transporte e outros produtos são exportados a cada ano.

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Carros exportados pelo México -

A Bloomberg Economics estima que uma tarifa unilateral de 25% poderia cortar o PIB do México em cerca de 16%. Sua indústria automobilística seria a mais atingida, já que 80% dos carros, ou cerca de 2,5 milhões de veículos, produzidos são enviados somente para os EUA a cada ano.

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Petróleo refinado -

As tarifas podem prejudicar o setor energético do México, já que os EUA compram 60% de suas exportações de petróleo bruto e fornecem mais de 70% das necessidades de petróleo refinado do México.

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Canadá -

Os EUA compram mais de 70% das exportações do Canadá, um número que representa 14% do total de importações dos EUA. Com as novas tarifas, o setor de energia do Canadá será o mais impactado, pois eles enviam 80% de seu petróleo para o sul.

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Ganhando vantagem - Esses custos tarifários desiguais dão aos EUA uma forte vantagem de barganha sobre seus parceiros norte-americanos nas negociações.

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Como as tarifas podem afetar a China? -

Quando comparada ao México e ao Canadá, a China é menos dependente dos EUA e do comércio em geral. O país reduziu constantemente o impacto do comércio na economia nas últimas duas décadas e, simultaneamente, aumentou a produção doméstica.

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PIB da China -

Na China hoje, importações e exportações respondem por apenas cerca de 37% do PIB do país. Compare isso com onde estava no início dos anos 2000 (60%) e você verá a verdadeira diferença.

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A moeda enfraquece e o comércio muda -

As tarifas dos EUA desencadearam flutuações cambiais, com o yuan, o peso e o dólar canadense enfraquecendo, aliviando o impacto em suas exportações. No entanto, isso torna os produtos dos EUA mais caros e menos competitivos no exterior.

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Brasil - Donald Trump colocou o etanol do Brasil como alvo das tarifas. O presidente dos EUA afirma que há um desequilíbrio na balança comercial do produto e que os Estados Unidos pagam mais em tarifa para o Brasil do que o contrário. Segundo as principais entidades representativas do setor no Brasil, União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) e a Bioenergia Brasil, as taxas recíprocas sobre o etanol mostram que os EUA estão seguindo uma direção contrária ao combate das mudanças climáticas, já que a medida coloca no mesmo patamar o etanol produzido no Brasil e nos Estados Unidos, embora os produtos possuam atributos ambientais e potencial de descarbonização distintos

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Brasil -

O presidente dos Estados Unidos também assinou ordens executivas sobre alumínio e aço, impondo tarifas de 25% a partir de 12 de março. Isso afeta diretamente o Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para o país, depois do Canadá. O governo brasileiro, no entanto, está aberto a negociações antes de entrar na retaliação sobre as medidas.

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Brasil -

"Se taxar o aço brasileiro vamos agir comercialmente. Ou vamos denunciar na Organização [Mundial] do Comércio, ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles. A relação do Brasil com os EUA é muito igualitária. Eles importam de nós US$ 40 bilhões. A gente importa deles US$ 45 bilhões. É o único país do mundo que tem superávit em relação ao Brasil. Queremos paz. Não queremos guerra", declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Poderão seguir-se tarifas retaliatórias -

Países como Canadá, China ou México podem impor tarifas retaliatórias sobre produtos dos EUA. Já foi sugerido pela presidente do México, Claudia Sheinbaum, que o México pode tomar contramedidas.

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A história se repete -

O México e o Canadá impuseram uma tarifa retaliatória de US$ 15 bilhões em 2018 sobre produtos dos EUA depois que o presidente Trump impôs tarifas sobre aço e alumínio.

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Indústrias em risco -

É possível que os exportadores de combustível dos EUA sejam os mais atingidos se Canadá ou México retaliarem. Os próximos na fila são as montadoras e os fabricantes de produtos farmacêuticos.

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A incerteza econômica cresce -

Os mercados podem continuar a derrubar o peso mexicano e o dólar canadense, aumentando a instabilidade econômica. Há estados dos EUA que dependem muito do comércio com Canadá e México - e eles provavelmente sentirão o maior impacto.

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O efeito cascata das guerras comerciais -

As guerras comerciais geralmente são iniciadas para atingir alguns objetivos econômicos ou políticos; no entanto, elas invariavelmente interferem nas cadeias de suprimentos globais, aumentam os custos para o consumidor e levam à estagnação econômica de longo prazo ou até mesmo a conflitos geopolíticos.

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Lições da história -

O que aprendemos com conflitos comerciais anteriores é que, embora as nações devam proteger seus interesses econômicos, a cooperação e os mercados abertos são melhores para a estabilidade e o crescimento sustentado.

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Barreiras comerciais -

Barreiras comerciais podem fornecer vantagens temporárias. No entanto, quando se tornam guerras comerciais completas, a economia geral tende a encolher e afeta todos os envolvidos.

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O custo da escalada -

Muitas vezes, vencedores claros não surgem em guerras comerciais, mas sim perdas mútuas. À medida que tarifas e contramedidas aumentam, as empresas lutarão com a incerteza, os investidores recuarão e indústrias inteiras sofrerão.

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Considerações finais -

Medidas que são protecionistas por natureza tendem a fazer mais mal do que bem. Elas mostram que diplomacia estratégica e práticas comerciais equilibradas são necessárias.

Fontes: (Investopedia) (Britannica) (Council on Foreign Relations) (CNN Brasil) (BBC)

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