Os (graves) perigos da compartimentação emocional -

Os mecanismos de defesa são parte integrante da psicologia humana. O mundo demanda muito do nosso tempo e energia, e desenvolvemos formas de lidar com essas pressões quando enfrentamos múltiplas demandas simultaneamente. A compartimentação das emoções é um desses mecanismos de enfrentamento, ajudando a psique a funcionar em determinadas circunstâncias. No entanto, quando a compartimentação é usada em excesso ou de maneira completamente inconsciente, ela pode se tornar um obstáculo, impedindo a pessoa de processar de forma saudável experiências desafiadoras de vida.

Clique aqui na galeria para saber mais sobre os perigos de compartimentar as emoções.

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Compartimentos -

A compartimentação é uma tática útil para organizar nosso espaço ou ambiente. Às vezes, a psique tenta fazer a mesma coisa com nossas emoções.

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Mecanismo de defesa -

Sempre que nossos pensamentos e sentimentos entram em desacordo com o que está indo no nosso íntimo, temos um conflito interno.

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Forma de proteção -

Quando temos conflitos internos, isso é desconfortável para a psique. Queremos nos proteger de sentimentos de ansiedade o máximo possível, para que possamos funcionar em um nível máximo.

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Forma de proteção -

Para se proteger da ansiedade e do estresse devido à dissonância cognitiva em jogo em várias partes da vida - trabalho, pessoal, família, amigos -, a psique cria compartimentos.

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Mundo do trabalho -

A vida profissional exige que deixemos de lado nossos problemas pessoais para que possamos nos concentrar na tarefa que temos em mãos. Algumas pessoas desenvolvem uma persona no trabalho e uma persona em casa para compartimentar essa diferença de comportamento.

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Demandas profissionais -

Nossa persona de trabalho entra em ação quando precisamos ser produtivos, apesar de termos distrações ou estresses pessoais muito reais em nossa vida.

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Personalidade profissional -

Algumas pessoas têm uma personalidade dura ou severa no trabalho, por exemplo, mas podem adotar uma abordagem mais gentil em sua vida doméstica e em seus relacionamentos.

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Personalidade profissional -

Se faz parte da personalidade profissional exagerar ao comemorar as 'vitórias' profissionais, mesmo que isso entre em conflito com a personalidade doméstica, isso é compartimentação em ação.

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Personalidade profissional -

Ao compartimentar dessa forma, uma pessoa pode evitar reconhecer que o comportamento em uma área de sua vida afeta outra.

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Relacionamentos afetivos -

A compartimentação pode influenciar significativamente nossos relacionamentos interpessoais íntimos. Em um relacionamento de longo prazo, ela pode ser útil para evitar que pequenos desentendimentos se transformem em grandes conflitos, permitindo que cada parceiro coloque de lado questões menores e foque nos aspectos positivos da relação. 

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Relacionamentos afetivos -

Entretanto, discordar sobre política, sobre você ser amigo de outra pessoa ou sobre como seu parceiro trata seu animal de estimação são sinais de um problema maior.

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Ignorando os sinais de alerta -

No namoro, você deve prestar atenção ao que comumente ouvimos chamar de 'sinais de alerta'.

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Ignorando os sinais de alerta -

Na verdade, as pessoas não ignoram os sinais de alerta. Elas tendem a compartimentar determinados comportamentos que consideram angustiantes para manter uma imagem positiva da pessoa.

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Na vida cotidiana -

Uma compartimentação pode ser saudável. Se você sentir que as emoções estão interferindo na sua capacidade de fazer as coisas, talvez seja melhor deixá-las de lado até que tenha tempo para pensar sobre elas e processá-las mais tarde. Se isso for uma ocorrência esporádica, é improvável que seja um problema maior em sua vida.

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Negação -

Em vez de falar sobre um problema óbvio com a família e os amigos, as pessoas que compartimentam o problema o evitarão, agindo em negação.

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Racionalização -

A racionalização de pensamentos problemáticos é outra forma de compartimentação, o que pode ser perigoso, especialmente quando há um vício envolvido.

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Comportamentos diferentes com pessoas distintas -

No contexto do trabalho, às vezes é necessário adotar comportamentos diferentes com pessoas diferentes para que as coisas sejam feitas. Se essa for uma estratégia aplicada a diferentes indivíduos em sua vida, isso pode ser um sinal de um problema maior.

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Teoria Freudiana -

Sigmund Freud (1856-1939) identificou o conceito de compartimentação. Embora muitas de suas teorias tenham sido questionadas ao longo dos anos, essa geralmente é defendida por profissionais de saúde mental atualmente.

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Teoria Freudiana -

Freud acreditava que esse mecanismo de enfrentamento se desenvolve entre 18 meses e cinco anos de idade. Para algumas pessoas, esse comportamento aprendido continua até a idade adulta.

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Fuga -

Quando a compartimentação continua na idade adulta, pode levar você a evitar questões que são importantes e devem ser abordadas.

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Fuga -

Essa atitude evasiva também pode levar você a se envolver em comportamentos autodestrutivos, que são uma válvula de escape para distrair a mente das emoções que estão sendo reprimidas.

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Trauma -

Para algumas pessoas, a compartimentação começa em resposta a um trauma que sofreram. Por exemplo, após uma agressão s-xual, alguém pode querer parecer forte para evitar reviver sentimentos de impotência.

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Trauma -

Depois de um acidente de carro traumático, uma pessoa pode ter de dirigir novamente por necessidade para chegar ao trabalho e aos compromissos. No entanto, o ato em si pode exigir compartimentação para evitar o desencadeamento de lembranças e sentimentos do incidente toda vez que for dirigir.

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Vícios -

A compartimentação é vista com frequência quando as pessoas têm vícios. Elas podem adotar isso como uma estratégia de enfrentamento para administrar os sentimentos de culpa e vergonha que acompanham suas ações.

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Vícios -

Muitos dependentes em recuperação ficam surpresos com a maneira como conseguiram justificar seus comportamentos e os danos causados. Para muitos, isso não teria sido possível sem a compartimentação.

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A "divisão" mental -

Uma das maneiras de tratar a compartimentação é tentar desenvolver a consciência por meio de práticas de atenção plena (Mindfulness). Isso ajuda a tornar mais claro quando a 'divisão' inconsciente está acontecendo. 

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Integração -

O oposto da inconsciência é a consciência, que alinha a mente, o coração e o espírito, também conhecida como integração.

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Terapia -

Vivemos em um mundo complexo, onde é fácil ficar sobrecarregado e cair em um padrão de compartimentação. Conversar com um terapeuta pode ajudar você a identificar e entender padrões de pensamento e mecanismos de enfrentamento inúteis, para viver de forma mais integrada.

Fontes: (Psychology Today) (MindBodyGreen) (Choosing Therapy)

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