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Revolução Húngara -

A queda do comunismo começou muito antes dos eventos de 1989. De fato, as primeiras rachaduras simbólicas no muro apareceram em novembro de 1956, quando as forças soviéticas invadiram a Hungria para acabar com o que ficou conhecido como a Revolução Húngara.

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Primavera de Praga - A chamada Primavera de Praga na Tchecoslováquia - um período de liberalização política e sentimento pró-reforma - foi brutalmente suprimida em agosto de 1968, quando a União Soviética e outros membros do Pacto de Varsóvia invadiram o país

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O surgimento do Solidarność na Polônia -

O Solidarność (Solidariedade, em português) foi o primeiro sindicato presente num país que fazia parte do Pacto de Varsóvia e que não era controlado por um partido comunista. Foi fundado em setembro de 1980 nos Estaleiros Lenin em Gdańsk sob a liderança de Lech Wałęsa.

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O movimento Solidariedade -

O movimento Solidariedade surgiu como uma reação às políticas introduzidas pelo Partido Comunista Polonês. Uma greve dos trabalhadores do estaleiro exigindo um aumento nos salários rapidamente se espalhou por todo o país. Foto: Lech Wałęsa durante a greve nos estaleiros Lenin, agosto de 1980.

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O início do fim do comunismo no Leste da Europa - O governo polonês eventualmente impôs a lei marcial (foto), que deu fim ao movimento Solidariedade. Mas a ação industrial sem precedentes tinha minado seriamente o poder e a influência da União Soviética. Apesar de seu fracasso final, o movimento anunciou o início do fim do comunismo na Europa Oriental.

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Mikhail Gorbachev -

Em março de 1985, Mikhail Gorbachev tornou-se líder da URSS. Com pensamento avançado e reformista, Gorbachev começou a reformular o sistema soviético permitindo a Perestroika (reestruturação econômica, como a concorrência nos negócios, por exemplo) e a Glasnost (abertura).

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Perestroika e Glasnost - A Perestroika — literalmente uma ampla política de reestruturação econômica — e a glasnost, que era interpretada como uma expressão de pensamento livre, encorajaram os cidadãos russos comuns a expressar abertamente suas preocupações e sua infelicidade com o regime.

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Reformas econômicas -

Com as pessoas falando contra o governo central, a política de Gorbachev encontrou uma grande audiência. Isso pressionou os burocratas a aprovar as reformas econômicas pretendidas por ele. Com o tempo, as políticas tiveram o efeito pretendido. Mas as coisas logo começaram a sair do controle.

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Glasnost - Apesar da Glasnost ostensivamente defender a abertura e as críticas políticas, estas só eram permitidas dentro de um espectro estreito ditado pelo Estado. O público em geral no Bloco Oriental ainda estava sujeito à severidade da polícia secreta e à repressão política.

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Democratização -

À medida que mais e mais russos abraçavam a ideia de Demokratizatsiya (democratização) de Gorbachev — e percebiam que ele não iria reprimir sua recém-conquistada liberdade de expressão — o líder da URSS pedia aos seus homólogos na Europa Central e do Sudeste que imitassem a perestroika e a glasnost em seus próprios países.

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Liberalização -

Reformistas na Hungria e na Polônia foram encorajados pela onda de liberalização que se espalhou pelo leste. Durante meados da década de 1980, o movimento Solidariedade da Polônia persistiu apenas como uma organização clandestina, mas, em 1988, outra onda de greves em todo o país forçou o governo a abrir diálogo com Lech Wałęsa.

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Renúncia ao uso de força - No início de julho de 1989, Mikhail Gorbachev implicitamente renunciou ao uso da força contra outras nações do Bloco Oriental.

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Fim do governo unipartidário na Polônia - Após conversações lideradas pelo primeiro-secretário-geral Wojciech Jaruzelski (não-comunista, na foto ao lado do líder da Romênia Nicolae Ceauşescu) entre o Solidariedade e as autoridades comunistas, Tadeusz Mazowiecki foi nomeado como primeiro-ministro da Polônia, e a União Soviética não manifestou nenhum protesto. Cinco dias depois, em 24 de agosto de 1989, o parlamento polonês encerrou mais de 40 anos de governo unipartidário.

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Governo não Comunista -

Depois da Polônia, a Hungria foi a próxima a mudar para um governo não comunista.

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A retirada da cerca na fronteira da Hungria - A Hungria já tinha começado a desmontar a Cortina de Ferro. Em abril de 1989, o governo húngaro ordenou que a eletricidade fosse desligada na cerca de arame farpado de 240 km ao longo da fronteira Hungria-Áustria.

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Fronteira aberta - No mês seguinte, guardas da fronteira começaram a remover seções da barreira. A fronteira aberta significava que era mais fácil para os húngaros atravessarem para a Áustria em busca de bens e serviços. Foto: a fronteira hoje.

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Fim da ocupação militar soviética na Hungria -

Em outubro de 1989, o regime comunista na Hungria foi formalmente abolido. Em março de 1990, a Hungria foi transformada de República Popular em República da Hungria. Em 1991, a ocupação militar soviética da Hungria terminou.

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República Democrática Alemã - A República Democrática Alemã foi um estado estabelecido pela União Soviética em 1949, a partir de um território que foi administrado e ocupado pelas forças soviéticas no final da Segunda Guerra Mundial.

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Berlim Oriental - A zona soviética cercou Berlim Ocidental, mas não a incluiu. Como resultado, Berlim Ocidental permaneceu fora da jurisdição da República Democrática Alemã.

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Construção do Muro de Berlim -

Efetivamente um estado satélite da União Soviética, a Alemanha Oriental tornou-se a economia mais bem sucedida do Bloco Oriental. No entanto, a emigração para o Ocidente era um problema significativo. Para acabar com o vazamento, o governo fortificou sua fronteira ocidental e, em 1961, construiu o Muro de Berlim.

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Impedimento -

Durante 28 anos, a fronteira entre a Alemanha Oriental e a Ocidental foi fortemente vigiada. O Muro de Berlim provou ser um impedimento significativo para quem desejava fugir do comunismo.

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Detenção do fluxo - Mas a fronteira aberta da Hungria significou que, no final de setembro de 1989, mais de 30.000 alemães orientais tinham fugido para o Ocidente. Para conter o fluxo, a República Democrática Alemã passou a negar viagens para a Hungria.

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Fronteira da Tchecoslováquia fechada - Com a fronteira para a Hungria fechada novamente, a Tchecoslováquia se tornou o único estado vizinho para onde os alemães orientais poderiam escapar. No entanto, as autoridades da Alemanha Oriental fecharam essa fronteira também, em 3 de outubro de 1989. Foto: a fronteira hoje.

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Alemanha Oriental começa a ruir -

O mundo inteiro estava de olho nos acontecimentos importantes que estavam se desenrolando na Europa Oriental. Gorbachev se reuniu com o líder da Alemanha Oriental Erich Honecker (foto), que continuava se opondo a reforma interna. Honecker foi mais tarde deposto por Egon Krenz. A fronteira com a Tchecoslováquia foi aberta novamente em 1º de novembro de 1989.

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O Muro é destruído -

As autoridades da Alemanha Oriental eventualmente cederam à pressão pública, permitindo que seus cidadãos passassem para o lado Ocidental. Em 9 de novembro de 1989, novos pontos de travessia foram abertos à força no Muro de Berlim. Eventualmente, pessoas usando martelos e outras ferramentas derrubaram partes inteiras do muro. 

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A "Revolução de Veludo" -

A Tchecoslováquia teve uma transição não violenta de poder do governo comunista para uma república parlamentar no que ficou conhecido como a "Revolução de Veludo". O escritor e dissidente Václav Havel foi empossado presidente em 29 de dezembro de 1989.

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Bulgária - Em 10 de novembro de 1989 (um dia após a ruptura do Muro de Berlim), o líder búlgaro Todor Zhivkov foi deposto por seu Politburo (comitê executivo dos partidos comunistas). Em 11 de dezembro de 1989, o Partido Comunista da Bulgária anunciou sua intenção de abandonar seu monopólio do poder. Em junho de 1990, as primeiras eleições livres desde 1931 foram realizadas no país.

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Nicolae Ceauşescu -

O líder do Partido Comunista Romeno, Nicolae Ceauşescu, estava confiante de que passaria ileso pelas revoltas anticomunistas que varreram o resto da Europa Oriental. Mas ele acabou usando seu temido Securitate (polícia secreta) para suprimir violentamente as manifestações anticomunistas.

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Rebelião - Em 21 de dezembro de 1989, durante um discurso, manifestantes insatisfeitos começaram a vaiar e insultar o ditador (visto aqui na mesma varanda em 1967). Forças da Securitate se voltaram contra os manifestantes com força mortal.

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Ceauşescu é executado -

No dia seguinte, no entanto, os militares romenos se juntaram aos manifestantes para lutar contra o Securitate. Eventualmente presos e julgados às pressas, Ceauşescu e sua esposa Elena foram executados no dia de Natal em 1989. A Revolução Romena foi a mais sangrenta das revoluções de 1989.

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Países Bálticos -

Em maio de 1990, Estônia, Letônia e Lituânia haviam declarado independência da União Soviética. A URSS reconheceu seu status como tal em setembro de 1991.

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Albânia -

A Albânia, sob o governo de Ramiz Alia, introduziu algumas medidas de liberalização em 1990, como permitir a liberdade de viajar para o exterior. Os ex-comunistas da Albânia foram derrotados nas eleições realizadas em março de 1992.

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Iugoslávia -

Embora não fizesse parte do Pacto de Varsóvia, a Iugoslávia viu uma série de confrontos entre a sociedade civil emergente e o regime comunista. Com a escalada das tensões étnicas e nacionais impulsionadas pela ânsia de independência, uma série de guerras civis brutais surgiu. O rompimento da União Soviética levou à fragmentação da Iugoslávia.

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Dissolução da União Soviética -

Em 1º de julho de 1991, o Pacto de Varsóvia foi oficialmente dissolvido. Em dezembro de 1991, a União Soviética se desintegrou e deixou de existir. A Guerra Fria acabou e, com ela, o Comunismo na Europa.

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