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Níveis de som explicados -

O som é medido em decibéis, e nosso dia a dia tem sons de tudo quanto é tipo, desde o barulho das folhas (20-30 decibéis) até trovões (120 decibéis) e sirenes (120-140 decibéis). Sons de 85 decibéis ou mais, como cortadores de grama elétricos (90 decibéis) e shows de rock muito altos (110-120 decibéis), podem prejudicar os ouvidos.

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Compreendendo a poluição sonora -

A poluição sonora é uma ameaça invisível que merece mais atenção e, mesmo não sendo vista, está sempre presente, tanto na terra quanto no mar. Definida como qualquer som indesejado ou perturbador, ela prejudica a saúde e o bem-estar das pessoas e de outros seres vivos.

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O custo da poluição sonora para a saúde -

A poluição sonora afeta milhões de pessoas diariamente. O problema de saúde mais comum que ela causa é a Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair). A exposição a ruídos altos também pode levar à pressão alta, doenças cardíacas, distúrbios do sono e estresse. Essas condições afetam todas as faixas etárias, especialmente crianças.

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A silenciosa crise de saúde -

O ruído ambiente também pode causar zumbido, um zumbido crônico no ouvido que causa insônia, irritabilidade e depressão, e está até mesmo relacionado a doenças cardiovasculares. A Organização Mundial da Saúde calcula que o barulho do trânsito tira mais de um milhão de anos de vida saudável da população da Europa Ocidental a cada ano.

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O impacto da poluição sonora na vida selvagem -

Estudos mostram que ruídos altos podem fazer com que os vasos dorsais das lagartas, o equivalente ao coração dos insetos, batam mais rápido, e também podem resultar em menos filhotes de melro-azul (pássaro azul). Os animais dependem do som para navegar, encontrar comida, atrair parceiros e evitar predadores, razão pela qual a poluição sonora ameaça sua sobrevivência.

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O problema crescente do oceano -

O excesso de barulho não está prejudicando só as pessoas e os animais na terra, mas também está virando um grande problema para a vida marinha. Navios, perfurações de petróleo, dispositivos de sonar e testes sísmicos transformaram o ambiente marinho antes tranquilo em um lugar barulhento e caótico.

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Como a poluição sonora afeta os mamíferos marinhos -

Baleias e golfinhos são especialmente afetados pelo barulho, principalmente por causa dos sonares navais, que fazem um dos barulhos mais altos debaixo d'água. Esses animais dependem da ecolocalização para se comunicarem, guiarem-se, encontrarem comida e parceiros. O excesso de ruído atrapalha essas capacidades, e isso coloca a sobrevivência deles em risco.

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Por que o silêncio é importante no mundo animal -

Biólogos descobriram que o silêncio é ouro no reino animal. Para presas, é essencial ouvir predadores se aproximando furtivamente. Já para predadores, é crucial captar os sons de sua próxima refeição. E não vamos esquecer dos pássaros canoros, que dependem de serenatas para encantar parceiros e manter suas espécies fortes.

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Preservando nossos santuários silenciosos -

Nós, humanos, podemos até nos acostumar com o barulho que fazemos, mas perder o silêncio da natureza seria um desastre para o nosso bem-estar. Lugares calmos e tranquilos são tesouros que valem a pena encontrar e proteger. Se mais gente se encantasse com a beleza dos sons da natureza, talvez todos nós decidíssemos abaixar um pouco o volume.

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Parque Nacional Yangmingshan, Taiwan -

Esse lugar ganhou o título de Parque Urbano Silencioso pela Quiet Parks International em 2020. Para receber esse título, o local precisa ter níveis de ruído abaixo de 45 decibéis, que é o mesmo que o barulho de uma biblioteca, e no máximo oito "interrupções de som" curtas por hora, nenhuma delas podendo passar de 65 decibéis.

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Rio Zabalo, Equador -

Em 2019, a área do Rio Zabalo, no Equador, foi escolhida como o primeiro Parque Silencioso Selvagem pela Quiet Parks International. Com mais de 400 mil hectares, esse lugar tranquilo continua livre de poluição sonora, muito graças ao povo indígena Cofán, que protege essa área há milhares de anos.

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Laboratórios Orfield, EUA -

Apelidada de 'o lugar onde o som some', a câmara sem eco dos Laboratórios Orfield em Minneapolis é uma maravilha do silêncio, com incríveis -13 decibéis. Usado pelos astronautas da NASA para se prepararem para o silêncio total do espaço, esse espaço já ganhou o Recorde Mundial do Guinness como o lugar mais silencioso da Terra duas vezes.

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Cenote Tak Be Ha, México -

As cavernas subaquáticas da Península de Yucatán, que parecem catedrais, são um dos últimos lugares intocados da Terra. Com quase sete mil cavernas, o Cenote Tak Be Ha é um dos lugares mais silenciosos do mundo, onde o único som que se ouve é o da água pingando.

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Antártica -

A Antártida não é só o continente mais ao sul do mundo, é também o mais alto, o mais seco, o mais ventoso, o mais frio e o mais gelado. Essa imensidão congelada não tem moradores fixos, nem cidades ou vilas, só algumas estações de pesquisa ou cabanas de expedição quebrando a vastidão silenciosa da paisagem.

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Zurique, Suíça -

Zurique não é só famosa pelos seus chocolates e passeios bonitos de dia. A cidade também tem os menores níveis de ruído entre os centros urbanos, segundo testes do World Hearing Index e da Organização Mundial da Saúde. Esses rankings foram feitos com mais de 200 mil testes de áudio em mais de 50 das maiores cidades do mundo.

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Área de canoagem Boundary Waters Wilderness, EUA -

Em março de 2023, a Boundary Waters Canoe Area Wilderness (área de canoagem Boundary Waters Wilderness), que fica nas terras tradicionais do povo Anishinaabe, ganhou o título de Parque Silencioso Selvagem da Quiet Parks International. O silêncio lá pode durar horas seguidas, dependendo da hora do dia, da estação e de coisas como o movimento dos aviões.

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Makgadikgadi Pans, Botsuana -

Com seus 3.900 quilômetros quadrados, o Makgadikgadi Pans, no nordeste de Botsuana, é uma das maiores planícies de sal do mundo. Esse lugar era o fundo do antigo Lago Makgadikgadi, que secou. Na época da seca, quase não tem animais por lá, tornando o local um oásis de silêncio no meio do deserto.

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Parque Nacional Olímpico, EUA -

A tranquilidade desse parque vem de uma das maiores florestas de pinheiros da América, que naturalmente abafa o ruído em seus 364 mil hectares de área selvagem. Hoje em dia, os responsáveis pelo parque pedem para os visitantes manterem o silêncio, e até os pilotos mudaram as rotas dos aviões para preservar a paz do lugar.

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Landmannalaugar, Islândia -

Landmannalaugar, que ganhou esse nome em homenagem a uma piscina quente abaixo do campo de lava Laugahraun, oferece aos viajantes quilômetros de solidão na Islândia. Você não só pode vagar sem ver outra alma, mas também encontrará manchas vulcânicas incrivelmente silenciosas espalhadas por toda a região.

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Kielder Mires, Inglaterra -

O Kielder Mires de Northumberland, o maior pântano da Inglaterra, fica na beira oeste do Kielder Forest Park. Com 648 quilômetros quadrados, esse lugar tem 150 milhões de árvores, sendo a maior floresta plantada da Inglaterra. Há alguns anos, ele foi considerado o lugar mais silencioso da Grã-Bretanha, por ficar bem longe da estrada ou rota de avião mais próxima.

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Kelso Dunes, Deserto de Mojave, EUA -

Famoso pelas suas paisagens vastas e ambiente desafiador, o Deserto de Mojave é um refúgio de paz, já que não tem muita vida selvagem, aviões ou carros. O calor forte do verão afasta os visitantes comuns, deixando só os mais aventureiros curtirem o silêncio.

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Reserva Natural Älvsjöskogen, Suécia -

Em 2015, Estocolmo criou o projeto Guia do Silêncio para mostrar lugares tranquilos dentro e ao redor da capital da Suécia, e a Reserva Natural de Älvsjöskogen foi um dos locais escolhidos. Placas indicam as áreas mais silenciosas, e os visitantes são orientados a manter a paz caminhando devagar e desligando os celulares.

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Edifício 87 da Microsoft, EUA -

Dentro do Edifício 87 da Microsoft, você encontra três câmaras de som sem eco com um nível de ruído de -20,3 decibéis, usadas pelos engenheiros de áudio para testar microfones e alto-falantes. Infelizmente, não dá para visitar pessoalmente, mas você pode fazer tours virtuais para sentir esse silêncio surreal.

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Parque Nacional Haleakala, Havaí -

A cratera do Haleakalā em Maui, um vulcão adormecido, é conhecida como um dos lugares mais silenciosos da Terra. Dizem que entrar na cratera é uma experiência transformadora, já que os níveis de decibéis são tão baixos que até sussurros podem soar como gritos.

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Reserva Florestal Sinharaja, Sri Lanka -

No sudoeste do Sri Lanka, fica Sinharaja, a última grande floresta tropical do país. Mais de 60% das suas árvores só existem lá, e muitas são consideradas raras. Esse Patrimônio Mundial da UNESCO oferece os sons noturnos mais tranquilos que você pode imaginar, com muitos insetos e sapos criando uma sinfonia que embala os sonhos.

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Monumento Nacional Muir Woods, EUA -

Em 2001, os guardas do Monumento Nacional Muir Woods perceberam que o barulho estava espantando algumas espécies, como pica-paus-bico-de-marfim e corujas-pintadas do norte. Hoje em dia, placas espalhadas pelo parque pedem para os visitantes fazerem silêncio, e um medidor de decibéis perto da entrada regula o volume das vozes.

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Observatório de Radioastronomia de Murchison, Austrália -

Nesse lugar, fica um dos maiores radiotelescópios do mundo, que escuta ondas de rádio do espaço, o que só é possível em áreas bem isoladas. A região ao redor, no interior da Austrália Ocidental, é uma Zona de Silêncio de Rádio, onde aparelhos eletrônicos como celulares, rádios e TVs precisam ficar desligados.

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Steinmetz Hall, EUA -

Escondido no Dr. Phillips Center for the Performing Arts, o Steinmetz Hall é famoso pela sua acústica perfeita. Com uma classificação sonora N1, o nível mais baixo que os humanos conseguem ouvir, esse lugar é tão silencioso que, se você sentar lá sozinho, consegue ouvir o seu próprio coração batendo!

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Parque Nacional Grasslands, Canadá -

A poetisa canadense Lorna Crozier descreveu Grasslands como um "santuário de silêncio, um dos últimos do planeta. Abaixo do vento, abaixo dos nossos batimentos cardíacos, ouvimos a respiração da Terra". Com mais de 900 quilômetros quadrados, o parque é dividido em dois blocos, cada um com sua personalidade distinta.

Fontes: (National Geographic) (Quiet Parks International) (Viator) (Cirrus Research) (Travel + Leisure)

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