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Protestos, tumultos e ataques que mudaram o curso da História
Terroristas pró-Bolsonaro invadem o Congresso brasileiro, a Suprema Corte e o Palácio do Planalto em ataque que ecoa os tumultos de 6 de janeiro nos EUA
© Getty Images
Ao longo da história, os protestos têm sido usados como um meio para as pessoas levantarem suas vozes contra sistemas que oprimem e corrompem. Quando aqueles que estão no poder se recusam a ouvir, muitas vezes essa é a única maneira que os cidadãos encontram para começarem o processo de mudança. Nem todos os protestos terminam bem ou cumprem seu propósito, mas mesmo aqueles que terminaram em derramamento de sangue influenciaram mudanças sociais duradouras para as gerações futuras. Dito isto, enquanto alguns protestos são famosos por alcançar mudanças sociais e políticas monumentais, outros são lembrados pelo caos e violência que criaram - e seriam mais apropriadamente chamados de tumultos ou terrorismo.
Isso é certamente o que está acontecendo no Brasil, já que centenas de apoiadores do ex-presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, romperam barricadas policiais, quebraram janelas e invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e a Suprema Corte no domingo, 8 de janeiro, para "protestar" contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana anterior, que foi eleito democraticamente com 60,3 milhões de votos, a maior quantidade de votos desde a redemocratização.
Vídeos que circulam pela internet mostram os invasores vestidos com as cores do Brasil, alguns aparentemente armados, invadindo os prédios do governo e virando tudo de cabeça para baixo, ameaçando ficar o tempo que for necessário para que suas demandas em relação ao que eles veem como uma eleição "roubada" sejam atendidas. Além de destruírem completamente as sedes dos três poderes, eles feriram um cavalo, rasgaram documentos, fizeram necessidades fisiológicas pelas mesas e tapetes do lugar e arruinaram centenas de obras de arte inestimáveis que fazem parte da história e do povo brasileiro. A Polícia Civil de Brasília informou que 300 pessoas foram presas. Bolsonaro, que acredita-se estar na Flórida, EUA, condenou o ataque e negou a responsabilidade de encorajar os manifestantes em um post no Twitter cerca de seis horas após o início da violência. No entanto, Bolsonaro tem se recusado repetidamente a aceitar que perdeu a eleição de outubro e, de fato, deixou o país em vez de participar da cerimônia de posse onde deveria entregar a faixa presidencial. Em sua página do Twitter, inclusive, ele ainda se identifica como "Presidente da República Federativa do Brasil".
Clique nesta galeria para saber mais sobre os protestos e motins mais notáveis da história.
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