Você teria coragem?
Tendemos a desenvolver uma conexão profunda com nossos parceiros e, mesmo quando discutimos, há um sentimento de empatia inerente pela outra pessoa.
"Conhecer alguém através dos altos e baixos de sua vida pode nos permitir assumir um papel de apoio e de confidente e realmente estar lá para alguém ao longo de sua vida", diz a psicóloga Briony Leo.
A união de pares é uma coisa positiva quando se trata de nossa saúde mental. Quando estamos em um relacionamento com uma pessoa nesse nível, é menos provável sentirmos solitários, isolados e deprimidos.
Um estudo envolvendo 17 países descobriu que as pessoas casadas são mais propensas a serem felizes. E há mais: um outro estudo realizado na Itália descobriu que os casados têm menos tendência a cometer suicídio.
Em geral, os casados apresentaram níveis mais baixos de cortisol (hormônio do estresse). Isso ocorre porque seus parceiros podem atuar como uma espécie de amortecedor de estresse, porque supostamente oferecem apoio contínuo.
Por outro lado, se o seu casamento não estiver indo bem, os níveis de cortisol dispararão em resposta. Stacie Stephenson, médica especializada em medicina funcional e integrativa, sugere que os casais se exercitem e cozinhem refeições saudáveis juntos, como forma de aumentar a "camaradagem, apoio e o vínculo".
Quer aumentar sua imunidade? Casar é uma opção! Acontece que aqueles que estão em casamentos felizes são mais propensos a terem um sistema imunológico forte. Isso é resultado de doses mais baixas de estresse crônico.
Um casamento infeliz, por outro lado, pode causar o efeito oposto. De acordo com um estudo de 2018, "os múltiplos estresses de um relacionamento conturbado são depressogênicos, e o desenvolvimento de um transtorno de humor prepara o terreno para a vulnerabilidade psicológica e biológica. A depressão propicia um caminho central para a desregulação imunológica, inflamação e problemas de saúde".
Existe uma correlação entre a longevidade do paciente com câncer e o casamento. "Quando nos sentimos ligados a outra pessoa, cuidamos melhor de nós mesmos, física e mentalmente, nos recuperamos mais rapidamente após uma crise de saúde ou evento traumático", explica a assistente social clínica Deidra Ward.
O diagnóstico precoce por meio de exames de rotina parece contribuir para melhores resultados para os pacientes, assim como os recursos financeiros de um parceiro. Um estudo descobriu que "ter um cônjuge com alto nível de educação e/ou com altos salários parece ser benéfico".
As feridas físicas realmente curam mais rápido se você estiver em um casamento bem-sucedido. Isso ocorre porque essas pessoas provavelmente têm níveis mais altos de ocitocina e vasopressina.
Um estudo de 2010 da Ohio State University, liderado pelo psicólogo clínico Jean-Philippe Gouin, descobriu que "o hormônio oxitocina pode ser um elo importante entre a qualidade de nossos relacionamentos e o estado da nossa saúde".
Enquanto os níveis de testosterona começam a diminuir naturalmente nos homens por volta dos 40 anos, de acordo com a autora Simone Collins, o "amor, relacionamentos de longo prazo e filhos" podem ser os maiores "culpados" disso para os casados.
A diminuição da testosterona tem sido associada à perda de motivação, diminuição da libido, falta de massa muscular e aumento da gordura corporal.
Uma revisão sistemática e metanálise realizadas em 2018 constataram que solteiros têm 42% mais risco de desenvolverem doenças cardiovasculares quando comparadas a pessoas casadas.
Além de níveis mais baixos de cortisol e níveis mais altos de oxitocina, as pessoas casadas tendem a ter dietas mais saudáveis, malhar mais e correr menos riscos, quando comparadas aos solteiros. Tudo isso é fundamental na prevenção de doenças do coração.
Solteiros correm maior risco de desenvolverem demência, quando comparados aos casados. De acordo com um estudo de 2019, isso é verdade para aqueles que nunca se casaram, mas também para os divorciados, viúvos e coabitantes.
Isso ocorre porque as pessoas casadas têm níveis mais elevados de engajamento social, o que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de demência (ou, neste caso, de não desenvolvê-la). "As pessoas casadas encontram sua rede social por meio do cônjuge. Ser casado aumenta a integração social, o que promove a saúde cognitiva", explica Linda Waite, professora de sociologia da Universidade de Chicago.
A expectativa de vida pode realmente aumentar para os casados, especialmente para os homens.
Quanto às mulheres, elas parecem "suportar o peso das consequências negativas para a saúde do casamento" em uniões ruins. Surpreendentemente, casar com homens mais jovens também não parece funcionar para elas. O The Guardian relatou que: "Mulheres que são sete a nove anos mais velhas que seus maridos têm uma taxa de mortalidade 20% maior do que se tivessem a mesma idade".
Claro, fazer exercícios, não fumar e evitar poluentes podem contribuir para os nossos pulmões se manterem saudáveis. Mas ser casado também pode ajudar. Isso acontece porque a integração social desempenha um papel vital, e as pessoas podem obter isso através do casamento.
Embora o segredo seja realmente ter o máximo de relações sociais quanto possível. De acordo com um estudo de 2014, "diferentes relações sociais podem ser substituídas umas pelas outras e cada papel social adicionado melhora a saúde".
O risco de diabetes tipo 2 entre pessoas casadas é menor, quando comparado a solteiros. Isso também pode ter a ver com o fato de que os casados são menos propensos a serem obesos.
Não só o risco é menor, mas também é compartilhado pelo casal. Em um relacionamento heterossexual, a mulher é o principal fator em jogo aqui. Isso ocorre provavelmente porque as escolhas alimentares são feitas principalmente pelas esposas.
Os cônjuges podem captar o humor um do outro. Portanto, se você estiver triste, com raiva ou feliz, seu parceiro provavelmente sentirá o mesmo.
O contágio da emoção vai ainda mais longe quando se trata de esposas. De acordo com um estudo, parceiras experimentaram mais disso quando seus maridos estavam sofrendo. O contrário não ocorreu.
Apenas a abstinência ou o celibato podem realmente protegê-lo de contrair uma IST, mas a monogamia certamente ajuda!
Assumindo que você não está em um relacionamento aberto, onde um ou ambos têm relações com outros parceiros, ou de fato há casos extraconjugais, então o risco de contrair ISTs diminui significativamente para pessoas casadas.
Fontes: (Journal of Marriage and Family) (Carnegie Mellon University) (American Psychological Association) (Journal of Clinical Oncology) (Independent.ie) (The Harvard Gazette) (BMJ Journals) (WebMD) (The New York Times) (The Guardian) (Healthy Driven) (Health Digest)
A união de pares existe há muito tempo, e o casamento ainda é uma escolha popular quando se trata de relacionamentos. Mas ser esposa ou marido tem realmente algum impacto na nossa saúde? Acontece que sim - tanto de maneira positiva quanto, para alguns, pode trazer certas desvantagens.
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SAÚDE Relacionamentos
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