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A Covid-19 não é nenhuma novidade, mas as variantes do FLiRT são. Semelhantes em alguns aspectos e diferentes em outros das cepas anteriores do coronavírus, há muito o que saber sobre como a FLiRT surgiu e como essa linhagem do vírus afeta os doentes. Por exemplo, ela tem sido uma das mais dominantes entre as que circulam este ano globalmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas será que ela é mais contagiosa e perigosa?
Nesta galeria, você encontrará informações essenciais se a vacina atual protege em termos de segurança e quem pode estar em maior risco.
As linhagens FLiRT são subvariantes de Ômicron. FLiRT é o nome técnico para a mutação da proteína spike que inclui as letras FLRT.
Variantes de vírus, como a Covid-19, ocorrem quando há uma alteração ou mutação nos genes do vírus.
Todas as variantes do FLiRT pertencem à família de variantes JN.1 que foi dominante nos EUA durante a temporada de inverno no Hemisfério Norte (entre os meses de dezembro e março) de 2023-2024.
As variantes FLiRT receberam esse nome devido a mutações específicas que ocorreram em certos aminoácidos das proteínas spike do SARS-CoV-2.
Um aminoácido é como um bloco de construção molecular. Cada um tem uma cor, forma, tamanho e função específicos. Vinte aminoácidos podem ser encadeados para criar proteínas.
A proteína spike do SARS-CoV-2 tem 1.273 aminoácidos que são organizados em uma sequência precisa que determina sua estrutura única e função genética. Se você substituir até mesmo um único aminoácido, isso pode impactar significativamente a aparência e a funcionalidade do vírus.
Cada variante FLiRT carrega mutações específicas no código genético das proteínas spike. Ou seja, na posição 456, a fenilalanina (F) foi substituída por leucina (L). Além disso, na posição 346, a arginina (R) foi substituída por treonina (T).
Ao mudar, o vírus SARS-CoV-2 melhora sua capacidade de evitar o reconhecimento por anticorpos, ao mesmo tempo em que enfraquece a capacidade destes de se ligar às células.
A mutação na posição 572, que muda a treonina para isoleucina em algumas subvariantes do FLiRT, é crítica. Essa alteração compensa outras fraquezas ao permitir que o vírus se ligue mais firmemente às células.
Cientistas especulam que o vírus SARS-CoV-2 continuará a evoluir. Temos que ser cuidadosos e conscientes, pois novas mutações farão com que o vírus se esconda melhor de nossos sistemas imunológicos.
KP.3 é frequentemente jogado junto com outras variantes FLiRT da Covid. No entanto, ele difere um pouco por causa de uma mutação adicional. Na posição 493, a glutamina (Q) foi substituída por ácido glutâmico (E), dando a essa variante o nome FLuQE.
As subvariantes do FLuQE se tornaram dominantes nos EUA.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA determinaram que, no início de outubro de 2024, mais de 57% dos casos de Covid-19 estão relacionados ao KP.3.1.1, que é descendente da subvariante JN.1 do Ômicron.
Segundo os médicos, já existe uma nova variante conhecida como XEC. É uma variante recombinante, ou seja, duas subvariantes diferentes de JN.1 combinadas.
Variantes de FLiRT como KP.2 e FLuQE são todas tão semelhantes que os sintomas também são parecidos. Por exemplo, dor de garganta e dores no corpo são dois sinais reveladores.
Outros sintomas das variantes do FLiRT incluem tosse, coriza, congestão, febre, calafrios ou falta de ar.
Se você tiver sintomas de Covid-19, é importante consultar primeiro um médico. Ele pode lhe aconselhar tomar remédios para ajudar a encurtar a duração dos sintomas ou pode dar outras orientações mais específicas.
A gravidade dos sintomas da Covid-19 varia de pessoa para pessoa. Pode depender de suas experiências com infecções anteriores de Covid, se você foi vacinado recentemente e do seu sistema imunológico no geral.
Pessoas imunocomprometidas são especialmente suscetíveis às variantes mais recentes de FLiRT e FLuQE. Se você ou um ente querido for imunocomprometido, tome precauções extras.
Coinfecções podem acontecer e, portanto, a Covid-19 se apresentará de forma diferente em vários pacientes. Houve muito casos de rinovírus, coqueluche e pneumonia ultimamente.
As vacinas atuais estão mirando a variante KP.2, que é da mesma família da variante FLiRT. Espera-se que a vacina tenha alguma eficácia, mas exatamente quanto só será conhecido nos próximos meses.
Todos os anos, as autoridades de saúde pública dos EUA revisam os dados que têm sobre a eficácia das novas vacinas contra a Covid-19 para acompanhar o desenvolvimento e a evolução do vírus SARS-CoV-2.
A cada ano, esperamos uma nova vacina contra a gripe para combater variantes da gripe. O mesmo vale para vacinas que têm como alvo variantes da Covid-19.
Pessoas mais velhas ou aqueles que são imunocomprometidos devem definitivamente considerar a vacinação. Mesmo uma pequena quantidade de proteção pode ter um impacto positivo.
Se você teve uma infecção JN.1, então você provavelmente está bem e protegido contra variantes FLiRT. No entanto, se você teve uma infecção antes de JN.1, então você está mais vulnerável.
JN.1, variantes Ômicron anteriores e as variantes FLiRT têm o mesmo período de infecciosidade. Pode levar 5 ou mais dias para desenvolver sintomas e você se torna contagioso dois dias antes dos sintomas começarem.
Paxlovid ainda é recomendado para indivíduos de alto risco, pois é eficaz contra a variante JN.1 e espera-se que funcione também contra as variantes FLiRT. Outros tratamentos, como uso de Molnupiravir e Remdesivir, também devem permanecer eficazes.
Fontes: (Johns Hopkins) (Clevland Clinic) (Yale Medicine)
Variantes FLiRT da Covid-19: O que você precisa saber sobre contágio e sintomas
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SAÚDE Vírus
A Covid-19 não é nenhuma novidade, mas as variantes do FLiRT são. Semelhantes em alguns aspectos e diferentes em outros das cepas anteriores do coronavírus, há muito o que saber sobre como a FLiRT surgiu e como essa linhagem do vírus afeta os doentes. Por exemplo, ela tem sido uma das mais dominantes entre as que circulam este ano globalmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas será que ela é mais contagiosa e perigosa?
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