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Definição comum -

Um artigo do Psychology Today define o tédio como um "estado profundamente desagradável de 'agitação não satisfeita' ". A pessoa "fica mais inquieta do que desanimada, mas, por uma ou mais razões, sua agitação não pode ser saciada ou direcionada'.

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O que é o tédio? -

Os motivos para ficar entediado podem ser mentais (ou seja, falta de imaginação, motivação ou concentração) ou externos (como a ausência de estímulo ambiental). Basicamente, você quer fazer algo que o estimule, mas não pode. E estar ciente dessa incapacidade o leva à frustração.

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Uma característica humana -

A chave aqui é essa consciência. É por isso que os humanos sofrem com isso e os animais, sem dúvida, não.

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Por que não aguentamos ficar entediados? -

A coisa mais desagradável de estar entediado é que isso nos coloca em contato com pensamentos e sentimentos ruins que podem ser desencadeados por atividades diárias repetitivas, que não nos dão prazer.

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As pessoas percebem o tédio de forma diferente -

O tédio é vivenciado de forma diferente por todos. Por exemplo, há atividades que alguns acham muito chatas, enquanto outras pessoas pensam diferente. 

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As pessoas percebem o tédio de forma diferente -

Por exemplo, alguns podem achar que ler um livro ou fazer uma caminhada é algo chato, enquanto outros acham agradável ou estimulante.

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Tédio: os lados da moeda -

Alguns tipos de tédio podem ser desagradáveis e negativos, enquanto outros podem realmente render resultados positivos.

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Há tipos distintos de tédio -

Um grupo de pesquisadores alemães conduziu um estudo sobre o tédio e identificou cinco tipos: indiferente, disperso, pesquisador, reagente e apático.

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Indiferente -

Esse tipo de tédio é traduzido por sentimentos de calma e afastamento do mundo. Um estado de "fadiga alegre".

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Disperso -

Esse tipo de tédio é descrito por distrações, pensamentos dispersos e a sensação de não saber exatamente o que fazer. Isso leva a um "estado emocional levemente desagradável". Esse tipo de tédio está mais presente quando realizamos tarefas repetitivas.

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Pesquisador -

Este é um estado de inquietação desagradável, quando tentamos fugir do tédio realizando atividades como hobbies.

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Reagente -

Este é o tipo mais negativo de tédio. É caracterizada por altos níveis de agitação, e as pessoas fazem o que for preciso para sair dessa situação.

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Apático -

O tédio apático opera em um nível mais profundo e geralmente está conectado ao desamparo e à depressão. Portanto, nesse caso, pode ser necessária ajuda profissional.

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Mantendo o tédio à distância -

Fazemos de tudo para evitar o tédio. E hoje em dia temos uma infinidade de recursos para manter essa sensação de vazio longe.

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Tememos estar entediados -

Não podemos suportar a possibilidade de ficarmos entediados. Mas e se, em vez de fazer tudo o que pudermos para evitá-lo, abraçássemos o tédio?

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O tédio pode ser bom! -

O tédio pode ser um catalisador da mudança. Pode permitir que nosso cérebro funcione de maneira diferente em nível subconsciente.

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O tédio pode torná-lo mais produtivo -

Um estudo constatou que um grupo de indivíduos, que concluiu uma tarefa chata, teve depois um desempenho melhor em uma atribuição criativa do que aqueles que realizaram antes uma atividade interessante.

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O tédio pode torná-lo mais criativo -

Os psicólogos conduziram um estudo sobre porque a alegria e o tédio promovem o pensamento associativo mais do que a angústia e o relaxamento. Esses pesquisadores descobriram que as pessoas que vivenciavam o tédio eram mais criativas.

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O tédio pode torná-lo mais focado nos objetivos -

Você costuma sonhar acordado quando está entediado? Isso é realmente uma coisa boa. Os pesquisadores descobriram que isso ajuda a "focar no futuro" para que você, de forma inconsciente, planeje e antecipe objetivos futuros.

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O tédio pode nos tornar mais consciente -

Segundo o professor de filosofia Andreas Elpidorou, "o tédio é um sinal de alerta de que não estamos fazendo o que queremos fazer e um 'empurrão' que nos motiva a mudar objetivos e projetos".

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Como fazer o tédio funcionar para você -

Procure atividades que permitam que os bons tipos de tédio se manifestem (ou seja, o indiferente e disperso).

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Atividades chatas que podem ser boas para você -

A professora sênior de psicologia Sandi Mann sugere atividades que exijam pouca ou nenhuma concentração, como andar por uma rota familiar, nadar ou até mesmo sentar com os olhos fechados. O segredo é deixar sua mente divagar sem música ou estímulo para guiá-la.

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Tédio x relaxamento -

Mann afirma que é importante não confundir tédio com relaxamento. Uma atividade propositadamente tranquila, como yoga ou meditação, provavelmente não atende à definição de tentar e não encontrar estímulo.

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Evite deixar 'escapar' o tédio -

Mann também enfatiza que os celulares estão nos impedindo de vivenciar o tédio de maneira eficaz.

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Evite deixar 'escapar' o tédio -

A especialista acrescentou que ao usarmos o celular, tentando passar o tédio, acabamos ficando ainda mais propensos à essa sensação. Cada vez que usamos o smartphone, "não estamos deixando nossa mente vagar e resolver nossos próprios problemas de tédio".

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Considerações finais (e não tão chatas) -

O filósofo Bertrand Russell, que passou algum tempo na prisão, disse: "Uma geração que não pode suportar o tédio será uma geração de homenzinhos, de homens divorciados desnecessariamente do lento processo da natureza, de homens nos quais todo impulso vital murcha lentamente como se fossem flores cortadas em um vaso".

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