© Shutterstock

Zona de exclusão aérea vs. espaço aéreo proibido -

Embora ambas as designações representem uma proibição de voar, há uma distinção entre as duas. Uma zona de exclusão aérea (no-flight zone - NFZ), ou zona proibida ao voo, é uma área designada e controlada pelos militares e, geralmente, é delimitada onde há conflitos.

© Shutterstock

Zona de exclusão aérea -

Exemplos de zonas de exclusão aérea impostas pelos militares em áreas de conflito incluem Iraque (1991-2003), Bósnia e Herzegovina (1993-1995) e Líbia (2011, 2018-19).

© Shutterstock

Zona de exclusão aérea -

Embora as ZFN estejam geralmente ligadas à estratégia militar, às vezes elas também são implementadas em ambientes civis, quando eventos específicos ocorrem (por exemplo, as Olimpíadas). Isso é feito principalmente para prevenir ataques terroristas.

© Shutterstock

Espaço aéreo proibido -

Um espaço aéreo proibido é uma área onde as aeronaves não podem operar. A proteção de uma área específica do espaço aéreo deve-se normalmente a preocupações de segurança. Geralmente é retratado em cartas aeronáuticas, então os pilotos sabem onde não voar nessa área.

© Public Domain

O que acontece se uma aeronave invedir uma zona de exclusão aérea ou espaço aéreo proibido? -

O protocolo em caso de violação dessas áreas é geralmente um aviso via rádio, que pode ser seguido por interceptação militar e/ou ataque. Agora, vejamos alguns desses espaços aéreos proibidos e zonas de exclusão aérea.

© Shutterstock

Ucrânia -

Desde que o conflito com a Rússia eclodiu, a Ucrânia se tornou restrita para aeronaves civis. Porém, até agora, uma zona militar oficial de exclusão aérea não foi implementada no país.

© Shutterstock

Rússia -

Desde 2022, muitas companhias aéreas civis de países ocidentais foram proibidas de entrar no espaço aéreo russo. O motivo é a tensão entre esses países após o conflito com a Ucrânia.

© Shutterstock

Paris, França -

Esqueça monumentos específicos, a Cidade Luz proíbe qualquer tráfego aéreo que voe abaixo de 6.500 pés (2.000 m).

© Shutterstock

Parques da Disney -

Tanto a Disneyland, na Califórnia, quanto a Disney World, na Flórida, são consideradas "Espaço Aéreo de Defesa Nacional". Os parques se tornaram zonas de exclusão aérea desde os ataques terroristas de 11 de setembro. Nenhuma aeronave (incluindo drones) pode voar dentro de um raio de 4.300 metros de cada parque da Disney.

© Shutterstock

Israel -

Israel tem três lugares protegidos de ameaças aéreas. São eles: o Centro de Pesquisa Nuclear de Neguev, a Base Aérea Sdot Micha da Força Aérea Israelense e a histórica Mesquita de Al-Aqsa. Além disso, aeronaves de vários países estão proibidas de entrar no espaço aéreo israelense. Isso se deve ao conflito árabe-israelense em curso.

© Shutterstock

Machu Picchu -

Aeronaves não podem sobrevoar a cidade inca do século XV, no Peru. Em 2006, o governo peruano criou a zona de exclusão aérea na tentativa de impedir a operação de passeios de helicóptero de voo baixo na área, que não apenas perturbavam os visitantes, mas também ameaçavam a fauna e a flora locais.

© Shutterstock

Meca -

Todos os anos, milhões de peregrinos muçulmanos visitam a Caaba e a Grande Mesquita em Meca, Arábia Saudita, como parte de uma peregrinação conhecida como hajj. A Cidade Santa do Islamismo mantém seu espaço aéreo livre de distrações e o faz por respeito à religião e a seus seguidores.

© Shutterstock

Medina -

A mesquita do profeta Maomé em Medina, na Arábia Saudita, é um lugar igualmente importante no Islamismo e também tem o espaço aéreo restrito. Helicópteros, no entanto, às vezes são usados para monitorar a segurança dos peregrinos.

© Shutterstock

Palácio de Buckingham -

O Palácio de Buckingham, residência oficial da realeza em Londres, também é uma zona de exclusão aérea. O monarca e sua família também não veem nenhum avião sobrevoando o Castelo de Windsor.

© Shutterstock

Casas do Parlamento Britânico -

Não só a segurança da monarquia britânica é uma prioridade. Os principais políticos do país também compartilham o mesmo privilégio. As Casas do Parlamento são uma zona de exclusão aérea, assim como Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico.

© Shutterstock

Taj Mahal -

O Taj Mahal em Agra é uma das maiores atrações turísticas da Índia. O mausoléu do século XVII é um Patrimônio Mundial da UNESCO e, desde 2019, as aeronaves não têm permissão para sobrevoá-lo. Arqueólogos e autoridades de segurança do Taj Mahal pressionaram pela proibição depois que militares indianos violaram o espaço aéreo do monumento em várias ocasiões.

© Shutterstock

Índia -

Mas o Taj Mahal não é o único lugar do país onde as aeronaves são proibidas de voar. Outros locais incluem a residência do presidente Rashtrapati Bhavan em Delhi (foto), a Torre do Silêncio em Mumbai e vários templos, como o Templo Tirumala Venkateswara, o Templo Padmanabhaswamy e o Templo Dourado.

© Shutterstock

Hungria -

Esta nação europeia não permite aviões sobre sua capital, Budapeste, nem sobre parques nacionais como Hortobágy.

© Shutterstock

Coreia do Norte -

Há inúmeras tensões políticas entre a Coreia do Norte e os países do Ocidente, mas não é só isso. A República Popular Democrática da Coreia ficou conhecida por ter lançado mísseis de Pyongyang em direção ao Mar do Japão sem aviso. Não é bem um espaço aéreo seguro para qualquer aeronave, certo?

© Shutterstock

China -

Não é permitido sobrevoar a Praça da Paz Celestial. Algumas companhias aéreas também estão impedidas de voar pelo espaço aéreo chinês em determinadas rotas.

© Shutterstock

Sri Lanka -

Qualquer aeronave que entre no espaço aéreo proibido ou restrito sobre o território e as águas territoriais do país precisa de uma autorização da Força Aérea do Sri Lanka. Essas áreas incluem a cidade de Colombo e a refinaria de petróleo Sapugaskanda, entre outras.

© Shutterstock

Irlanda -

A Irlanda também tem uma série de locais onde o espaço aéreo é restrito. Estes incluem as prisões de Portlaoise, Limerick e Mountjoy, bem como a base do exército Curragh Camp e o parque urbano de Dublin, o Phoenix Park.

© Shutterstock

Grécia -

Os gregos gostam de manter seus locais históricos livres de tráfego aéreo. Por exemplo, nenhuma aeronave pode sobrevoar o Parthenon abaixo de 5.000 pés (1.500 m).

© Shutterstock

Finlândia -

Aeronaves estão proibidas de sobrevoar alguns dos bairros da capital Helsinque, incluindo Munkkiniemi, Kruununhaka e Meilahti. As usinas nucleares de Loviisa, Olkiluoto e Hanhikivi também são zonas de exclusão aérea.

© Shutterstock

Praça dos Três Poderes - Brasil -

O centro do poder político brasileiro também tem espaço aéreo restrito. A região onde estão localizados o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal não pode ser sobrevoada a uma altura abaixo de 1.341 metros.

© Shutterstock

Praça dos Três Poderes - Brasil -

O Palácio da Alvorada, a residência oficial do Presidente da República, tem uma restrição de voo de 2.400 metros. A mesma medida é aplicada para a residência oficial do vice-presidente, o Palácio do Jaburu.

© Shutterstock

Usinas Nucleares -

As usinas nucleares brasileiras também estão protegidas, como a de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Isso se deve tanto pelo perigo de acidentes e segurança nacional, quanto por proteção das tecnologias desenvolvidas nesses locais.

© Shutterstock

Usina Hidrelétrica de Itaipu -

Itaipu é a usina hidrelétrica que mais gera energia no mundo, por isso demanda tanto cuidado a ponto de ter voos restritos em seu espaço aéreo. Ela fica na fronteira entre Brasil (Paraná) e Paraguai e foi construída a partir da Ata do Iguaçu, documento assinado em 22 de junho de 1966, por ministros do Brasil e do Paraguai, no qual os dois países se comprometeram a estudar o aproveitamento dos recursos hidráulicos, por isso a empresa é chamada de Itaipu Binacional.

© Shutterstock

Casa da Moeda -

Como o própro nome sugere, a Casa da Moeda é onde se produz o dinheiro físico do Brasil, mas também fornece outros documentos e produtos de segurança. Seu espaço aéreo em Santa Cruz, zona Oeste do Rio de Janeiro, também é protegido.

© Shutterstock

Fábrica da Embraer -

A fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, tem espaço aéreo restrito, isso porque, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), são desenvolvidas aeronaves de defesa, "com caráter sigiloso e de segurança nacional".

© Shutterstock

Centros de Lançamento da Barreira do Inf-rno e de Alcântara -

Também por causa da segurança nacional, aeronaves não podem sobrevoar os centros de treinamento e lançamento da Barreira do Inf-rno (Rio Grande do Norte) e de Alcântara (Maranhão), pertencentes a FAB.

© Shutterstock

Washington, D.C. -

Washington, D.C. é o lar da Casa Branca e das duas casas do Congresso, para não mencionar inúmeros monumentos. Washington é regulada por uma Área Especial de Regras de Voo (SFRA), consistindo de dois anéis: há um anel externo de 30 milhas (48 km) e um anel interno de 15 milhas (24 km).

© Shutterstock

Washington, D.C. -

O anel interno é uma Zona de Restrição de Voo, o que significa que nenhuma aeronave tripulada ou não tripulada pode entrar no espaço aéreo (com exceção de alguns voos comerciais). Sobrevoar a Casa Branca, porém, ainda é extremamente proibido.

© Shutterstock

Outras áreas proibidas nos EUA -

As aeronaves também estão proibidas de entrar no espaço aéreo de Thurmont, Maryland, onde fica o retiro presidencial Camp David. A usina de montagem nuclear Pantex, em Amarillo, Texas, bem como Mount Vernon, a casa de George Washington na Virgínia (foto), também são zonas de exclusão aérea.

© Shutterstock

Outras áreas proibidas nos EUA -

Você também não verá aviões sobrevoando a Base Naval de Submarinos Kings Bay, na Geórgia (foto), nem a Base Naval Kitsap, no estado de Washington ou a Boundary Waters Canoe Area Wilderness, em Minnesota.

© Getty Images

Propriedades da família Bush -

A família Bush gosta de manter seus céus livres de aviões. Tanto o Bush Ranch (Prairie Chapel Ranch) quanto o Walker's Point Estate são áreas proibidas.

© Shutterstock

Cuba -

Qualquer aeronave estrangeira não programada que entre no espaço aéreo cubano pode sofrer as consequências. Em 1996, dois aviões foram abatidos depois de terem feito isso.

© Shutterstock

Vulcões -

Este, obviamente, se aplica a várias áreas do globo. Sobrevoar um vulcão ativo é muito perigoso para as aeronaves. Cinzas vulcânicas, rochas e outras coisas podem infligir alguns danos graves e causar algum acidente.

Fontes: (World Atlas) (Federal Aviation Administration) (Grunge) (International Civil Aviation Organization) (BBC) (Casa da Moeda do Brasil) (Infoescola) (Uol)

© Shutterstock