Denominações são aleatórias ou seguem um sistema?
A cada ano, até 25 pessoas caem no mar em navios de cruzeiro, 2.000 pescadores se perdem no oceano e dezenas de milhares de banhistas são pegos e arrastados em correntes de retorno. Sem mencionar acidentes trágicos como o naufrágio de um barco de refugiados na Grécia em 2023, que deixou centenas de pessoas desaparecidas.
O mar não só cobre 70% da superfície da Terra, mas também é tão inóspito que pode parecer outro planeta. Ficar à deriva rouba de uma pessoa todas as necessidades básicas de sobrevivência. Então, quanto tempo alguém poderia durar depois de se perder no oceano?
Uma pessoa que cai no mar sem nenhum dispositivo de flutuação, habilidade de natação ou conhecimento de técnicas de segurança aquática corre grande risco de afogamento. No entanto, até mesmo nadadores habilidosos podem se afogar se cederem ao medo.
Uma pessoa em pânico vai se debater, gritar e engolir ar desesperadamente até sucumbir à resposta instintiva de afogamento, o que a faz perder o controle e deslizar silenciosamente para baixo da superfície da água.
À medida que um indivíduo que está se afogando afunda mais, ele não consegue inalar ar de forma confiável, o que leva ao aumento do pânico. Uma pessoa só consegue prender a respiração por cerca de um minuto; depois disso, ela inevitavelmente começará a inalar água. O afogamento pode ocorrer em segundos a minutos, conforme a água enche os pulmões.
Mesmo o nadador mais calmo e forte não é páreo para água fria. Água fria é qualquer coisa abaixo de 21°C e a temperatura da superfície do mar pode variar de -2 a 35°C. A água rouba o calor do corpo de uma pessoa muito mais rápido do que o ar, tornando mais fácil desenvolver hipotermia.
Pessoas submersas em água fria também sofrem a "resposta de choque frio", que ocorre quando a pele esfria tão rápido que o corpo não consegue acompanhar, resultando em respiração ofegante, hiperventilação e tensão cardíaca.
Historiadores relatam que o Titanic afundou em temperaturas de água de -2°C, e choque frio e hipotermia tiraram a vida de centenas. Praticamente ninguém se afogou, pois algumas das vítimas recuperadas não apresentaram água nos pulmões.
Sobreviver em águas abertas é possível com técnicas básicas de sobrevivência, mesmo sem um dispositivo de flutuação. Se uma pessoa puder permanecer relativamente calma, flutuar de costas e prender a respiração, ela pode evitar se afogar até que seja resgatada.
A hipotermia pode ser adiada se você estiver usando um colete salva-vidas, empregando a Heat Escape Lessening Posture (HELP que, traduzindo, é a posição de redução de escape de calor enquanto estiver imerso em água fria). Essa posição consiste em ter os joelhos dobrados na região do peitoral para reter o máximo de calor corporal possível. Descansar enquanto flutua de costas é útil em condições calmas, enquanto flutuar de bruços oferece proteção contra vento e ondas em águas agitadas.
Quando Kay Longstaff caiu da parte traseira de um navio de cruzeiro a 80,5 quilômetros da Croácia, ela sobreviveu flutuando de costas e cantando para se distrair do frio. Ela ficou à deriva por 10 horas até ser resgatada.
Em água a 21 °C ou mais quente, a hipotermia é menos preocupante, embora eventual desidratação, exaustão e baixo nível de açúcar no sangue impactem a capacidade de permanecer consciente. O recorde mundial de ficar na água é de 85 horas, embora uma pessoa média só consiga ficar por duas a três horas por vez.
Apesar de estar cercado por ela, a falta de água doce é uma das maiores ameaças à sobrevivência quando se está preso no mar. Não só estar submerso em água do mar desidrata rapidamente o corpo, mas bebê-la é potencialmente mortal, pois o corpo deve usar seu suprimento interno de água para eliminar o excesso de sal.
O corpo humano necessita entre 2,7 e 3,7 litros de água por dia e, durante o esforço físico, pode perder entre 3 e 4 litros por hora, tornando a hidratação no mar uma batalha constante.
Poder descansar fora da água reduz os perigos de choque frio, diminui a taxa de perda de calor corporal e permite a conservação de energia ao reduzir a necessidade de esforço constante.
Em 2022, um homem chamado Ivan sobreviveu 18 horas à deriva no mar usando uma bola de brinquedo parcialmente murcha para manter a cabeça acima da água na costa da Grécia.
Sem água, seus dias estão seriamente contados. Uma pessoa comum pode ficar sem hidratação por três a quatro dias, embora essa duração possa ser menor dependendo da quantidade de suor.
Com uma embarcação adequada, como um bote salva-vidas ou um barco virado, uma pessoa tem uma chance maior de sobrevivência. Uma superfície seca alivia os riscos imediatos de hipotermia e afogamento, facilitando o descanso do corpo. Objetos na embarcação também podem ser transformados em ferramentas úteis, como uma forma de coletar água da chuva.
Tami Oldham Ashcraft se perdeu no mar depois que um furacão de categoria 4 virou seu barco em outubro de 1983. Ela sobreviveu 41 dias à deriva no mar, usando uma única vela esfarrapada, rações limitadas e um sextante (instrumento usado para medir a distância angular na vertical entre um astro e a linha do horizonte para fins de cálculo da posição e para corrigir os eventuais erros da navegação estimada) para navegar até o Havaí.
Embora o corpo humano só consiga sobreviver alguns dias sem água, ele pode sobreviver entre um e três meses sem comida, embora a maioria das pessoas presas no mar não aguente tanto tempo.
Ter conhecimento sobre a vida marinha pode beneficiar uma pessoa perdida no mar. Evitar bater braços e pernas e fazer outros tipos de barulho desnecessários, que pode atrair tubarões, e ficar longe de criaturas como a água-viva-caixa, que pode causar reações fatais, pode prolongar a vida de uma pessoa.
Tubarões vão circular e bater em objetos na água antes de atacar, então saber como interceptar um ataque é essencial. Chutar os olhos e as guelras costumam ser suficientes na hora de evitar um ataque.
Steven Callahan passou 76 dias à deriva no Oceano Atlântico depois que seu veleiro afundou. Durante sua provação, ele sobreviveu pescando e bebendo água da chuva. Ele também usou a vida marinha ao seu redor para atrair pássaros, o que forneceu fontes adicionais de alimento e, finalmente, levou ao seu resgate por pescadores que o avistaram.
Uma embarcação resistente, como um bote salva-vidas moderno, equipado com abrigo contra as intempéries e acesso a comida e água, pode permitir que uma pessoa à deriva sobreviva por muito tempo, desde que a embarcação permaneça flutuando.
Uma pessoa perdida no mar deve se tornar muito eficiente na coleta de alimentos e água para sobreviver um ano inteiro à deriva. Qualquer coisa e tudo que pode capturar água da chuva é manipulado para isso, de sacos plásticos a botas. Os pescadores mexicanos Jesús Vidana, Lucio Rendon e Salvador Ordonez, que passaram nove meses à deriva, até construíram uma vara de pescar com peças de motor.
Se você sobreviveu a um ano inteiro perdido no mar e não está com a saúde péssima ou à beira da morte, é possível completar mais um ano. O pescador José Salvador Alvarenga passou 438 dias à deriva quando finalmente conseguiu chegar a uma distância para nadar até a praia.
Alvarenga ficou perdido no Oceano Pacífico em 2022 após uma tempestade. Ele coletou água da chuva, comeu tartarugas marinhas, pássaros e peixes e conseguiu manter seu barco flutuando.
Com um navio flutuante, fontes confiáveis de comida e água, vitaminas necessárias e exercícios regulares, uma pessoa poderia teoricamente permanecer perdida no mar indefinidamente, principalmente se estivesse perto do equador, onde comida e água da chuva são mais abundantes.
No entanto, uma tempestade severa, uma onda gigantesca ou uma emergência médica grave podem significar o fim da sua vida muito rápido, sem mencionar o impacto que isso pode causar na sua saúde mental por viver isolado em um estado tão precário.
Fontes: (Grunge) (BBC) (Stop Drowning Now)
Estar perdido no mar é uma das experiências de sobrevivência mais aterrorizantes que se pode imaginar. A imensidão do oceano, os recursos limitados e a exposição aos elementos podem fazer com que minutos pareçam dias e dias pareçam semanas. E isso se você tiver a sorte de ficar preso em um navio ou bote. Se você estiver na água sem nenhum tipo de equipamento ou objeto de flutuação, suas chances de sobrevivência são significativamente reduzidas. As causas de morte de alguém à deriva no mar podem variar de afogamento e desidratação a ataques de tubarão.
Então, se você estiver planejando uma viagem de cruzeiro ou um passeio de barco, leia esta galeria com antecedência para descobrir quanto tempo você poderia sobreviver se por acaso se perdesse no mar. Clique a seguir.
Quanto tempo uma pessoa consegue sobreviver perdida no mar?
De alguns segundos a vários anos!
LIFESTYLE Naufrágio
Estar perdido no mar é uma das experiências de sobrevivência mais aterrorizantes que se pode imaginar. A imensidão do oceano, os recursos limitados e a exposição aos elementos podem fazer com que minutos pareçam dias e dias pareçam semanas. E isso se você tiver a sorte de ficar preso em um navio ou bote. Se você estiver na água sem nenhum tipo de equipamento ou objeto de flutuação, suas chances de sobrevivência são significativamente reduzidas. As causas de morte de alguém à deriva no mar podem variar de afogamento e desidratação a ataques de tubarão.
Então, se você estiver planejando uma viagem de cruzeiro ou um passeio de barco, leia esta galeria com antecedência para descobrir quanto tempo você poderia sobreviver se por acaso se perdesse no mar. Clique a seguir.