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Eles têm que seguir regras -

O Direito Internacional Humanitário (DIH) define as funções dos médicos e seu código de conduta em zonas de guerra.

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Eles estão na linha de frente, mas não nos embates -

Segundo o DIH, os médicos não podem participar da guerra... Mas podem usar armas para se proteger.

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Eles são protegidos -

A regra 25 do DIH diz que "o pessoal médico designado exclusivamente para tarefas médicas deve ser respeitado e protegido em todas as circunstâncias".

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Mas podem acabar desprotegidos -

“Eles perdem sua proteção se cometerem, fora de sua função humanitária, atos prejudiciais ao inimigo”.

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O transporte médico é protegido -

Os veículos médicos são igualmente protegidos, mas também podem perder a proteção se forem usados para participar do conflito de alguma forma.

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Mas o transporte médico pode perder a proteção -

A perda de proteção pode ocorrer se os veículos médicos estiverem envolvidos no “transporte de tropas saudáveis, armas ou munições e na coleta ou transmissão de informações militares”.

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Eles devem tratar todos os feridos igualmente -

Médicos não podem escolher quem eles tratam - eles devem tratar todos, inclusive os inimigos. Eles não podem discriminar com base em nacionalidade, religião ou qualquer outro fator.

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Eles devem tratar todos os feridos igualmente -

Em 2022, um médico ucraniano que tratou de soldados russos feridos durante o conflito falou sobre o desafio moral que isso representava. "Acho que devemos ajudá-los, mas é claro que, às vezes, o sentimento que tenho em relação a isso é horrível. Parece que estou fazendo algo errado. Por exemplo, eu poderia estar ajudando meu povo, mas tenho que gastar tempo ajudando aquele pedaço de..."

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Eles são denunciantes -

Os médicos são obrigados a se manifestar e denunciar atrocidades, independentemente do lado que as comete.

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Estão sob risco iminente de serem atacados -

Os médicos trabalham com pessoas e, portanto, estão expostos a riscos o tempo todo. “Somos forçados a trabalhar em um lugar como esse, onde estamos expostos a projéteis, artilharia ou tanques. Temos que estar entre os civis para tratá-los”, disse o cirurgião britânico Abu Shamel, que trabalhou na Síria.

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Eles correm o risco de serem sequestrados -

Os médicos não correm apenas o risco de serem atacados. Já houve casos em que eles foram sequestrados.

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Eles não contam com todos os recursos necessários -

Trabalhar com recursos limitados é uma realidade para a maioria dos médicos em zonas de guerra. O Dr. Maher Saifo, que trabalhou no Albairouni University's Cancer Care Center na Síria, explicou como os cortes de energia interferiram nos tratamentos de radiação e como não havia equipamentos de diagnóstico suficientes disponíveis.

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Eles não contam com todos os recursos necessários -

Em 2022, os pacientes com diabetes tipo 1 tiveram dificuldades para obter acesso à insulina durante o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

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Eles não contam com todos os recursos necessários -

A presidente da Fundação Ucraniana de Diabetes, Valentina Ocheretenko, descreveu a situação como perigosa. “Temo pelas pessoas com diabetes, isso é demais”, acrescentou

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Eles precisam lidar com o perigo de doenças infecciosas -

A falta de saneamento, eletricidade e vacinas em determinados países aumenta o risco para pacientes e médicos.

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Eles enfrentam doenças que podem ser prevenidas por vacinas -

“Em termos do que chamamos de doenças preveníveis por vacina, a situação na Ucrânia era que a população não estava vacinada a ponto de você obter imunidade de rebanho como em muitos outros países europeus ou nos EUA”, disse Kate White, da Médicos Sem Fronteiras.

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Eles não sabem o que está por vir -

Sentir-se confortável com o desamparo e a imprevisibilidade é uma habilidade que os médicos de guerra precisam desenvolver.

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Eles não sabem o que está por vir -

Como escreveu o Dr. Alan de Lima Pereira, que trabalhou no Iêmen: “Os momentos de impotência enfrentados por um médico em tempos de guerra são muitos. Sabemos que sempre haverá outra enxurrada de pacientes chegando ao nosso hospital”.

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O salário não é alto -

Ser médico em uma zona de guerra não é tão bem remunerado quanto deveria. Às vezes, eles nem sequer são pagos.

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O salário não é alto -

Esse foi realmente o caso em 2017 no Iêmen, onde médicos trabalharam por um ano sem receber salário.

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O salário não é alto -

Os médicos em questão estavam trabalhando para a organização beneficente Médicos Sem Fronteiras. “Trabalhando por um ano sem remuneração, muitos estão fazendo o possível para manter os serviços de saúde funcionando, mesmo que minimamente, enquanto se perguntam como manter suas famílias alimentadas, vestidas e seguras”, disse Melissa McRae, coordenadora médica no Iêmen.

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Eles devem ser altamente versáteis -

Ser um profissional versátil é outra habilidade necessária quando se trabalha em zonas de guerra. De acordo com o médico de guerra galês David Nott, que trabalhou em Sarajevo, Gaza e Síria, “você tem que saber um pouco de tudo: neurocirurgia, cirurgia maxilofacial, cirurgia torácica, cirurgia abdominal, ortopedia, plástica, pediatria, como fazer um parto”.

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Eles devem ser altamente versáteis -

“Você precisa ser capaz de tomar decisões sobre o que é certo para o paciente sem recorrer a exames de alta tecnologia, como tomógrafos computadorizados ou máquinas de raios X, que são poucos e raros na linha de frente”, acrescentou.

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Eles precisam lidar com ameaças incomuns -

O Dr. Nott relatou que, às vezes, os atiradores de elite atiravam nos pacientes no mesmo lugar várias vezes ao dia. “Você sabia que, no início do dia, se um paciente levasse um tiro no braço direito, levaria mais seis ou sete tiros no braço direito”, disse ele.

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Eles precisam contar com a generosidade de outras pessoas -

Vários civis ajudaram a comunidade médica durante o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Muitos doaram sangue, enquanto restaurantes forneceram alimentos para os médicos.

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Eles devem demonstrar segurança em suas habilidades -

Os médicos que trabalham em condições tão extremas precisam garantir aos pacientes que eles estão no controle. “A relação inicial entre médico e paciente deve proporcionar isso e incutir um sentimento de confiança de que o médico será capaz de ajudar e fazer a coisa certa, além de aliviar a dor da lesão”, disse o Dr. Nott.

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Eles têm de lidar com altos níveis de estresse -

Ser médico em uma zona de guerra é um trabalho muito estressante. Alguns acabam trabalhando dias seguidos em hospitais, o que prejudica ainda mais sua saúde física e mental.

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Eles precisam lidar com situações traumáticas -

É impossível salvar todo mundo e, em um lugar onde muitas pessoas correm alto risco de se ferir e morrer, às vezes as coisas podem ser dolorosas.

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Eles precisam lidar com situações traumáticas -

O neurocirurgião Omar Ibrahim, que trabalhou na Síria por vários anos, dá um exemplo: “Na maioria dos bombardeios, você vê uma ou duas crianças com lesões cerebrais graves. Eu já vi centenas [de crianças com lesões cerebrais]... É muito triste vê-las e saber que você não pode ajudar a salvar suas vidas.”

Fontes: (International Humanitarian Law) (The Guardian) (The Conversation) (Grunge) (Reuters)

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