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Cícero -

Em 63 a.C., um grupo de homens tentou dar um golpe em Roma e derrubar Cícero e Gaius Antonius Hybrida. Cícero executou cinco de seus oponentes. Só mais de 2.000 anos depois é que o caso foi a tribunal. Em 2022, o estadista romano foi inocentado no Supremo Tribunal do Reino Unido.

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Alan Turing -

Em 1952, o famoso matemático, cientista da computação e criptoanalista inglês (para citar alguns papéis) se declarou culpado da acusação de "indecência grosseira" por ser gay. Acredita-se que Turing tenha tirado a própria vida ao ingerir cianeto.

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Alan Turing -

Em 2009, o governo britânico e o então primeiro-ministro Gordon Brown apresentaram um pedido de desculpas, mas o perdão foi negado pelo então ministro da Justiça, Lord McNally. A Rainha Elizabeth II então interveio e invocou uma exceção conhecida como prerrogativa real de misericórdia, e concedeu perdão a Turing. Em 2017, a lei Alan Turing perdoou todos os homens que foram advertidos ou condenados por uma legislação histórica que proibia a "atividade s-xual entre pessoas do mesmo s-xo".

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Oscar Wilde -

Em 1895, o famoso poeta e dramaturgo irlandês foi preso e condenado a dois anos de trabalhos forçados pelo crime de homossexualidade. Wilde mudou-se para França, onde morreu em 1900. Em 2017, Oscar Wilde foi perdoado com a já mencionada lei de Alan Turing.

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Viola Desmond -

Viola Desmond foi uma ativista canadense dos direitos civis e das mulheres, além de empresária. Ela desafiou a segregação racial em um cinema em New Glasgow, Nova Escócia. Desmond foi condenada por uma pequena violação fiscal por usar um assento mais caro do que ela pagou.

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Viola Desmond -

Em abril de 2010, o vice-governador da Nova Escócia, Mayann Francis, concedeu a Desmond um perdão póstumo sob a prerrogativa real de misericórdia. "Aqui estou, 64 anos depois – uma mulher negra dando liberdade a outra mulher negra", disse Francis.

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Lenny Bruce -

O comediante americano Lenny Bruce foi preso várias vezes por seu humor ousado, mas em 1964 foi diferente. Bruce foi preso por obscenidade após sua apresentação no Cafe Au Go Go, em Nova York. Ele foi processado e considerado culpado.

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Lenny Bruce -

Bruce foi liberado sob fiança durante sua apelação, mas morreu em agosto de 1966, antes que seu destino fosse decidido. Em 2003, o governador George Pataki concedeu ao falecido humorista o primeiro perdão póstumo na história do estado de Nova York.

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Leo Frank -

O americano Leo Max Frank foi um superintendente de fábrica que foi linchado após a acusação de assassinar um funcionário de 13 anos em 1913. Em 1986, o Conselho de Indultos e Liberdade Condicional do Estado da Geórgia lhe concedeu perdão "em reconhecimento ao fracasso do Estado para proteger a pessoa de Leo M. Frank e, assim, preservar sua oportunidade de apelação legal contínua de sua condenação."

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Jack Johnson -

Em 1908, Jack Johnson se tornou o primeiro campeão mundial negro dos pesos pesados na história do boxe. Em 1912, o então lutador foi acusado de sequestrar uma garota branca que trabalhava em sua boate Café de Champion, em Chicago. Outra mulher se apresentou e afirmou que teve um caso com Johnson e que eles cruzaram as fronteiras estaduais. Jack Johnson foi acusado de violar a Lei Mann, anteriormente conhecida como Lei do Tráfico de Escravos Brancos de 1910. O boxeador fugiu para a Europa, mas depois retornou aos EUA e cumpriu sua pena.

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Jack Johnson -

Jack Johnson morreu em um acidente de carro em 1946. Em 2018, o ex-lutador foi perdoado postumamente pelo presidente Donald Trump. Sylvester Stallone e o campeão de boxe Lenox Lewis estiveram presentes na ocasião.

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William Jackson Marion -

Em 1887, Marion foi enviado para a forca por supostamente matar seu colega ferroviário John Cameron... que mais tarde reapareceu, vivo e bem. Em 1987, o governador do Nebraska, Bob Kerrey, concedeu perdão total a William Jackson Marion.

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Jefferson Davis -

Jefferson Davis foi o primeiro e único presidente dos Estados Confederados da América de 1861 a 1865. Ele foi preso depois que a Confederação foi derrotada, mas acabou sendo libertado. Davis estava sob acusação quando, em 1868, o presidente Andrew Johnson concedeu perdão e anistia a todos os envolvidos na rebelião. Então, em 1978, o presidente Jimmy Carter restaurou postumamente os direitos totais de cidadania de Davis.

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Maolra Seoighe -

Maolra Seoighe era um irlandês que, juntamente com dois outros não falantes de inglês, foi injustamente condenado por homicídio em 1882. O julgamento foi conduzido em inglês, uma língua que nenhum dos homens falava. Em abril de 2018, o presidente da Irlanda, Michael D. Higgins, emitiu um perdão, dizendo: "Maolra Seoighe foi injustamente condenado por assassinato e enforcado por um crime que não cometeu". Este foi o primeiro perdão presidencial relacionado com um evento anterior à fundação do Estado Livre Irlandês (República da Irlanda).

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Henry Ossian Flipper -

Henry Ossian Flipper foi o primeiro negro americano a se formar na Academia Militar dos Estados Unidos em 1877. Após anos de serviço, tornou-se intendente em Fort Davis. Mas o oficial foi preso e acusado de peculato depois que um dinheiro desapareceu. Ele foi considerado inocente da acusação principal, mas foi considerado culpado de conduta imprópria de um oficial. Em 1882, Flipper recebeu dispensa desonrosa.

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Henry Ossian Flipper -

Após uma revisão subsequente do Exército, descobriu-se que o Tenente Flipper havia sido incriminado por seu comandante. Em 1976, o Exército exonerou Flipper e sua demissão foi alterada para dispensa honrosa. Em 1999, o presidente Bill Clinton concedeu perdão total a Henry Ossian Flipper.

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William Woods Holden -

Holden foi governador da Carolina do Norte entre 1868 e 1871. Ele sofreu impeachment e foi destituído do cargo por suprimir a Ku Klux Klan. Em 2011, ele foi perdoado pelo Senado da Carolina do Norte.

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Timothy Evans -

O galês Timothy John Evans foi condenado e enforcado pelo assassinato de sua filha em 1950. Mais tarde, foi descoberto que o homicídio foi cometido por seu vizinho, o serial killer John Christie. Em 1966, Evans recebeu perdão póstumo.

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Bayard Rustin -

Bayard Rustin foi líder de vários movimentos sociais, incluindo direitos civis, não-violência e direitos dos homossexuais. Em 1953, ele foi preso em Pasadena por atividade s-xual com dois homens num carro estacionado.

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Bayard Rustin -

Em 2013, Rustin foi condecorado postumamente com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo então presidente Barack Obama. E então, em 2020, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, concedeu perdão a Bayard Rustin.

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Haywood Patterson -

Haywood Patterson era um dos Scottsboro Boys (nove adolescentes afro-americanos acusados de es tuprar duas mulheres brancas no Alabama em 1931). Ele foi preso e escapou da pena de morte três vezes por meio de recursos, acabando por morrer de câncer em 1952. Em 2013, Haywood Patterson, junto com outros dois meninos de Scottsboro, foi perdoado pelo Conselho de Perdão e Liberdade Condicional do Alabama.

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Jim Morrison -

O vocalista do Doors foi preso em 1969 por exposição indecente e por tentar provocar um motim em um dos shows da banda em Miami.

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Jim Morrison -

Um ano depois, Jim Morrison foi novamente condenado por exposição indecente e palavrões. O cantor pagou uma multa de US$ 500 e saiu em liberdade sob fiança de US$ 50.000. Em 2010, o então governador da Flórida, Charlie Crist, assinou um perdão póstumo para Jim Morrison.

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John Gordon -

John Gordon foi um imigrante irlandês considerado culpado de espancar o proprietário de uma fábrica até a morte em 1843. Ele foi a última pessoa executada pelo estado de Rhode Island. Os pesquisadores descobriram que sua condenação foi baseada em preconceito por ele ser católico irlandês. Em 2011, o governador Lincoln Chafee perdoou Gordon e disse que sua condenação era uma "mancha negra" na história do Rhode Island.

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Gabriel Sylliboy -

Gabriel Sylliboy lutou notoriamente pelo reconhecimento dos tratados entre o Canadá e o povo das Primeiras Nações. Em 1919, Sylliboy foi o primeiro Mi'kmaq eleito Grande Chefe. Em fevereiro de 2017, o Gabinete do Primeiro-Ministro da Nova Escócia (CA) emitiu um pedido oficial de desculpas e declaração de perdão que dizia:

"Reconhecemos que o tratamento dispensado ao Grande Chefe foi injusto. A província pede desculpas à família do Grande Chefe Sylliboy e do Mi'kmaw comunidade por esta injustiça. Um passo importante em nosso caminho para a reconciliação é reconhecer os erros do passado para que possamos construir um futuro melhor para todos os habitantes da Nova Escócia."

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Robert E. Lee -

O ex-general americano do Exército Confederado assinou um juramento de apoio à Constituição e à União, para que fosse incluído na anistia do presidente Abraham Lincoln. De alguma forma, a papelada se perdeu e Lee morreu tecnicamente como apátrida em 1870. Somente em 1975, o presidente Gerald Ford assinou uma resolução do Congresso que concedeu perdão a Robert E. Lee e restaurou sua cidadania.

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Adnan Menderes -

Adnan Menderes atuou como primeiro-ministro da Turquia entre 1950 e 1960. O líder político foi executado após o golpe de 1960. Adnan Menderes foi perdoado postumamente pelo Parlamento turco em 1990.

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Susan B. Anthony -

Susan B. Anthony foi uma ativista dos direitos das mulheres do século XIX e, em 1873, foi presa por votar ilegalmente nas eleições presidenciais. Ela foi considerada culpada e multada em US$ 100 e foi posteriormente presa por se recusar a pagar. O presidente Donald Trump declarou sua intenção de perdoar Anthony, mas o presidente do National Susan B. Anthony Museum and House recusou. A recusa em aceitar o perdão ocorreu porque tal perdão "validaria" erroneamente o processo de julgamento da mesma forma que o pagamento da multa o faria.

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Rua Kenana Hepetipa -

Rua Kenana Hepetipa foi um profeta maori e ativista dos direitos à terra na Nova Zelândia. Ele fundou uma comunidade religiosa e, em 1916, foi preso por sedição. Em 2019, o Parlamento da Nova Zelândia emitiu um perdão.

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Nguyễn Trãi -

Nguyễn Trãi foi um estudioso confucionista vietnamita. Em 1442, foi acusado de assassinar o imperador Lê Thái Tông e executado. Nguyễn Trãi foi perdoado 20 anos depois pelo filho de Lê Thái Tông, o imperador Lê Thánh Tông. Ele recebeu então o título de nobreza póstumo de Conde de Tán Tru.

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Joe Arridy -

Em 1939, Joe Arridy foi executado pelo assassinato de uma menina de 15 anos do Colorado (EUA). Deficiente mental, mais tarde descobriu-se que a polícia coagiu a sua confissão. Em 2011, o governador do Colorado, Bill Ritter, perdoou oficialmente Joe Arridy.

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Lena Baker -

Lena Baker foi executada em 1945 pelo assassinato de seu empregador (foi a única mulher a morrer na cadeira elétrica na Geórgia). Em 2005, o Conselho de Perdões e Liberdade Condicional da Geórgia concedeu à família de Baker uma proclamação oficial. Embora ela não tenha sido perdoada por seu crime, o perdão foi concedido pela decisão de negar clemência a Baker.

Fontes: (TopTenz) (Business Insider) (Time) (The New York Times) (The Telegraph) 

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