Leonor da Aquitânia teve uma infância cheia de riqueza e poder. Nascida em 1122, ela herdou o enorme Ducado da Aquitânia quando seu pai morreu de repente. Ainda jovem, Leanor se casou com o rei Luís VII da França, um casamento que parecia prometer força política, mas que acabou virando fonte de tensão e decepção. O casamento dela com Luís, cheio de problemas pessoais e políticos, acabou levando a um dos divórcios mais caros da história.
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Leonor era filha de William X, Duque da Aquitânia e Conde de Poitiers. Quando ele morreu em 1137, ela herdou um dos maiores domínios da França, ofuscando as posses do rei.
Com apenas 15 anos, Leonor foi colocada sob a proteção do rei francês, Luís VI (foto). Para garantir sua posição, ela foi rapidamente prometida em casamento ao filho dele, Luís VII, o herdeiro do trono.
Para garantir a viagem segura de Leonor a Paris, o rei enviou 500 homens para levá-la à corte real, onde começaria sua vida como futura rainha da França.
Luís VII foi criado em um monastério, esperando uma vida de piedade. O mundo dele virou de cabeça para baixo quando seu irmão mais velho morreu, forçando-o a assumir o papel de herdeiro e, mais tarde, rei.
Luís e Leonor se casaram em 1137, mas a educação dele no monastério afetou a relação dos dois. Depois que a empolgação inicial passou, ele raramente visitava o quarto dela, o que frustrava Leonor.
Supostamente, Leonor certa vez comentou: "Eu pensava que era casada com um rei; agora descubro que sou casada com um monge". O casamento deles carecia de paixão e a infelicidade dela só aumentava.
Luís VII queria desesperadamente um herdeiro homem, pois, sob a lei sálica, mulheres não podiam herdar o trono. Apesar de Leonor ter lhe dado duas filhas, sua necessidade por um filho excedia tudo. E ele estava disposto a se separar dela na esperança de garantir um.
As vastas terras e riquezas de Leonor vieram de sua herança. Separar-se dela significava perder esses territórios valiosos, mas Luís estava pronto para fazer esse sacrifício na esperança de um filho.
Luís começou a ver a falta de um filho como um sinal de Deus de que a união deles estava errada. A relação de sangue próxima (primos de terceiro grau uma vez removidos) justificou ainda mais as dúvidas dele.
O tribunal da Igreja decidiu que Luís e Leonor eram parentes muito próximos, tornando seu casamento inválido. Em 21 de março de 1152, a união deles foi anulada com base em consanguinidade.
Com a anulação, Leonor recuperou o controle de Aquitânia. Seus vastos territórios eram novamente somente dela, tornando-a uma companheira altamente desejável para governantes ambiciosos.
A anulação custou caro a Luís, pois ele perdeu a imensa riqueza e as terras de Eleonor. Nenhum outro divórcio na história foi acompanhado de uma perda territorial tão significativa.
Leonor, conhecida por sua natureza sedutora, não ficou solteira por muito tempo. Rumores circulavam sobre um caso com seu tio, Raimundo, Príncipe de Antioquia, mas seus olhos estavam voltados para outro lugar.
Apenas dois meses após a anulação, Leonor se casou com Henrique Plantageneta, neto de Henrique I da Inglaterra. Com essa união, ela garantiu um parceiro poderoso e ambicioso.
Henrique Plantageneta detinha os títulos de Conde de Anjou e de Duque da Normandia. Em 1154, ele se tornou rei Henrique II da Inglaterra, unindo Inglaterra, Normandia e o oeste da França sob seu governo.
Leonor se tornou rainha da Inglaterra, agora dividindo o poder com Henrique II. Enquanto ela encontrava felicidade em seu novo casamento, seu ex-marido, Luís VII, buscava uma nova esposa.
No mesmo ano em que Henrique II foi coroado, Luís VII se casou com Constança de Castela. No entanto, ela lhe deu duas filhas antes de morrer no parto em 1160.
Desesperado por um filho homem, Luís VII rapidamente se casou com Adélia de Champanhe. Desta vez, seu desejo finalmente foi concedido: um filho, Filipe Augusto, que se tornou rei da França em 1180.
Luís VII sofria de problemas de saúde, o que o impediu de comparecer à coroação de Filipe. Sua sorte continuou tão infeliz na velhice quanto ele havia sido na juventude.
Leonor deu à luz oito filhos ao longo de 13 anos, cinco meninos e três meninas. Três de seus filhos se tornariam reis, moldando a história europeia.
Um dos filhos de Leonor, Henrique, o Jovem, ficou inquieto por poder. Em uma tentativa de independência, ele liderou uma revolta contra seu pai, atraindo Leonor para sua rebelião.
A revolução fracassou. Furioso com o papel de Leonor, o rei Henrique II colocou a esposa em prisão domiciliar. Ela permaneceu confinada em vários castelos por 16 anos como punição.
A prisão de Leonor terminou em 1189, quando Henrique II morreu. Seu filho Ricardo, conhecido como Ricardo Coração de Leão, ascendeu ao trono, concedendo-lhe liberdade mais uma vez.
Enquanto Ricardo estava lutando nas Cruzadas, Leonor governou como regente em sua ausência. Ela exerceu imensa influência, provando sua capacidade como governante por direito próprio.
Em 1202, Leonor se aposentou da vida pública e se refugiou na Abadia de Fontevraud, na França. Ela escolheu viver seus últimos anos em devoção silenciosa.
Leonor viveu extraordinários 82 anos, um feito raro para a época. Sua longa vida permitiu que ela testemunhasse os reinados de vários reis que ela ajudou a moldar.
A rainha morreu em 1204 na Abadia de Fontevraud. Ela foi enterrada lá, ao lado de seu marido Henrique II e de seu filho Ricardo Coração de Leão, deixando um legado poderoso.
A história de Leonor da Aquitânia é de poder, resiliência e influência. Ela moldou a Europa medieval, provando que mesmo em um mundo dominado por homens, uma mulher poderia reinar suprema.
Leonor da Aquitânia tem sido uma figura cativante na ficção e na arte, retratada por Katharine Hepburn no filme 'O Leão no Inverno' (1968) e retratada em livros como 'O B o b o da Rainha' (2003) de Philippa Gregory.
Fontes: (History) (Britannica) (History Hit) (On This Day)
O divórcio da Realeza que se tornou o mais caro de todos os tempos
Esta é a história de Leonor da Aquitânia
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Leonor da Aquitânia teve uma infância cheia de riqueza e poder. Nascida em 1122, ela herdou o enorme Ducado da Aquitânia quando seu pai morreu de repente. Ainda jovem, Leanor se casou com o rei Luís VII da França, um casamento que parecia prometer força política, mas que acabou virando fonte de tensão e decepção. O casamento dela com Luís, cheio de problemas pessoais e políticos, acabou levando a um dos divórcios mais caros da história.
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