O território dos fenícios estava localizado principalmente na região do Levante do Mediterrâneo, onde hoje está situado o Líbano.
Povo de língua semítica, os fenícios surgiram por volta de 3000 a.C. Alguns historiadores acreditam que o povo Cananeu corresponde ao grupo étnico denominado Fenício pelos antigos gregos.
No final do colapso da Idade do Bronze, várias culturas importantes entraram em declínio. Por volta de meados do século XII a.C., os Fenícios começaram a ganhar destaque.
Fenícia era organizada em cidades-estados, semelhantes à Grécia Antiga, que eram politicamente independentes. Biblos, Sidon e Tiro foram algumas das cidades mais importantes.
A partir de 1200 a.C., os fenícios construíram grandes navios mercantes. Eles são creditados pela invenção da quilha (uma peça de embarcação que se estende da proa à popa), entre outras invenções marítimas.
A extensa rede de comércio marítimo estabelecida pelos fenícios duraria mais de um milênio.
Esta rede comercial tornou possível que os principais berços da civilização, como Grécia, Egito e a Mesopotâmia, virassem os berços do comércio, do conhecimento, da cultura e das ideias.
Do outro lado do Mediterrâneo, os fenícios estabeleceram colônias e entrepostos comerciais. As famílias mercantis estabeleciam sua influência através de oligarquias.
Postos comerciais foram formados pelos fenícios em todo o Mediterrâneo, a partir do final do século X a.C.
Chipre, Sardenha, Península Ibérica, Ilhas Baleares, Sicília, Malta e Norte da África foram os locais que tiveram muitas colônias de Tiro.
Uma dessas colônias foi estabelecida em Cartago, na atual Tunísia, pelos fenícios de Tiro. Estabelecida por volta de 814 a.C, Cartago se tornaria uma das maiores metrópoles do mundo antigo.
A Fenícia desempenhou um papel importante no comércio de madeira no Mediterrâneo, graças à abundância de madeira de cedro, que era em grande parte exportada para o Egito.
A coloração violeta que vinha dos moluscos da costa de Tiro levou a um comércio crescente na produção do corante púrpura de Tiro. Os fenícios descobriram o corante já em 1750 a.C. O processo de extração era trabalhoso e, como resultado, as roupas roxas eram mais caras e geralmente reservadas às classes mais altas.
O ferro era o único metal valioso na Fenícia, o que talvez tenha sido mais uma motivação para colonizar outras localidades. O cobre era extraído pelos fenícios no Chipre, enquanto a Península Ibérica era uma rica fonte de múltiplos minerais na antiguidade.
Os fenícios estabeleceram muitos vinhedos em todo o Mediterrâneo e no norte da África para a produção e comércio de vinho. Grandes vasos de terracota eram utilizados para transportar a bebida.
O vinho desempenhou um papel importante na religião fenícia, sendo utilizado em cerimônias e oferendas. Os fenícios também podem ter ensinado a vinificação a alguns dos seus parceiros comerciais.
Os laços entre fenícios e gregos eram profundos e duradouros. Os minoicos, uma civilização em Creta que foi precursora da Grécia clássica, importavam mercadorias através dos fenícios.
Acredita-se que o alfabeto fenício tenha influenciado o desenvolvimento e a adoção do antigo alfabeto grego.
Devido à natureza de cidade-estado do império, as rivalidades eram comuns. Porém, o conflito real entre elas era raro. Geralmente as populações eram muito pequenas assim como o desejo de expandir seu território.
A natureza marítima dos fenícios os colocou em contato com muitas culturas e civilizações diferentes. Na Idade do Ferro (1300 a.C.), sua própria cultura havia emergido.
Poucos escritos fenícios sobreviveram. Muito do que se sabe sobre eles foi descoberto através de achados arqueológicos e do que foi registrado sobre eles por outras civilizações.
As inscrições nas tumbas mantinham registros dos governantes fenícios e são uma das poucas fontes primárias de informação disponíveis sobre eles.
O rei era visto como um representante dos deuses. Os reis fenícios celebraram seus sucessos com elaborados sarcófagos, tumbas que comemoravam seu reinado.
Esperava-se que as mulheres se vestissem com recato, mas elas participavam de eventos públicos e procissões religiosas. Algumas faziam parte de assembleias populares em determinadas cidades-estado.
Uma das mulheres fenícias mais famosas foi Dido, que dizem ter sido a Rainha de Tiro. Reza a lenda que ela fugiu da tirania do seu irmão Pigmalião para criar sua própria cidade em Cartago, virando a fundadora e a primeira Rainha.
Também conhecida como Elissa, acredita-se que ela tenha tornado Cartago próspera, graças à sua sabedoria e liderança. Sua vida é contada no poema 'Eneida', de Virgílio.
Os fenícios faziam oferendas aos seus deuses e muitas destas estatuetas foram encontradas no Mediterrâneo. Isso sugere que as esculturas eram lançadas ao mar para ajudar a garantir viagens seguras na água.
Arte ornamental, como cerâmica, vidro e joias, era produzida pelos fenícios para exportação. Esse povo era habilidosos com bronze, madeira, marfim e têxteis, inspirando-se nas antigas culturas egípcia, grega e assíria.
Fontes: (Britannica) (World History Encyclopedia) (The Metropolitan Museum of Art) (University of Colorado Boulder)
Embora a terra natal dos fenícios estivesse localizada principalmente no atual Líbano, o seu alcance se estendia por todo o Mediterrâneo, do Oriente Médio e Chipre até a Península Ibérica. Eles faziam parte da antiga civilização fenícia, que floresceu entre 1550 e 300 a.C. Suas cidades-estados produziam muitos mercadores, comerciantes e colonizadores proeminentes, ao longo das rotas comerciais navais. Mas como e quando esses comerciantes e marinheiros viraram a potência comercial dominante na Europa durante uma parte significativa da Antiguidade?
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LIFESTYLE Mar mediterrâneo
Embora a terra natal dos fenícios estivesse localizada principalmente no atual Líbano, o seu alcance se estendia por todo o Mediterrâneo, do Oriente Médio e Chipre até a Península Ibérica. Eles faziam parte da antiga civilização fenícia, que floresceu entre 1550 e 300 a.C. Suas cidades-estados produziam muitos mercadores, comerciantes e colonizadores proeminentes, ao longo das rotas comerciais navais. Mas como e quando esses comerciantes e marinheiros viraram a potência comercial dominante na Europa durante uma parte significativa da Antiguidade?
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