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Cooperação em grupo -

Um estudo publicado na Biblioteca Nacional de Medicina descobriu que emoções sociais como a vergonha se desenvolveram junto com grupos sociais cooperativos, pois, à medida que nossas tribos cresciam, desenvolvíamos também sistemas morais e legais de ordem. A recompensa para aqueles que "funcionavam bem" era o sucesso reprodutivo, enquanto a "punição" por não se conformar com a ordem social era o constrangimento.

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Manutenção da ordem social -

O constrangimento leve pode, portanto, ser uma forma saudável e autorreguladora de manter a ordem social. Reforça códigos sociais não escritos para que as pessoas não se sintam livres para ofender excessivamente os outros sem consequências.

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Juiz de caráter -

Os pesquisadores concluíram que o constrangimento nos ajudou a distinguir entre pessoas "boas", também conhecidas como aquelas dispostas a cooperar, e pessoas "ruins", também conhecidas como aquelas que se aproveitavam das outras. Em outras palavras, vergonha é um indicador de que você tem uma boa consciência.

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Humanizador e instrutivo -

Isso é particularmente verdadeiro em relação às figuras da sociedade moderna que muita gente considera divinas e não apenas celebridades. Momentos embaraçosos não só humanizam os famosos, mas também servem como ensinamentos para as massas.

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Nos ajuda a tomar boas decisões -

Muitas vezes a ameaça de constrangimento é suficiente para nos impedir de tomar decisões ruins como trapacear ou roubar.

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Um senso de confiabilidade -

Pessoas que sentem e expressam constrangimento são mais propensas a serem confiáveis e perdoadas do que aquelas que não sentem, diz Susan David, psicóloga da Harvard Medical School e autora de 'Emotional Agility'. A expressão física do constrangimento sinaliza aos outros que você conhece e se preocupa com suas ações.

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Mais acessível -

Na Universidade da Califórnia, Matthew Feinberg conduziu um experimento onde mostrava fotos de pessoas com várias expressões físicas aos participantes e fazia uma série de perguntas, como, por exemplo, se eles chamariam ou não a pessoa da foto para se juntar ao seu grupo de estudo. Pessoas que pareciam um pouco envergonhadas ou agitadas eram mais propensas a serem incluídas do que aquelas que pareciam tranquilas e calmas.

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Aumenta a sensualidade -

Sentir vergonha pode ajudar na vida amorosa! Aquele tipo de constrangimento que deixa o rosto vermelho pode sinalizar para alguém que procura um parceiro sério que você é pró-social, cooperativo e confiável — todas as qualidades que se procura em um parceiro!

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Aprofunda as relações -

Quando alguém mostra seu constrangimento para você, ele mostra que confia em você, o que pode parecer um privilégio. O mesmo vale para quando alguém aceita nosso próprio constrangimento. Nos sentimos gratos pelo reconhecimento e aceitação dessa vergonha (e, se tudo der certo, pelos esforços em amenizá-la). Essa confiança mútua da tal vergonha aprofunda os laços de qualquer relacionamento.

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Empatia convidativa -

O reconhecimento mútuo e a confiança sobre uma vulnerabilidade como o constrangimento também é a base da empatia. E a empatia é a espinha dorsal de uma relação saudável, seja familiar, de trabalho ou na sociedade em geral.

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Uma ferramenta de networking -

Um estudo de 2011 chamado 'Flustered and faithful: embarassment as a signal of prosociality' ('Agitado e esperançoso: constrangimento como sinal de prossociabilidade' em tradução livre) descobriu que o constrangimento promove a confiança e indica o compromisso da pessoa envergonhada em formar vínculos sociais, o que evoca uma resposta quase reflexiva que se manifesta como um desejo de confiar e se afiliar à pessoa envergonhada — algo que se mostra surpreendentemente útil em situações como o networking profissional, onde muita gente acreditava que autoconfiança era a chave.

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Equilíbrio de hierarquia -

Em sistemas de hierarquia, como no trabalho, ver os chefes passando por leves constrangimentos pode torná-los mais acessíveis, relacionáveis e confiáveis aos seus funcionários, enquanto ainda mantém as funções profissionais.

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Incentivar o trabalho em equipe -

O constrangimento pode conectar as pessoas em vez de isolá-las se for proposto da maneira certa. É por isso que muitas atividades de formação de equipe envolvem tarefas bobas que exigem que todos se sintam um pouco envergonhados juntos.

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Construção de caráter -

O humor autodepreciativo é apenas um exemplo de como aceitar o constrangimento na vida diária e transormá-lo num traço divertido. O constrangimento constrói caráter porque envolve uma consciência total de si mesmo (e seus limites) em relação aos outros.

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Estimular a motivação -

Por ser uma emoção tão poderosa, o constrangimento pode ser uma ótima ferramenta para melhorar habilidades. Nós obviamente queremos evitar que o constrangimento se repita, por isso acabamos fazendo o que é preciso para ter certeza de que isso não vai acontecer.

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Ótimas histórias para festas -

Na hora da vergonha, a gente quer sumir da face da Terra, porém as experiências mais embaraçosas muitas vezes se tornam as melhores histórias. O que são 10 minutos de mãos trêmulas quando comparados a uma história que vamos contar para o resto da vida e que sempre garante boas risadas?

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Disciplina -

Há uma razão para professores pedirem apresentações na frente da turma. Mesmo que seja consciente ou não, eles aprenderam que um pouco de constrangimento ajuda muito quando se trata de incutir disciplina.

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Trazer o privado para o público -

Claro, há coisas que podemos e devemos manter em segredo, mas há algumas coisas (como, por exemplo, menstruação) que carregam muita vergonha e constrangimento desnecessários em torno delas. Quando esse constrangimento ocorre e é captado por outra pessoa, isso abre uma oportunidade para que conversem sobre os fardos que carregam sozinhas desnecessariamente.

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Combate ao medo -

O medo é a coisa que geralmente nos impede de ir atrás das coisas que queremos. Em um artigo publicado no Psychology Today, o coach de carreiras, Marty Nemko, escreve que nossa autorrealização é mais inibida pelo nosso medo de ser constrangido do que pelo nosso medo do fracasso.

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Combate ao medo -

Ao contrário do medo do fracasso (em certo grau, um pensamento razoável em termos de pesar o custo do fracasso real), o medo do constrangimento é a preocupação com o que as outras pessoas vão pensar de você. Por exemplo, achar que vai parecer um perdedor se perguntar a alguém sobre vagas de emprego.

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Imagine seu próprio constrangimento -

Isso pode ir contra a prática do pensamento positivo, mas o princípio que Nemko sugere é bem simples: se você focar em imaginar situações em que tudo que você tem medo realmente acontece, é bem capaz que você perceba que elas não são tão ruins e até que são úteis - desde que não sejam destrutivas ou ilegais.

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Preparação -

Por exemplo, se você tem medo de fazer uma apresentação de alto risco e receber uma crítica difícil, mas válida, imaginar o constrangimento desta situação não só minimizará a gravidade percebida, mas também vai te ajudar a se preparar para reagir de uma maneira melhor do que ficar agitado. Dessa forma, você provavelmente vai pensar mais sobre o conteúdo de sua apresentação também.

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O constrangimento nos mostra o que valorizamos -

O conceito é semelhante a uma citação de Seth Godin, que diz: "Dance com o medo. À medida que você dança, você percebe que o medo é, de fato, uma bússola." As coisas que mais têm potencial de constrangimento para você são as coisas que você realmente se importa e, portanto, indicadores do que você deveria correr atrás.

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Destaca onde você precisa crescer -

Em vez de pensar no constrangimento como uma espécie de vergonha a ser escondida, pense nisso como regar partes de si mesmo que precisam de uma pequena ajuda para crescer. Constrangimento indica onde nossas habilidades existentes terminam.

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Uma chance de mostrar coragem -

No estudo 'A Importância de Se Sentir Estranho', de Joshua Clegg, publicado na Qualitative Research in Psychology, ele diz que a maioria de nós reage ao constrangimento de duas maneiras: evitando ou endereçando isso. A melhor estratégia é a segunda: uma chance de usar um pouco de humor para se divertir com a situação, o que faz você parecer confiante e corajoso.

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Reduzindo o efeito "holofote" -

Tendemos a superestimar quanta atenção as pessoas estão nos dando, e é por isso que tememos tanto o constrangimento. Mas, depois que já estamos envergonhados, é comum perceber que as pessoas realmente não prestam tanta atenção na gente quanto temíamos.

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Uma chance de praticar a autocompaixão -

Para superar o constrangimento, temos que praticar autocompaixão e autoperdão. Isso é um lembrete de que você, como todo mundo, é um ser imperfeito que comete erros e que ninguém espera o contrário — então você também não deveria!

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Melhor qualidade de vida -

Quando você chega a um nível de autoconsciência e aceitação do inevitável (algo que só vem quando não fugimos do constrangimento e o enfrentamos sem medo) você vai aproveitar cada vez mais sua vida em vez de desperdiçar tempo se preocupando com isso.

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Constrangimento é muitas vezes desnecessário -

Todas as nossas preocupações e fixações em não passar vergonha, na maioria das vezes, ainda são completamente desnecessárias. Uma vantagem de estar envergonhado com frequência é aprender muito mais rapidamente o quão desnecessário realmente é ficar assim!

Fontes: (BBC) (Fast Company) (Psychology Today) 

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