A restauração de obras de arte é um negócio maravilhoso, mas difícil
Os humanos inventaram inúmeras coisas, desde ferramentas primitivas até a mais recente inteligência artificial. Algumas dessas invenções são, é claro, mais relevantes do que outras, e, de fato, alguns inventores são mais celebrados do que outros. Embora a ciência e a religião pareçam estar em lados opostos do espectro, por milênios, elas trabalharam juntinhas, sinergicamente. Tanto que muitos religiosos tiveram ideias inovadoras que levaram a grandes invenções.
Nesta galeria, lembramos algumas das maiores invenções dos padres católicos e surpreendentemente dois eram brasileiros.
Um barociclonômetro é um dispositivo usado para determinar a localização e o movimento de um ciclone. Foi inventado pelo padre jesuíta espanhol José María Algué em 1897.
Algué viveu a maior parte de sua vida nas Filipinas, onde criou o dispositivo que combinava um barômetro e um ciclômetro, permitindo rastrear tufões tropicais.
José María Algué também inventou o microsismógrafo, que detectava microterremotos causados por tempestades no mar.
O jesuíta belga Ferdinand Verbiest inventou um "carro" a vapor antes de Benz, Daimler e Maybach existirem. Quando falamos sobre o automóvel, estamos nos referindo a um veículo autopropulsado, não necessariamente projetado para transportar pessoas.
Verbiest idealizou o design na década de 1670, durante uma missão na China. Na verdade, sua invenção foi meramente para o entretenimento do Imperador Kangxi. Sua criação tinha apenas 65 cm de comprimento, uma caldeira redonda e não era adequada para transportar um humano. Ainda assim, a máquina podia se mover de forma autônoma.
Detalhes de sua invenção podem ser encontrados em sua obra 'Astronomia Europea'. Embora não haja planos originais, em 2002, engenheiros da montadora italiana Brumm recriaram um modelo funcional com base nas descrições de Verbiest.
Bartolomeu Lourenço de Gusmão também projetou um dirigível conceitual movido a fogo chamado Passarola, uma ideia que ele apresentou ao rei português em 1709. Infelizmente, ela nunca se concretizou.
O imigrante polonês Casimir Zeglen, que era padre de Santo Estanislau, a maior igreja polonesa nos EUA, inventou o colete de seda à prova de balas.
A invenção foi desencadeada pelo assassinato do prefeito de Chicago, Carter Harrison (foto), em 1893.
Em 1897, Casimir Zeglen demonstrou como essa invenção funcionava ao ser baleado em público em uma praça de Chicago. Mas, à medida que as balas se tornaram mais poderosas, o colete de seda à prova de balas se tornou obsoleto em 1913.
O escocês Alexander Bain criou um dispositivo básico para enviar imagens por um fio na década de 1840. No entanto, havia um problema com a sincronicidade entre o remetente e o destinatário. O padre italiano Giovanni Caselli resolveu esse problema.
Caselli criou o pantelégrafo, que foi o precursor da moderna máquina de fax. Era um dispositivo bem grande, com 1,8 metro de altura.
O Imperador Napoleão III gostou tanto da invenção que a usou para conectar Paris e Lyon em 1865. Isso foi quase uma década antes do telefone ser inventado!
Giovanni Caselli foi de fato um inventor prolífico. Outras criações dele incluem o torpedo elétrico náutico, o leme hidromagnético e o cinemógrafo (que media a velocidade dos trens).
"A bateria mais durável do mundo", de acordo com o Guinness World Records, foi criada pelo padre italiano Giuseppe Zamboni em 1812.
A bateria em questão alimenta um sino no Laboratório Clarendon, na Universidade de Oxford, pelo menos desde 1840. A pilha Zamboni, ou Pilha Seca Clarendon, é uma forma antiga de bateria elétrica.
A "bateria eletrostática" de longa duração é construída a partir de discos de folha de prata, folha de zinco e papel. Ou pelo menos é o que os cientistas acreditam. Estudiosos não saberão com certeza até que o sino pare de funcionar e eles o abram. Até lá, tudo o que podemos fazer é celebrar a invenção de Zamboni.
A invenção deste componente dos transformadores elétricos é creditada ao padre católico irlandês Nicholas Callan.
A invenção de Callan foi crucial para os avanços científicos no século 19. Sem ela, não haveria ondas de rádio ou raios X.
Em 1821, o cientista inglês Michael Faraday (foto) inventou o primeiro motor elétrico convertendo eletromagnetismo em energia mecânica. Faraday também criou o primeiro dínamo, um gerador elétrico onde a energia mecânica é transformada em eletricidade.
Então, o padre beneditino e físico húngaro Anyos Jedlik aprimorou os projetos de Faraday, levando às bases do moderno motor CC.
Jedlik criou um "indutor unipolar" em 1861, seis anos antes de Werner Siemens e Charles Wheatstone apresentarem seu "princípio dínamo-elétrico". Mas o padre húngaro nunca tornou sua invenção pública, então Siemens e Wheatstone levaram o crédito por isso.
A invenção do motor de combustão interna é frequentemente atribuída erroneamente a Etienne Lenoir em 1859 ou Nicolaus Otto em 1861, ambos errados. Na verdade, foi inventado pelo engenheiro e padre italiano Eugenio Barsanti em 1856.
Enquanto lecionava no Collegio San Michele em Volterra, Itália, o padre se uniu ao engenheiro Felice Matteucci para trabalhar no primeiro motor. Em 1858, ele criou um motor de dois cilindros e 5 cavalos de potência.
Eugenio Barsanti morreu em 16 de abril de 1864, no momento em que um acordo de produção estava sendo negociado. Matteucci não tinha habilidades comerciais, então ele perdeu o acordo de fabricação para Nicolaus Otto (foto).
Guglielmo Marconi recebeu o crédito pela invenção do sistema de telégrafo sem fio, mas o padre brasileiro Roberto Landell de Moura merece menção por seu trabalho pioneiro em transmissões de áudio de longa distância.
Landell inventou o que hoje é conhecido como modulação de amplitude (AM) em 1899. O padre patenteou a ideia, mas não conseguiu investidores para seu transmissor de ondas.
O padre português Bartolomeu Lourenço de Gusmão nasceu no Brasil, mas estudou em Lisboa e Coimbra. Ele foi a primeira pessoa a começar a brincar com a ideia de diferentes densidades de ar e como objetos mais leves poderiam voar.
Gusmão apresentou a ideia de sua máquina voadora ao Rei João V de Portugal, que o convidou para apresentá-la à corte real em 1709. O padre lançou com sucesso um pequeno balão de papel impulsionado por ar aquecido.
O projeto de Gusmão não levou em consideração o transporte [de coisas ou pessoas], mas mesmo assim foi inovador na aviação, levando ao balão de ar quente no estilo Montgolfière em 1783.
Fontes: (Listverse) (ScienceAlert) (NPR)
Coisas incríveis que foram inventadas por padres católicos e dois eram brasileiros!
Quando a ciência e a religião trabalham em sinergia!
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Os humanos inventaram inúmeras coisas, desde ferramentas primitivas até a mais recente inteligência artificial. Algumas dessas invenções são, é claro, mais relevantes do que outras, e, de fato, alguns inventores são mais celebrados do que outros. Embora a ciência e a religião pareçam estar em lados opostos do espectro, por milênios, elas trabalharam juntinhas, sinergicamente. Tanto que muitos religiosos tiveram ideias inovadoras que levaram a grandes invenções.
Nesta galeria, lembramos algumas das maiores invenções dos padres católicos e surpreendentemente dois eram brasileiros.