O medo é algo inevitável da experiência humana. Geralmente considerada uma emoção desagradável, algumas pessoas realmente se esforçam para ativá-la, seja pulando de aviões ou assistindo filmes de terror. Não importa o motivo, sentimos medo porque vemos ou ouvimos algo que nos faz antecipar o mal. Mas a questão é: o que a resposta ao medo causa em nossos corpos e cérebros?
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Olhando para a evolução, o medo é antigo, e podemos até agradecer a ele pelo nosso sucesso como espécie.
Qualquer criatura que não corra e não se esconda de animais maiores ou de situações perigosas provavelmente será removida do fundo genético antes mesmo de ter a chance de procriar.
O papel do medo na sobrevivência ajuda a explicar por que às vezes ele aparece do nada. Em outras palavras, faz sentido ficar um pouco nervoso se você estiver em um ambiente hostil.
Quando uma pessoa experimenta o medo, costumamos nos referir às mudanças físicas que acontecem como uma resposta de lutar ou fugir. Isso significa que você fica e luta ou foge.
Quando estamos com medo, a frequência respiratória e cardíaca aumentam, os vasos sanguíneos periféricos se contraem e os vasos sanguíneos centrais ao redor dos órgãos vitais se dilatam para inundá-los com oxigênio e nutrientes.
Além disso, os músculos são bombeados com sangue, porque assim ficamos prontos para reagir ao que quer que esteja causando o medo.
Os músculos, inclusive os da base de cada pelo, também ficam mais tensos, causando piloereção, o que todos conhecemos como arrepios.
Quando os pelos do corpo de uma pessoa ficam em pé, isso faz pouca diferença na sua aparência. Porém, em outros animais, isso faz com eles pareçam maiores e mais poderosos.
Quando enfrentamos o medo, os níveis de glicose no sangue aumentam, fornecendo um estoque de energia caso seja necessário agir. Da mesma forma, os níveis de cálcio e de glóbulos brancos na corrente sanguínea também aumentam.
A resposta de lutar ou fugir começa na amígdala, um pequeno feixe de neurônios que faz parte do sistema límbico. Ela desempenha um papel importante no processamento das emoções, incluindo o medo.
A amígdala sinaliza o hipotálamo, que então ativa a glândula pituitária (hipófise). A glândula pituitária é onde o sistema nervoso encontra o sistema endócrino (ou hormonal).
A glândula pituitária então libera hormônios adrenocorticotróficos (ACTH) no sangue.
Nesse momento, o sistema nervoso simpático dá um empurrãozinho na glândula adrenal, incentivando-a a liberar uma dose de epinefrina, também conhecida como adrenalina, e outras catecolaminas na corrente sanguínea.
O corpo também libera cortisol em resposta ao ACTH, que causa aumento da pressão arterial, do açúcar no sangue e dos glóbulos brancos. A circulação do cortisol transforma ácidos graxos em energia.
As catecolaminas, incluindo epinefrina e norepinefrina, preparam os músculos para a ação, caso a pessoa precise lutar ou correr.
Esses hormônios também podem aumentar a atividade do coração e dos pulmões e reduzir a atividade do estômago e dos intestinos, o que explica a sensação de “frio na barriga”.
Uma região do cérebro fortemente envolvida na memória, o hipocampo e o córtex pré-frontal, que auxilia na tomada de decisões de alto nível, ajudam a controlar a resposta ao medo.
Essas regiões cerebrais nos ajudam a compreender se a nossa resposta ao medo é real e justificada ou se podemos ter reagido exageradamente.
Se o hipocampo e o córtex pré-frontal decidirem que a resposta ao medo é exagerada, eles podem retardá-la e diminuir a atividade da amígdala.
Isso explica por que as pessoas gostam de assistir filmes de terror ou de ir a casas mal-assombradas, já que seu sensato “cérebro pensante” pode dominar as partes primárias, que automatizam a resposta ao medo.
A resposta lutar ou fugir faz sentido do ponto de vista da sobrevivência, mas o que acontece quando paralisamos? Na verdade, quando assustados, a maioria dos animais congela por alguns momentos antes de decidir o que fazer em seguida.
Às vezes, ficar parado é o melhor plano. Por exemplo, para mamíferos pequenos ou bem camuflados, ficar parado pode salvar suas vidas.
Estudos descobriram que o "congelamento" libera endorfinas, o que acalma o corpo e também alivia a dor. Além disso, o ato de estar paralisado permite bloquear uma experiência assustadora, que pode ser muito difícil de processar.
Na verdade, existe uma diferença entre fobias e medos. Os medos são reações comuns a eventos ou objetos. Mas o medo vira uma fobia quando interfere na nossa capacidade de funcionamento e na qualidade de vida.
Se você começar a tomar medidas extremas para evitar água, aranhas, pessoas, etc., poderá ter desenvolvido uma fobia. Nesse ponto, você deve considerar a possibilidade de procurar ajuda profissional.
Fontes: (Medical News Today) (Northwestern Medicine)
O que acontece com o cérebro e o corpo quando ficamos com medo
Entenda a ciência do medo!
SAÚDE Medo
O medo é algo inevitável da experiência humana. Geralmente considerada uma emoção desagradável, algumas pessoas realmente se esforçam para ativá-la, seja pulando de aviões ou assistindo filmes de terror. Não importa o motivo, sentimos medo porque vemos ou ouvimos algo que nos faz antecipar o mal. Mas a questão é: o que a resposta ao medo causa em nossos corpos e cérebros?
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