Os fatores biológicos e a imigração desempenham um papel.
Não é segredo que governos ao redor do mundo mantêm toneladas de informações altamente confidenciais em segredo. Quando esses segredos não são mais uma questão de segurança nacional, eles são tipicamente desclassificados e liberados para arquivos e imprensa. No entanto, nem todas as divulgações governamentais são intencionais. Alguns vazamentos e incidentes revelaram informações confidenciais e sérias relacionadas à guerra e ao terrorismo.
Confira na galeria alguns dos maiores segredos de governos que foram acidentalmente tornados públicos.
Em 2011, o The Guardian informou que o Ministério da Defesa britânico havia publicado segredos sobre a frota nuclear do Reino Unido em seu site.
As informações incluíam uma análise detalhada sobre a capacidade da frota de resistir a um acidente grave, concluindo que os reatores existentes eram potencialmente vulneráveis. O vazamento também compartilhou medidas tomadas pela Marinha dos EUA para proteger sua respectiva frota.
As informações comprometedoras eram parte de um documento maior que o Ministério da Defesa tinha apagado. No entanto, logo ficou evidente que o texto poderia ser revelado copiando e colando o documento em um processador de texto separado.
Em 2023, o Departamento de Justiça dos EUA começou a investigar um grande vazamento de documentos confidenciais do Pentágono, que começaram a aparecer na plataforma de mídia social Discord. Mais de 50 documentos amassados foram postados online, incluinto os ultrassecretos ou "top secret". Os documentos continham informações altamente sensíveis, incluindo detalhes sobre como os EUA espionam outros países, bem como informações sobre a guerra na Ucrânia.
De acordo com a CNN, as informações vazadas revelaram "o armamento ucraniano, a defesa aérea e os tamanhos de batalhão e prontidão em um ponto crítico da guerra". Isso aconteceu num ponto crítico da guerra, impactando as estratégias militares da Ucrânia. Uma fonte próxima ao presidente Zelensky disse que eles já alteraram algumas de suas estratégias militares devido ao vazamento. Os documentos também expuseram detalhes de como os EUA se infiltraram no Wagner Group, a organização mercenária russa. As implicações disso podem ter consequências inesperadas.
Em 13 de abril de 2023, um membro de 21 anos da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts, chamado Jack Teixeira, foi preso "sem incidentes". Ele foi localizado em uma residência em North Dighton, Massachusetts, e levado sob custódia por seu suposto envolvimento nos vazamentos. Descobriu-se que Teixeira tinha muitas armas em casa e um histórico de retórica violenta online. O público reagiu com choque ao alto nível de liberação concedido ao jovem funcionário, apesar das óbvias bandeiras vermelhas em seu histórico, levantando questões sobre todo o processo.
Em 2008, a BBC informou que um funcionário do Gabinete deixou dois relatórios que continham informações ultrassecretas sobre a Al-Qaeda dentro de um trem.
Os relatórios continham análises feitas pelo Comitê Conjunto de Inteligência: uma sobre as forças de segurança do Iraque e outra intitulada "Vulnerabilidades da Al-Qaeda", um documento altamente confidencial encomendado pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Ministério do Interior.
O documento final foi marcado "apenas para os olhos do Reino Unido/EUA/Canadá e Austrália". Especula-se que os papéis continham informações úteis aos inimigos britânicos.
Em janeiro de 2018, a Australian Broadcast Corporation informou que documentos altamente confidenciais do governo australiano foram encontrados em dois armários de arquivo que haviam sido vendidos por uma loja de segunda mão em Canberra.
Os armários estavam trancados com cadeados, mas o novo proprietário conseguiu abri-los e descobriu toneladas de documentos que tinham relatos em primeira mão dos governos Howard, Rudd, Gillard e Abbott.
A maioria dos documentos foram classificados como "ultrassecretos". E muitos continham inúmeras revelações, como, por exemplo, que o governo de Tony Abbott considerou proibir qualquer pessoa com menos de 30 anos de receber benefícios de desemprego.
Em 2021, foi relatado que soldados americanos posicionados na Europa haviam acidentalmente vazado segredos nucleares em aplicativos de estudo, como Chegg, Quizlet e Cram.
Os soldados usavam esses aplicativos por causa da função flashcard, o que lhes permitia estudar e memorizar os protocolos de segurança rigorosos e complexos.
A existência de armas nucleares dos EUA dentro das fronteiras europeias já havia sido vazada antes. No entanto, os vazamentos de 2021 também divulgaram a quantidade e localização dessas armas.
Em março de 2008, poucos meses antes dos documentos ultrassecretos da Al-Qaeda serem deixados num trem de Londres, foi revelado que mais de 1.000 laptops haviam desaparecido de vários departamentos do governo britânico.
O Ministério da Defesa, um departamento central para a segurança do país, perdeu 503 notebooks e 23 computadores pessoais entre 1998 e 2008. Centenas de laptops foram perdidos pelo Departamento de Saúde, Ministério da Justiça e pela Receita e Alfândega de Sua Majestade.
Não está claro quantos foram perdidos e quantos foram roubados. Uma das perdas mais notáveis ocorreu em março de 2000, quando um agente MI6 bêbado perdeu um notebook dentro de um bar em Londres. Felizmente, o laptop foi encontrado duas semanas depois.
Barack Obama era presidente há cinco meses quando o Escritório de Impressão do Governo publicou um relatório de 266 páginas sobre o programa nuclear do país.
O relatório continha mapas exibindo locais exatos onde o combustível usado para lançar armas nucleares era guardado. A maioria de suas páginas foram marcadas como "Altamente Confidenciais de Proteções Sensíveis".
O relatório se concentrava nos laboratórios de armas nucleares em Los Alamos, Livermore e Sandia, bem como no Laboratório Nacional de Oak Ridge, no Tennessee.
Em 2015, a Reuters noticiou que informações pessoais de cerca de 191 milhões de eleitores dos EUA se tornaram públicas. Isso significa que o vazamento expôs os detalhes de cerca de 79% das pessoas elegíveis para votar.
Os detalhes do vazamento incluíam nomes, endereços, datas de nascimento, filiações partidárias, números de telefone e e-mails, que poderiam ter sido usados por fraudadores à procura de alvos potenciais.
No entanto, apesar do tamanho colossal do vazamento, não está claro quem foi o responsável pela criação do banco de dados e sua exposição.
O Trello é uma ferramenta que permite que as equipes se estruturem e colaborem em tarefas usando quadros. Normalmente, esses quadros são definidos como privados, no entanto, o governo britânico acidentalmente usou o setting público em 2018.
Usando a configuração pública, centenas de arquivos confidenciais do governo puderam ser encontrados através de uma simples pesquisa no Google. As informações vazadas incluíam documentos antiterrorismo e textos instrucionais sobre passes de entrada para edifícios do governo
Nomes, números de telefone e endereços de e-mail de altos funcionários públicos e agentes foram expostos. Até informações do calendário dessas pessoas foram divulgadas.
Quando o jornalista Curtis Waltman preencheu um pedido de Lei de Liberdade de Informação ao Washington State Fusion Center (WSFC), ele recebeu documentos sobre armas misteriosas.
Waltman estava buscando, junto a WSFC, informações sobre confrontos entre antifascistas e a extrema direita e não sobre armas experimentais. Ele recebeu um arquivo zip chamado "EM effects in human body.zip" (Efeitos do EM no corpo humano), que continha diagramas detalhados mostrando os efeitos aparentes dessas armas misteriosas.
As armas podem aparentemente infligir tremores musculares, dor no corpo e privação de sono, bem como estranhos efeitos psicológicos. O WSFC não forneceu mais informações, levantando suspeitas de que o documento foi enviado por engano.
Podia não ser uma questão de segurança nacional, mas em 2021 documentos detalhados sobre o que iria acontecer quando a Rainha morresse foram vazados para a imprensa, o que causou um certo alvoroço.
Apelidada de "Operação London Bridge", a morte da Rainha seria notificada primeiro por telefonemas para o primeiro-ministro, o secretário de gabinete e outros funcionários de alto escalão. Só então, a Família Real poderia notificar o público britânico através de uma declaração oficial.
A data da morte da Rainha era referida como Dia D e seguida por mais nove dias de procedimentos e protocolos. Já estava previsto que o funeral seria realizado na Abadia de Westminster e que dois minutos de silêncio seriam realizados nacionalmente ao meio-dia. Quase exatamente um ano depois, no dia 8 de setembro de 2022, a Operação London Bridge entrou em ação quando a Rainha morreu aos 96 anos.
Fontes: (Grunge) (Reuters) (Australian Broadcasting Corporation)
Segredos de governos que vazaram acidentalmente para o público (e suas consequências)
Alguns desses incidentes são tão estranhos que ficam até difíceis de entender
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Não é segredo que governos ao redor do mundo mantêm toneladas de informações altamente confidenciais em segredo. Quando esses segredos não são mais uma questão de segurança nacional, eles são tipicamente desclassificados e liberados para arquivos e imprensa. No entanto, nem todas as divulgações governamentais são intencionais. Alguns vazamentos e incidentes revelaram informações confidenciais e sérias relacionadas à guerra e ao terrorismo.
Confira na galeria alguns dos maiores segredos de governos que foram acidentalmente tornados públicos.