O solstício de inverno ocorre no Hemisfério Norte em 21 de dezembro (aqui no Hemisfério Sul acontece o solstício de verão na mesma data). Nessa época, os antigos egípcios, que adoravam um deus do sol chamado Rá, enchiam suas casas com palmeiras verdes, que, para eles, simbolizavam o triunfo da vida sobre a morte. Os dias seguintes começavam a se alongar e o sol mais uma vez queimava intensamente. O verão voltaria em breve.
Os romanos marcavam seu solstício de inverno com uma festa chamada Saturnália em homenagem a Saturno, o deus da agricultura. Eles também decoravam suas casas e templos com folhagens perenes, símbolos da imortalidade.
O pinheiro era sagrado para os gregos, que adoravam Átis, o deus da flora. De acordo com o costume antigo, eles decoravam um pinheiro no inverno com bugigangas de prata e colocavam oferendas debaixo dessa árvore como sacrifícios às divindades.
Como forma de prestar homenagem às divindades da vida e para garantir uma boa colheita, os celtas embelezavam árvores perenes com ouro e joias.
Os temíveis vikings na Escandinávia pensavam que o pinheiro era a planta especial do deus sol, Balder. Eles usavam ramos perenes como um símbolo da vida eterna.
A árvore de Natal moderna provavelmente se originou no Renascimento na Alemanha, durante o século XVI.
O teólogo alemão e reformador protestante Martinho Lutero é geralmente considerado pelos estudiosos como o primeiro a adicionar velas a uma árvore de Natal. Esta ilustração de 1535 retrata um Natal familiar em casa.
Peças envolvendo mistérios e milagres costumavam ser encenadas em toda a Europa durante a Idade Média no dia 24 de dezembro - a comemoração e o dia de Adão e Eva em vários países. Essas peças teatrais muitas vezes apresentavam uma árvore do paraíso em forma de pirâmide e decorada com maçãs, que simbolizava a árvore do conhecimento do bem e do mal no Jardim do Éden.
Para muita gente, a árvore do conhecimento do bem e do mal era a árvore do paraíso que eles levavam para suas casas à medida que o solstício de inverno se aproximava. Inicialmente decorada com maçãs, não demorou muito para que outras frutas fossem usadas e, mais tarde, doces.
No final do século XVI, a árvore do paraíso evoluiu para a árvore de Natal. Ainda mantendo a forma de uma pirâmide, a árvore quase sempre tinha uma Estrela de Belém no topo. No século XIX, as árvores de Natal eram uma tradição firmemente estabelecida na Alemanha.
À medida que os alemães migraram, eles introduziram a tradição da árvore de Natal em outros países, notadamente na Inglaterra.
A rainha Vitória da Grã-Bretanha ficou bastante impressionada com a ideia de ter uma árvore de Natal e de decorá-la. Seu príncipe consorte, Alberto, que havia nascido na Alemanha, aprovou completamente a proposta. O casal real posteriormente fez das árvores de Natal uma parte proeminente das festividades de fim de ano. Na década de 1850, a árvore de Natal já havia se tornado um item comum nas casas inglesas.
Uma família vitoriana se reúne em torno da árvore para uma fotografia de Natal, tirada em 1895.
Também foram os colonos alemães que introduziram a árvore de Natal nos Estados Unidos, mais especificadamente na Pensilvânia. O costume, no entanto, não foi inicialmente adotado.
Muitos puritanos da Nova Inglaterra na América do século XVII viam a árvore de Natal como um símbolo pagão. Eles também se opuseram ao feriado pelo mesmo motivo. Para eles, o Natal era sagrado.
Foi apenas no início do século XIX que a árvore de Natal ganhou popularidade na América. Até então, o influxo de imigrantes alemães e irlandeses havia minado o legado puritano. Além disso, a ideia britânica de celebrar o Natal com uma árvore decorada, popularizada pela Família Real, havia capturado a imaginação de muitos em todo o país.
De repente, as árvores festivas se tornaram um grande negócio. Na foto está um mercado de árvores de Natal na Barclay Street Station, em Nova York, em 1895.
As decorações de árvores de Natal também começaram a vender bem, primeiramente na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos. No início, as árvores eram enfeitadas com ornamentos caseiros, bem como com maçãs, nozes e estrelas feitas de palha. Biscoitos de maçapão e até a pipoca também encontravam seu lugar nas mais diferentes espécies de árvores de folhagem perene e vida longa.
No final do século XIX, nenhum Papai Noel que se prezasse era visto sem uma árvore de Natal decorativa a tira colo.
Acender uma árvore de Natal tornou-se uma ideia interessante com a invenção das lâmpadas de vidro. A chegada da eletricidade significou que as árvores poderiam agora ser iluminadas por uma sequência de luzes elétricas, o que adiciona até hoje um brilho mais prolongado às festividades.
As árvores de Natal públicas começaram a aparecer em diversos países na década de 1920, notavelmente nos Estados Unidos com a Árvore Nacional de Natal, erguida pela primeira vez no President's Park em 1923. Na foto estão o presidente Calvin Coolidge e a primeira-dama Grace Coolidge em frente à árvore em Washington, DC, em 1927.
Nesta fotografia de 1945, podemos ver como Los Angeles começou a viver de acordo com a imagem que tem hoje. Na image está a Hollywood Boulevard e Vine à noite, com árvores de Natal artificiais e decorações alinhadas à avenida.
A árvore de Natal mais icônica do Reino Unido surgiu pela primeira vez em Londres em 1947. Ela foi dada de presente ao povo da Grã-Bretanha pela Noruega como um sinal de gratidão pelo apoio britânico à nação nórdica durante a Segunda Guerra Mundial. Desde então, uma árvore é exibida de forma proeminente na Trafalgar Square todos os anos.
A grande árvore de Natal colocada anualmente no Rockefeller Center, em Nova York, é uma tradição desde 1931. Você com certeza já a viu em algum filme como 'Esqueceram de Mim 2'.
A tradição de colocar uma árvore de Natal, bem como o presépio em tamanho natural na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, só começou em 1982, a pedido do Papa João Paulo II. Todos os anos, o Vaticano aceita uma árvore doada por um país ou região europeia diferente.
Brilhando em um cenário deslumbrante da arquitetura Art Nouveau, a árvore de Natal da Galeria Lafayette em Paris é uma das árvores de Natal públicas mais famosas da França.
Todos os anos, uma árvore de Natal é simbolicamente colocada na Praça da Manjedoura, do lado de fora da Igreja da Natividade em Belém. A igreja está onde muitos cristãos acreditam ser o local de nascimento de Jesus Cristo.
Árvores de Natal decoradas iluminam a Vila do Papai Noel em Rovaniemi, na Lapônia finlandesa. Os europeus há muito tempo presumem que a Lapônia seja a casa do Papai Noel. No entanto, na América do Norte, as pessoas acreditam que o Polo Norte seja sua residência aconchegante.
Este cartão postal colorido mostra o que era a maior árvore de Natal viva do mundo, em Wilmington, na Carolina do Norte, EUA. O venerável carvalho era iluminado com 4.000 lâmpadas multicoloridas. Ele tinha 22 metros de altura e 64 metros em sua maior largura. Em 2015, a árvore foi arrancada de suas raízes. Alguns acreditam que ela tinha mais de 400 anos de idade.
Hoje, decorar uma árvore de Natal é parte integrante da época festiva. Cada ornamento usado para adornar a árvore tem um significado especial, como amor, bondade, alegria, paz e boa vontade. Montar a árvore é sempre uma alegria, desmontar no dia 6 de janeiro é que desanima...
Fontes: (Britannica) (The Catholic Company) (Time) (National Park Service) (Rome Reports) (Wilmington Star-News)
Poucas coisas simbolizam tão bem a época festiva do que uma árvore de Natal decorada. Geralmente um pinheiro, que pode ser natural ou artificial, a árvore de Natal é emblemática e representa o nascimento e a ressurreição de Jesus Cristo. Seus ramos são representantes da imortalidade e muitos acreditam que ilustram a coroa de espinhos usada por Cristo na cruz. As origens da árvore, no entanto, são mais antigas que Cristianismo e estão enraizadas nas celebrações do solstício de inverno (no hemisfério norte) observadas pelos antigos gregos, romanos e egípcios. No entanto, a Alemanha recebe o crédito pelo início da tradição da árvore de Natal como conhecemos hoje, lá no século XVI. Quinhentos anos depois, e as celebrações de Natal ainda giram em torno de decorar e se reunir em frente a uma árvore iluminada para comemorar um dos festivais mais alegres e ansiosamente esperados do ano. Mas por que a árvore de Natal é tão importante e qual é o seu significado espiritual?
Clique e acompanhe o crescimento histórico de um dos mais simbólicos elementos festivos da humanidade.
Qual é o real significado da Árvore de Natal?
Com suas raízes na antiguidade, a árvore de Natal perdura há milênios
LIFESTYLE Natal
Poucas coisas simbolizam tão bem a época festiva do que uma árvore de Natal decorada. Geralmente um pinheiro, que pode ser natural ou artificial, a árvore de Natal é emblemática e representa o nascimento e a ressurreição de Jesus Cristo. Seus ramos são representantes da imortalidade e muitos acreditam que ilustram a coroa de espinhos usada por Cristo na cruz. As origens da árvore, no entanto, são mais antigas que Cristianismo e estão enraizadas nas celebrações do solstício de inverno (no hemisfério norte) observadas pelos antigos gregos, romanos e egípcios. No entanto, a Alemanha recebe o crédito pelo início da tradição da árvore de Natal como conhecemos hoje, lá no século XVI. Quinhentos anos depois, e as celebrações de Natal ainda giram em torno de decorar e se reunir em frente a uma árvore iluminada para comemorar um dos festivais mais alegres e ansiosamente esperados do ano. Mas por que a árvore de Natal é tão importante e qual é o seu significado espiritual?
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