Infertilidade: Desvendando mitos e verdades -

Por muito tempo, a infertilidade tem sido vista através de uma lente de vergonha, o que só torna ainda mais difícil para as pessoas falarem sobre isso. Quando a gente não fala abertamente sobre algum assunto, os mitos tomam forma e se espalham de forma perigosa, levando as pessoas a terem uma percepção cada vez mais distorcida sobre a coisa. E é exatamente o que acontece com os problemas de fertilidade - que são realmente muito mais comuns do que parece.

Clique aqui para desmascarar alguns mitos e equívocos que você provavelmente já ouviu e para descobrir as verdades sobre fertilidade. E isso não é um problema só feminino.

© Shutterstock

Ao que o termo infertilidade realmente se refere? -

Infertilidade é um termo usado para casais (tanto homens, quanto mulheres) que não conseguem conceber, assim como para mulheres que não conseguem permanecer grávidas e sofrem perdas gestacionais mais de uma vez.

© Shutterstock

Mito: é raro -

A superpopulação pode ser um grande problema, mas a infertilidade é realmente tão comum que a Organização Mundial da Saúde a reconheceu como um problema de saúde pública para casais em todo o mundo. De acordo com a Healthline, cerca de um em cada oito casais nos EUA têm problemas para engravidar.

© Shutterstock

Mito: só se deve procurar um médico depois de um ano tentando -

A infertilidade é geralmente caracterizada por um ano de relações  s e x u a i s  desprotegidas sem concepção. Porém, essas linhas temporais são, na verdade, mais uma diretriz com muitas exceções.

© Shutterstock

Quem deve ver um médico antes de um ano? -

Mulheres com mais de 35 anos, aquelas com histórico de períodos irregulares, miomas, endometriose, doença adesiva pélvica, gravidez ectópica ou aborto múltiplo devem ser atendidas por médico mais cedo que um ano sem concepção. O mesmo vale para casais com histórico masculino de cirurgia, infecção ou trauma nas partes íntimas.

© Shutterstock

Mito: não há tratamento -

A infertilidade não é uma espécie de punição ou sinal de que você não está destinado a ser pai ou mãe, mas sim uma condição médica que muitas vezes é tratável — e de mais maneiras do que apenas fertilização in vitro. O segredo, geralmente, é encontrar problemas de fertilidade subjacentes que estejam causando o problema.

© Shutterstock

Mito: sempre dá para resolver -

Por outro lado, algumas pessoas passam por anos de tentativas, várias rodadas de tratamentos e fertilização in vitro e mesmo assim não conseguem engravidar. Isso não significa que a pessoa não está destinada a ser pai ou mãe, mas que fisicamente não será possível.

© Shutterstock

Mito: só é preciso desestressar -

Embora seja verdade que o estresse crônico seja ruim para o corpo, não há uma forte ligação científica entre infertilidade e estresse. Além disso, é terrível para uma pessoa que já está lidando com o estresse de ser infértil ouvir que "só precisa relaxar".

© Shutterstock

Mito: você não está tendo relações suficientes -

Este mito coloca todo o ônus sobre o  s e x o, mas a fertilidade vai muito além do que acontece entre os lençóis. Uma coisa que a maioria das pessoas deve prestar mais atenção, no entanto, é ter mais relações durante seus dias de pico fértil.

© Shutterstock

Mito: infertilidade é um problema de mulheres -

As mulheres são frequentemente o foco dos tópicos de gravidez, mas os homens são igualmente afetados pela infertilidade. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde, um terço dos casos de infertilidade são causados por problemas reprodutivos masculinos, um terço por questões reprodutivas femininas e um terço por ambas as partes ou por fatores desconhecidos.

© Shutterstock

Problemas masculinos de infertilidade -

Essas questões são bastante comuns e muitas vezes são causadas por baixos níveis de  e s p e r m a  ou movimento anormal dos espermatozoides. A maioria dos homens com infertilidade não tem sinais visíveis, mas um sinal para os homens consultarem um médico é dor do  t e s t í c u l o.

© Shutterstock

Mito: a idade só afeta a fertilidade da m u l h e r -

A fertilidade das mulheres diminui com a idade — elas experimentam um declínio significativo, de até 50%, entre as idades de 32 a 37 anos, de acordo com o cirurgião reprodutivo Dr. Mark Surrey — mas as mulheres não são as únicas que se tornam menos férteis à medida que envelhecem.

© Shutterstock

A infertilidade pode chegar com a idade para homens também -

Acontece um pouco mais tarde. Embora os homens possam gerar novos espermatozoides regularmente (ao contrário das mulheres, que têm uma oferta limitada de óvulos), a qualidade e o volume de espermatozoides dos homens começam a diminuir por volta dos 40 anos.

© Shutterstock

Mito: mulheres têm dificuldade para engravidar depois dos 35 anos -

Embora as chances sejam menores, apenas cerca de um em cada seis casais em que a m u l h e r tem 35 anos ou mais tem problemas de fertilidade, de acordo com o CDC. Isso significa que a maioria das mulheres com 35 anos ou mais estão muito bem em termos de fertilidade.

© Shutterstock

Mito: usar pílula por muito tempo causa infertilidade -

A pílula não afeta a fertilidade, positiva ou negativamente. Para algumas mulheres, a fertilidade retorna assim que param de usar a pílula, mas para outras pode levar um mês ou mais para retomar a ovulação.

© Shutterstock

Mito: boxers são melhores que cuecas quando se está tentando conceber -

O mito que adverte os homens para ficarem longe de roupas íntimas apertadas é falso quando se trata do debate boxers ou cuecas, mas é verdade que uma alta temperatura consistente nos testículos pode afetar negativamente o  e s p e r m a — e muitos estudos dizem que sentar com o notebook no colo pode ter um impacto negativo.

© Shutterstock

Mito: ciclo menstrual irregular = infertilidade -

Ciclos menstruais irregulares são bastante comuns e podem ser causados por interrupções do sono, níveis de estresse e rotinas de exercícios, mas não significa que a m u l h e r é infértil.

© Shutterstock

Mito: peso não afeta a fertilidade -

Estar acima do peso ou abaixo do peso pode afetar os níveis de fertilidade. Ter um corpo saudável que não é super-exercitado é essencial para criar um ambiente acolhedor para uma gravidez.

© Shutterstock

Mito: algumas comidas causam infertilidade -

Não há alimentos específicos que tenham sido diretamente ligados à infertilidade, embora existam alguns alimentos ricos em zinco que podem ajudar a apoiar a produção de óvulos saudáveis e espermatozoides. Em geral, porém, uma dieta bem equilibrada com nada em excesso é a melhor coisa.

© Shutterstock

Mito: tudo bem fumar, desde que pare durante a gravidez -

Além do conhecido impacto negativo do tabagismo na saúde geral, esse hábito também causa um declínio mais rápido na reserva ovariana das mulheres, aumenta o risco de gravidez ectópica e reduz a chance de um resultado bem-sucedido em tratamentos de fertilidade.

© Shutterstock

A saúde como um todo impacta a fertilidade -

A saúde como um todo pode ser um dos maiores fatores na fertilidade. Isso significa que coisas simples como manter a forma, tomar multivitamínicos, abster-se de álcool, cafeína ou drogas em excesso e dormir o suficiente pode aumentar positivamente as chances de conceber. E isso vale para homens e mulheres!

© Shutterstock

Mito: infertilidade não é um problema para pessoas que já têm um filho -

Mesmo que um casal já tenha um filho (ou mais de um), ele ainda pode experimentar algo chamado "infertilidade secundária" e encontrar dificuldade para engravidar mais tarde. Cada gravidez é única.

© Shutterstock

Mito: certas posições melhoram as chances de concepção -

Embora pareça que a gente pode usar a gravidade a nosso favor, o fato é que o  e s p e r m a   e j a c u l a d o  pode chegar no colo do útero em segundos e dentro dos tubos de falópio em minutos, não importa a posição  s e x u a l. Praticamente qualquer posição pode engravidar, então é só escolher uma que goste!

© Shutterstock

Mito: infertilidade é um problema recente -

Em 1900 a.C., egípcios antigos rezavam a Sekhmet, a deusa da cura, para conseguir conceber, já que naquela época as orações eram a única solução possível. Durante séculos as pessoas tiveram problemas e encontraram diferentes símbolos e rituais místicos para aumentar a fertilidade.

© Shutterstock

Mito: saliva é o lubrificante mais amigável à fertilidade -

Saliva é na verdade um assassino de  e s p e r m a. Lubrificantes são muito úteis para quem tenta engravidar, mas nem todos eles são amigáveis à fertilidade, então certifique-se de encontrar um que não interfira na qualidade do e s p e r m a, que permitirá que o espermatozoide nade e que seja seguro para fertilização in vitro e outros métodos de fertilidade.

© Shutterstock

Mito: fertilização in vitro é algo muito novo -

A fertilização in vitro (FIV) pode soar assustadoramente nova para algumas pessoas, mas os médicos começaram a congelar o esperma para fins de fertilidade lá nos anos 1800. O primeiro bebê de FIV nasceu nos EUA em 1981.

© Shutterstock

Mito: infertilidade é fracasso -

A vergonha em torno de não ser capaz de conceber ou levar uma gravidez até o fim é muitas vezes centrada neste mito de que ser infértil é um fracasso. Mas não se engane: isso de forma alguma indica o quão uma pessoa é boa ou ruim, ou bem sucedida.

© Shutterstock

Problemas de fertilidade subjacentes -

Um dos principais problemas que causam infertilidade nas mulheres é a síndrome do ovário policístico, que é encontrada em uma alta porcentagem de mulheres. A síndrome tem vários estágios e muitas vezes é curável através de medicação e tratamento.

© Shutterstock

Reserva ovariana em declínio -

Outro problema de fertilidade subjacente é uma reserva ovariana diminuída, onde os óvulos de uma m u l h e r reduzem a cada ciclo menstrual.

© Shutterstock

Endometriose -

A terceira maior questão de fertilidade subjacente comum entre as mulheres é a endometriose, uma condição em que o crescimento do tecido dentro do útero é movido para fora.

Fontes: (National Today) (Healthline) (What to Expect) (Northwestern Medicine) (National Institute of Child Health and Human Development)

Veja também: Doenças que os médicos diagnosticam errado com frequência

© Shutterstock