Nesta sexta-feira (7), o ator e comediante Kevin Hart revelou que desistiu de apresentar a cerimônia do Oscar 2019, após onda de críticas por ele ter feito declarações consideradas homofóbicas há alguns anos atrás.

"Tomei a decisão de renunciar à apresentação do Oscar deste ano... porque não quero ser uma distração em uma noite que deve ser comemorada por tantos artistas talentosos e incríveis. Peço as minhas mais sinceras desculpas à comunidade LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros] pelas minhas palavras insensíveis feitas no passado", publicou o comediante no Twitter.

Antes de tomar a decisão, o ator norte-americano ainda publicou um vídeo no Instagram no qual se justificou, afirmando que as declarações que proferiu e os 'tweets' que escreveu considerados preconceituosos foram há quase oito anos. "Tenho quase 40 anos. Se vocês não acreditam que as pessoas mudam, crescem e evoluem quando ficam mais velhas, não sei o que dizer para vocês", disse, acrescentando que "o mundo está ficando cada vez mais louco".

A organização não-governamental GLAAD, cujo foco é monitorar a forma como a imprensa retrata a comunidade LGBTQ+, afirmou ter apresentado uma queixa junto do canal de televisão ABC, emissora do Oscar, e na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para "discutir a retórica e o registo anti-LGBT de Kevin".

Uma das maiores críticas desta organização é contra um especial de comédia de Kevin Hart, em 2010, onde ele disse: "Se eu puder impedir meu filho de ser 'gay', eu faço-o".

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