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Os passageiros -

O voo 571 da Força Aérea Uruguaia transportava 40 passageiros e cinco tripulantes em viagem de Montevidéu, no Uruguai, com destino a Santiago, no Chile.

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O time de rugby -

Dezenove dos passageiros eram membros do time amador de rugby Old Christians Club, enquanto outros eram amigos e familiares.

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Antes da tragédia, eles chegaram a parar o voo por causa do tempo -

O mau tempo obrigou o voo a parar durante a noite em Mendoza, Argentina. No dia seguinte, 13 de outubro de 1972, o avião decolou novamente.

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Um erro letal -

Quando voavam pelos Andes, o copiloto acreditou erroneamente que o avião havia sobrevoado Curicó, o ponto de virada para voar para o norte, e começou a descer em direção ao que ele pensava ser o aeroporto de Pudahuel, em Santiago do Chile.

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O acidente -

Em vez disso, a aeronave atingiu uma montanha. Ambas as asas quebraram e a traseira do avião foi arrancada, levando consigo cinco pessoas. A fuselagem deslizou pela encosta da montanha até que a extremidade dianteira parou a uma altitude de 11.710 pés (cerca de 3.570 metros).

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O relato de um dos sobreviventes -

"Quando o avião perdeu as asas e a cauda, começou a deslizar a uma velocidade incrível", disse o sobrevivente Roberto Canessa (foto), que tinha 19 anos na época, à revista Time. "Achei que meus pés iriam passar pela parte de trás das orelhas. Então, quando parou, não pude acreditar que estava vivo. Foi um absurdo".

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Quantas pessoas morreram no acidente? -

Logo a princípio, 12 pessoas morreram no acidente. Mais cinco faleceram na primeira noite e outra pessoa não resistiu cerca de uma semana depois devido aos ferimentos.

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O total de sobreviventes -

Das 45 pessoas a bordo do avião, apenas 16 sobreviveram durante toda a provação, que durou 72 dias.

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Falha no resgate -

Como mostra o filme, os sobreviventes viram vários aviões de resgate a sobrevoarem nos dias que se seguiram, mas ninguém que os procurava conseguiu localizar os destroços brancos da aeronave na neve.

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Uma notícia horrível para os sobreviventes -

Após cerca de 10 dias, os sobreviventes recuperaram um pequeno rádio transistor do avião e ouviram a notícia devastadora de que a busca havia sido cancelada e todos foram considerados mortos.

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Temperaturas congelantes -

Para se protegerem das temperaturas noturnas geladas de -30 °C, os sobreviventes criaram um abrigo improvisado fora da fuselagem. (Na foto, o ator Matías Recalt como Roberto Canessa).

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A antropofagia de sobrevivência -

Os sobreviventes tinham muito pouca comida para comer. Encontraram oito barras de chocolate, três potes pequenos de geleia, uma lata de mexilhões, uma lata de amêndoas, algumas tâmaras, alguns doces, ameixas secas e várias garrafas de vinho. Racionaram os alimentos, que duraram apenas uma semana. Os sobreviventes recorreram então ao canibalismo, comendo os corpos dos passageiros falecidos. (Na foto, o ator Agustín Pardella como Nando Parrado).

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Uma difícil decisão -

Canessa (foto à direita de Parrado) disse à Time que lutou com a ideia de não apenas comer outro humano, mas uma pessoa que ele conheceu. "Você está comendo uma pessoa morta e a pessoa é sua amiga e você se pergunta: 'Devo fazer isso?' Ou devo me deixar morrer?" Ele disse: "Mas tenho visto como as mães choram quando perdem os filhos e não queria que minha mãe passasse por isso. Percebi que quando você tem um motivo para fazer algo, nada o impede".

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Mais um teste de sobrevivência -

No dia 29 de outubro de 1972, 16 dias após a queda, uma avalanche atingiu o avião, enchendo-o de neve, matando oito pessoas. Presos dentro da fuselagem, os sobreviventes restantes conseguiram escapar, mas tiveram que retornar lá quando caiu uma nevasca. Durante o tempo que ficaram presos na fuselagem, os sobreviventes comeram os que morreram na avalanche. Nessa altura dos acontecimentos, apenas 19 pessoas permaneciam vivas. Os sobreviventes finalmente conseguiram escapar da fuselagem, mas mais três morreram depois.

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Uma jornada em busca de ajuda -

À medida que as temperaturas começaram a subir, Parrado (foto à direita), Canessa e Antonio "Tintin" Vizintín decidiram caminhar pela serra na tentativa de obter ajuda. Vizintín voltou ao acampamento para que Canessa e Parrado tivessem mais rações alimentares para a viagem mais longa.

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Encontraram ajuda -

Cerca de 10 dias brutais depois de sua partida inicial, Canessa e Parrado encontraram um homem chamado Sergio Catalán que estava andando a cavalo no Chile. Separado por um riacho, prometeu voltar no dia seguinte. Catalán aparece no centro, atrás de Parrado e Canessa.

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O bilhete do pedido de ajuda -

Ao retornar, Catalán enrolou lápis e papel em uma pedra e jogou para os dois sobreviventes. Parrado anotou o que aconteceu, o que levou Catalán a agir, indo até a cidade mais próxima para informar as autoridades sobre os outros sobreviventes.

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Fim do martírio -

Depois de perceber que finalmente estavam seguros, Canessa disse à Time que a primeira coisa que fez foi enterrar os restos mortais que trouxeram na viagem para comer. "Olhei para as meias de rugby cheias de carne dos meus amigos e disse: 'Isso deveria ser enterrado. Isso não é mais comida. Agora teremos comida de verdade'. Então enterrei seus restos mortais".

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O resgate -

Em 22 de dezembro de 1972, helicópteros de resgate chegaram ao local do acidente, mas só conseguiram transportar seis dos 14 sobreviventes restantes devido ao mau tempo. Os outros oito foram recolhidos no dia seguinte.

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Emoção no reencontro com o pai -

Na foto está o sobrevivente Carlos Páez Rodríguez reencontrando o pai. Rodríguez interpretou o próprio pai em 'A Sociedade da Neve'.

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'A Sociedade da Neve' nos festivais -

O longa-metragem espanhol, dirigido por J. A. Bayona, estreou no Festival de Cinema de Veneza de 2023.

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A história real foi adaptada de um livro -

O filme é uma adaptação do livro homônimo de Pablo Vierci. Lançado em 2009, a obra documenta os relatos de todos os 16 sobreviventes do acidente, muitos dos quais Vierci conhecia desde a infância.

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O primeiro contato do diretor com a história real -

Bayona descobriu o livro de Vierci enquanto ainda pesquisava para seu filme de 2012, 'O Impossível', estrelado por Naomi Watts e Tom Holland. Ele comprou os direitos do livro assim que terminou esta produção. 'A Sociedade da Neve' foi anunciado em novembro de 2021.

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Entrevistas com os sobreviventes -

Os cineastas gravaram mais de 100 horas de entrevistas com todos os sobreviventes vivos. Na foto está o diretor Bayona com o sobrevivente Eduardo Strauch.

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Os atores -

O elenco de 'A Sociedade da Neve' é composto por atores uruguaios e argentinos, a maioria deles novatos.

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Sobreviventes e elenco trabalharam juntos -

Sobreviventes e famílias estiveram fortemente envolvidos no filme. Os atores até tiveram contato com eles. Na foto, está Enzo Vogrincic, que interpretou Numa Turcatti.

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Sobreviventes fizeram aparições no filme -

Alguns dos sobreviventes até fizeram participações especiais no filme, incluindo Carlos Páez Rodríguez (esquerda), Nando Parrado (centro) e Roberto Canessa (direita).

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Locações das filmagens -

As principais gravações ocorreram na Sierra Nevada, na Espanha, e em Montevidéu, no Uruguai, bem como no Chile e na Argentina, incluindo o local do acidente nos Andes. Foi um total de 138 dias de filmagens.

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Premiado -

Indicado para vários prêmios de prestígio, incluindo o Globo de Ouro, 'A Sociedade da Neve' é o terceiro filme mais premiado da história do Festival de Goya. Ganhou 12 prêmios, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor na famosa premiação espanhola.

Fontes: (Time) (Today) (Forbes)

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