De acordo com a Johns Hopkins Medicine, mais de 25 milhões de adultos americanos sofrem de incontinência urinária temporária ou crônica. Quase 18 milhões de adultos nos EUA têm incontinência fecal ou intestinal. As duas condições podem ser muito incômodas e embaraçosas. Embora a incontinência geralmente afete os idosos, ela pode acontecer a qualquer momento. A boa notícia, porém, é que a incontinência é tratável. O que causa esse transtorno angustiante e como identificar os sintomas?
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Continência é a capacidade de controlar a bexiga e o intestino. Já a incontinência é a perda involuntária do controle desses órgãos, o que leva a passagem involuntária de urina. A incontinência fecal é a falta de controle sobre a defecação.
A incontinência urinária é o vazamento de urina quando você não consegue controlar. A condição pode afetar tanto homens como mulheres.
A incontinência urinária não é uma doença. É um sintoma de muitas condições e doenças. Além disso, existem vários tipos de incontinência urinária.
A incontinência de esforço é o tipo mais comum de incontinência urinária. É o vazamento de urina quando a bexiga está sob pressão, por exemplo, quando você tosse, ri ou espirra.
A incontinência urinária de esforço também pode ser induzida por exercícios, caminhada, flexão e levantamento de peso. Os músculos pélvicos fracos permitem que a urina escape. A condição é comum em mulheres mais idosas, mas menos comum em homens.
A incontinência de urgência acontece quando a urina vaza no momento em que a pessoa sente uma vontade repentina e intensa de fazer xixi, ou logo em seguida.
Na incontinência de urgência, às vezes chamada de bexiga hiperativa, o cérebro diz à bexiga para esvaziar, mesmo quando não está cheia. A condição também ocorre quando os músculos da bexiga estão muito ativos. Eles se contraem (apertam) para urinar antes que a bexiga esteja cheia. Essa sensação muitas vezes desconfortável pode afetar o sono de uma pessoa, por exemplo, e é mais comum em homens com problemas de próstata e em mulheres após a menopausa.
Mais comum em homens, a incontinência por transbordamento, também conhecida como retenção urinária crônica, é a incapacidade de esvaziar completamente a bexiga, o que causa vazamentos frequentes.
A incontinência por transbordamento acontece quando o corpo produz mais urina do que a bexiga pode conter, ou a bexiga está cheia e não consegue esvaziar, o que provoca vazamento de urina. Pessoas com incontinência por transbordamento nunca esvaziam completamente a bexiga e isso aumenta o risco de vazamento. Essa condição é rara em mulheres e mais comum em homens com problemas de próstata ou que têm doenças crônicas como esclerose múltipla, acidente vascular cerebral ou diabetes.
A incontinência mista acontece quando se tem incontinência de esforço e de urgência ao mesmo tempo. Isso é mais comum em mulheres.
Aqueles que sofrem de incontinência de esforço e de urgência terão dificuldade pela necessidade repentina de urinar. Geralmente depois de tossir ou espirrar. Identificar exatamente o que desencadeia uma reação é a melhor maneira de gerenciar essa condição específica.
A incontinência total acontece quando a bexiga não consegue armazenar nenhuma urina, o que faz com que você urine constantemente ou tenha vazamentos recorrentes.
A incontinência total é a perda contínua e total do controle urinário. Isso significa que a urina sempre vaza, resultado de quando o músculo que controla a liberação da urina (esfíncter) não funciona mais.
Controlar a incontinência urinária pode ser frustrante e demorado. Mas há dicas que podem ajudar a reduzir o peso de conviver com esse distúrbio.
O tratamento da incontinência urinária consiste basicamente em retreinar uma bexiga fraca. Faça isso mantendo a ingestão de líquidos dentro do cronograma e limitando a quantidade que você bebe. A ideia é condicionar a bexiga sobre quando encher e quando esvaziar.
Reduzir a ingestão de substâncias conhecidas como irritantes da bexiga, como cafeína, álcool e líquidos com alto teor de frutas cítricas, ajuda. Normalmente, esses líquidos são mais difíceis de processar pela bexiga. E, aliás, se você fuma, saiba que o tabaco também é muito irritante para o revestimento da bexiga, além de aumentar o risco de câncer no órgão.
Tal como acontece com seguir um horário de fluidos, planejar um horário para ir ao banheiro faz sentido, pois ajuda a evitar que a bexiga fique muito cheia. Procure ir ao banheiro pelo menos a cada duas ou três horas por dia. E sempre esvazie a bexiga antes de praticar qualquer atividade física, sair de casa ou ir para a cama.
Se você for fisicamente capaz, adquira o hábito de fazer exercícios para o assoalho pélvico (exercícios de Kegel são ideais). O fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico pode reduzir a incontinência urinária em até 90%. Mas lembre-se de esvaziar a bexiga antes dos exercícios.
O excesso de peso pode enfraquecer os músculos do assoalho pélvico e causar incontinência por causa da pressão do tecido adiposo na bexiga. Perder alguns quilos pode melhorar seus sintomas ou, melhor ainda, fazê-los desaparecer completamente.
Evite a prisão de ventre! A tentativa de evacuar fezes teimosas aumentará a pressão na pélvis e na bexiga. Diminua o risco seguindo uma dieta rica em fibras e lembre de beber quantidades adequadas de água (mantendo-se atento à sua programação de líquidos).
Os benefícios de manter um diário já estão bem documentados, então por que não manter um diário da bexiga? Dessa maneira, você pode registrar sua ingestão de líquidos e o seu padrão de uso do banheiro durante um determinado período de tempo. Anotar esses detalhes também são úteis ao discutir sua condição com um profissional de saúde.
Talvez ainda mais angustiante do que a incontinência urinária seja a incontinência intestinal, quando as fezes vazam do reto sem aviso prévio.
A incontinência fecal, também chamada de incontinência intestinal, varia desde um vazamento ocasional de fezes durante a passagem de gases até uma perda completa do controle intestinal.
Os sinais e sintomas da incontinência fecal incluem a vontade repentina de defecar que a pessoa não consegue controlar e se suja sem perceber que precisava ir ao banheiro.
Outro indicador da condição é quando ocasionalmente o cocô vaza, por exemplo, ao soltar gases.
A incontinência fecal pode acompanhar outros problemas intestinais, como diarreia, prisão de ventre, gases e distensão abdominal.
É importante consultar um médico se você tiver problemas para controlar seus intestinos. Identificar a causa é fundamental para chegar a um prognóstico. O tratamento dependerá do que está causando o problema.
Em primeiro lugar, o tratamento pode significar ter que usar produtos para incontinência, como roupas íntimas absorventes.
Evitar alimentos que pioram a diarreia, como laticínios, por exemplo, ou alimentos gordurosos, pode ajudar a aliviar os sintomas da incontinência fecal. Também é útil praticar os mesmos exercícios pélvicos recomendados para pessoas com incontinência urinária.
Discutir a incontinência pode ser difícil, mesmo com seu médico. Mas a condição é tratável, portanto, consultar um profissional de saúde é o primeiro passo. Também vale a pena procurar outras pessoas que tiveram incontinência e aprender com a experiência delas. Por exemplo, a Associação Nacional pela Continência nos EUA e a Bladder Health do Reino Unido têm comunidades on-line ativas onde oferecem apoio e incentivo.
Fontes: (Johns Hopkins Medicine) (National Association for Continence) (Bladder Health UK) (Urology Care Foundation) (NHS) (Mayo Clinic)
Como lidar com a incontinência urinária: Sintomas e tratamento
Como identificar e lidar com esse angustiante distúrbio
SAÚDE Incontinência
De acordo com a Johns Hopkins Medicine, mais de 25 milhões de adultos americanos sofrem de incontinência urinária temporária ou crônica. Quase 18 milhões de adultos nos EUA têm incontinência fecal ou intestinal. As duas condições podem ser muito incômodas e embaraçosas. Embora a incontinência geralmente afete os idosos, ela pode acontecer a qualquer momento. A boa notícia, porém, é que a incontinência é tratável. O que causa esse transtorno angustiante e como identificar os sintomas?
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