A pena capital continua sendo um dos tópicos de conversa mais controversos da sociedade. A pena de morte refere-se ao processo de mandar criminosos condenados à morte pelos crimes mais graves, por exemplo, assassinatos. O debate em torno do que equivale a uma prática institucionalizada de executar pessoas deliberadamente em resposta à sua má conduta real ou suposta (infelizmente, inocentes também perderam suas vidas) e isso tem dividido opiniões por décadas.
E enquanto mais de 144 países já aboliram a sentença de morte, outras nações ainda perseguem o que a Anistia Internacional descreve como uma punição cruel, desumana e degradante (incluindo Estados desenvolvidos e modernos). Então, qual é a sua opinião?
Na galeria, fique por dentro dos fatos mais bizarros sobre a pena de morte.
Em 2023, a Anistia Internacional registrou pelo menos 1.153 execuções em 16 países — um aumento de 31% em relação às 883 execuções em 20 países em 2022.
Em quinto lugar dos países mais carrascos do mundo estão os Estados Unidos. O país matou 18 pessoas em 2022.
Em 2022, o Egito realizou 24 execuções conhecidas, segundo a Anistia Internacional. O país é o quarto maior em número de mortes por penas do gênero em número confirmado.
A Anistia Internacional registrou 196 execuções confirmadas na Arábia Saudita em 2022, colocando o país em terceiro lugar na liga global da pena de morte.
O Irã detém a duvidosa distinção de país com o segundo maior número de execuções confirmadas em 2022, com 576.
Na China, os dados de execução são considerados segredo de Estado. No entanto, a Anistia Internacional estima que pelo menos 1.000 pessoas foram mortas no país em 2022.
Segundo dados publicados pelo Death Penalty Information Center, o maior carrasco do mundo é a China.
O Japão é uma das poucas democracias industrializadas que mantém a pena de morte. A lei estabelece que a execução deve ocorrer no prazo de seis meses após o veredito, mas raramente é realizada dentro deste prazo.
Além disso, a data da execução, decidida pelo ministro da Justiça, é desconhecida: os condenados tomam conhecimento do momento exato de sua morte apenas algumas horas antes. Na foto, está uma sala de execução na casa de detenção de Tóquio, na capital japonesa.
Coreia do Norte, Vietnã, Síria e Afeganistão também escondem estatísticas em relação a execuções, o que dificulta a identificação dos números totais.
Em 1944, George Junius Stinney Jr., um menino afro-americano de 14 anos, foi mandado para a cadeira elétrica após ser condenado pelo assassinato de duas meninas. Mas a condenação pelo crime foi anulada em 2014 e o julgamento e execução de Stinney Jr. oficialmente declarados injustos. Ele continua sendo o americano mais jovem, com uma data de nascimento exata confirmada, a ser condenado à morte e executado no século XX.
Timothy John Evans (foto) foi condenado injustamente e depois enforcado por um assassinato, que na verdade foi cometido pelo serial killer John Christie. Em 1966, ele recebeu um perdão póstumo. O caso célebre desempenhou um papel importante na remoção da pena capital por assassinato no Reino Unido.
A assassina condenada Ruth Ellis tornou-se a última mulher a ser enforcada no Reino Unido. Ela foi levada à forca em 13 de julho de 1955, após ser considerada culpada de atirar em seu amante, David Blakely.
O serial killer alemão Eugen Weidmann foi a última pessoa na França a ser executada publicamente. O criminoso foi guilhotinado do lado de fora da prisão de Saint-Pierre, em Versalhes, à vista de fotógrafos e câmeras de cinejornais.
A polêmica ainda envolve o caso de Carlos DeLuna, injustamente condenado por homicídio. O homem foi executado pelo Estado do Texas (EUA) em 7 de dezembro de 1989. Mas um documentário de 2021, 'The Phantom', reexaminou seu caso, cujas conclusões sugeriram que um erro de identidade o levou a receber a pena de morte. Na foto, está a sala de injeção letal da Unidade Huntsville, no Texas, onde DeLuna morreu.
Em 1977, Gary Gilmore tornou-se a primeira pessoa em quase uma década a ser executada nos Estados Unidos. O homem exigiu a concretização de sua sentença de morte após ser condenado por duplo homicídio. Excepcionalmente, ele foi morto por um pelotão de fuzilamento, e a execução ocorreu na Prisão Estadual de Utah. A morte de Gilmore pôs fim a uma moratória nacional de fato sobre a pena capital que durou quase 10 anos, e a sua história teve imensa repercussão na época. Na foto, está um grupo de repórteres na cadeira em que Gary Gilmore se sentou ao enfrentar os fuzileiros voluntários.
Segundo dados publicados pelo Statista, o Texas é o estado com o maior número de execuções nos Estados Unidos. Em 2022, um total de 578 pessoas foram condenadas à morte no estado desde o restabelecimento da pena capital em 1976. Na foto, estão as celas no corredor da morte na Unidade Ellis em Huntsville, Texas.
A Anistia Internacional informou que 108 países aboliram completamente a pena de morte até o final de 2021.
Alegações de que uma empresa chinesa de cosméticos utilizou pele de condenados executados para desenvolver produtos de beleza para venda na Europa surgiram em 2005 numa denúncia perturbadora publicada pelo The Guardian.
Embora o Direito Internacional não proíba a pena de morte, a maioria das nações considera-a uma violação dos direitos humanos. Por isso, alguns países não costumam extraditar prisioneiros para um país que defenda a pena de execução.
De acordo com a Harm Reduction International (HRI), apenas em seis países – China, Irã, Arábia Saudita, Vietnã, Malásia e Singapura – os infratores da legislação antidrogas são conhecidos por serem executados de forma rotineira.
Este é um fato estranho. Na Antiguidade, os gatos eram tão reverenciados pelos antigos egípcios que aqueles que os matavam, mesmo que por acidente, eram condenados à morte.
Em 1863, a Venezuela tornou-se o primeiro país a abolir a pena de morte para todos os crimes, fato que assinalado pelo Guinness World Records.
Em 2016, o jornal britânico Independent publicou uma reportagem destacando os 13 países onde ser ateu é punível com a morte. O Irã, a Malásia, a Nigéria, o Paquistão, o Qatar e a Arábia Saudita estão entre as nações que continuam a criminalizar os ateus e os humanistas.
Em 2023, foi divulgado que 24 estados dos EUA aplicavam a pena de morte. Vinte e três, incluindo Washington, D.C., aboliram a prática. Entretanto, três estados – Califórnia, Oregon e Pensilvânia – têm uma moratória sobre a pena de morte.
Na Flórida (EUA), o carrasco é um cidadão comum que recebe 150 dólares por execução, revelou o Departamento de Correções da Flórida. A lei estadual permite que sua identidade permaneça anônima. Historicamente, o estigma associado ao trabalho do carrasco tornou a função indesejável, com aqueles designados ou voluntários nomeados para a posição muitas vezes escondendo a sua identidade atrás de uma máscara ou capuz.
Um homem que ficou famoso como carrasco foi Albert Pierrepoint. Em uma carreira que durou 25 anos, o algoz inglês despachou cerca de 600 criminosos condenados, incluindo alguns que mais tarde foram considerados inocentes de seus crimes. Ele é retratado em 1973 escrevendo suas memórias.
Apesar de existirem aproximadamente 2.092 indivíduos atualmente no corredor da morte nos Estados Unidos, apenas uma parte destes prisioneiros é efetivamente executada todos os anos. Isso ocorre porque o processo de apelação pode levar anos e até décadas.
A pena de morte acarreta o risco inerente de execução de uma pessoa inocente. De acordo com a Equal Justice Initiative, 200 pessoas foram exoneradas e libertadas do corredor da morte nos EUA desde 1973. Mas, nesse mesmo período, 1.612 presos foram condenados à morte. Um estudo de 2014 estimou que pelo menos 4% dos condenados à morte eram inocentes, segundo o Innocence Project.
Alimentos reconfortantes, normalmente hambúrgueres, batatas fritas, bife, sorvete e torta, são refeições comumente solicitadas entre presidiários que enfrentam à iminente execução nos EUA, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Cornell.
Nos EUA, os protocolos de medicamentos letais variam de estado para estado. A maioria dos protocolos de três medicamentos usa tiopental sódico para deixar o preso condenado inconsciente, brometo de pancurônio para paralisar os músculos voluntários e cloreto de potássio para induzir rapidamente parada cardíaca e causar morte.
Fontes: (Death Penalty Information Center) (Amnesty International) (The Washington Post) (Capital Punishment UK) (Statista) (The Independent) (The Guardian) (Capital Punishment in Context) (HRI) (Guinness World Records) (Equal Justice Initiative) (Innocence Project)
Não acreditar em Deus é causa de pena de morte em países: Quais?
Quais países já aboliram a prática e quais os que ainda mantêm?
LIFESTYLE Punição
A pena capital continua sendo um dos tópicos de conversa mais controversos da sociedade. A pena de morte refere-se ao processo de mandar criminosos condenados à morte pelos crimes mais graves, por exemplo, assassinatos. O debate em torno do que equivale a uma prática institucionalizada de executar pessoas deliberadamente em resposta à sua má conduta real ou suposta (infelizmente, inocentes também perderam suas vidas) e isso tem dividido opiniões por décadas.
E enquanto mais de 144 países já aboliram a sentença de morte, outras nações ainda perseguem o que a Anistia Internacional descreve como uma punição cruel, desumana e degradante (incluindo Estados desenvolvidos e modernos). Então, qual é a sua opinião?
Na galeria, fique por dentro dos fatos mais bizarros sobre a pena de morte.