Em 18 de julho de 2023, o soldado do Exército dos EUA Travis King cruzou a Zona Desmilitarizada (DMZ) e a fronteira com a Coreia do Norte durante uma visita civil à área.
King já havia tido problemas na Coreia do Sul quando foi parar na prisão após um incidente de embriaguez e deveria ser mandado de volta aos Estados Unidos. Ainda não está claro por que Travis King cruzou a fronteira e o que aconteceu com ele.
Em 17 de março de 2009, as jornalistas americanas Euna Lee e Laura Ling (irmã de Lisa Ling) foram presas na Coreia do Norte, após cruzarem a fronteira da China sem visto.
As jornalistas foram condenadas a 12 anos de trabalhos forçados em junho de 2009, mas foram perdoadas em 5 de agosto deste mesmo ano e levadas de volta aos Estados Unidos.
O estudante universitário Otto Warmbier estava viajando pela Coreia do Norte quando foi detido em janeiro de 2016 sob a acusação de subversão. Warmbier supostamente tentou roubar um banner político de seu hotel.
Otto Warmbier foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados, mas foi libertado antes do tempo. Pouco mais de um ano depois, o estudante foi mandado de volta aos Estados Unidos. Warmbier estava em estado vegetativo.
Otto F. Warmbier entrou em coma após sua prisão e julgamento, mas os médicos não conseguiram descobrir o que tinha acontecido com ele. Infelizmente, o jovem de 22 anos de Ohio faleceu logo após seu retorno para casa, em 19 de junho de 2017.
O soldado do Exército dos EUA James Joseph Dresnok estava na Coreia do Sul em 1962, quando decidiu desertar para a Coreia do Norte.
James Joseph Dresnok, assim como outros desertores, tornaram-se estrelas de cinema na Coreia do Norte. Eles interpretaram os americanos (de uma forma muito negativa, é claro). Dresnok também trabalhou como tradutor e tornou-se professor universitário de inglês. Ele nunca voltou aos Estados Unidos e morreu em 2016.
O empresário e ex-oficial do Exército dos EUA Merrill Newman foi preso durante uma viagem pelo país em 26 de outubro de 2013.
O veterano, que ajudou a treinar guerrilheiros anticomunistas durante a Guerra da Coreia, foi preso e supostamente forçado a assinar uma confissão e um pedido de desculpas por crimes de guerra cometidos durante o conflito. Newman foi libertado em 7 de dezembro de 2013.
O professor americano Aijalon Gomes foi preso por cruzar ilegalmente a fronteira chinesa e entrar na Coreia do Norte em 25 de janeiro de 2010.
Gomes voltou a solo americano em 27 de agosto de 2010. Foi anunciado que o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter havia garantido sua libertação.
O ativista coreano-americano Robert Park foi preso em dezembro de 2009 depois de cruzar a fronteira da China para a Coreia do Norte como um protesto contra a violação dos direitos humanos no país. Park foi detido e solto em fevereiro de 2010. Ele afirmou que foi torturado durante sua prisão.
Kim Dong-chul dirigia o Tamangang Hotel na Coreia do Norte e se viu fornecendo informações à inteligência da CIA e aos sul-coreanos.
Kim Dong-chul foi preso em 2015 e condenado a 10 anos de prisão. Embora depois de pouco mais de dois anos em um campo de prisioneiros, em maio de 2016, Kim Dong-chul foi libertado. Dois outros homens se juntaram a ele.
Tony Kim trabalhava na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang, quando foi preso por supostas acusações contra o governo. Kim foi um dos três homens libertados em maio de 2016.
Kim Hak-song foi colega de Tony Kim na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang. Kim Hak-song foi acusado de tentar fazer proselitismo (converter pessoas a uma religião, a um partido, a uma causa ou a uma ideia) ao Catolicismo no país. A Coreia do Norte é um estado ateu e desencoraja práticas religiosas.
Kim Hak-song nunca foi condenado formalmente, mas passou quase um ano detido antes de ser solto, junto com seus concidadãos americanos.
O sargento Charles Jenkins, do Exército dos EUA, estava baseado na Coreia do Sul em 1965, quando (supostamente em estado de embriaguez) cruzou voluntariamente a fronteira para a Coreia do Norte.
Jenkins tornou-se cidadão norte-coreano e foi forçado a trabalhar para o governo e os militares.
Na década de 1980, Charles Jenkins se casou com outra presa, uma japonesa chamada Hitomi Soga. Soga foi libertada da Coreia do Norte em 2002 e o americano se juntou a ela no Japão em 2004.
Jenkins enfrentou o tribunal militar dos EUA por sua deserção. Ele se tornou o desertor desaparecido há mais tempo a retornar ao exército dos EUA. Jenkins faleceu no Japão em 2017, aos 77 anos.
Anna Wallis Suh estava com o marido em Seul, na Coreia do Sul, quando as forças comunistas invadiram em junho de 1950. Logo depois, ela começou a trabalhar na radiodifusão comunista e ficou conhecida pelas tropas americanas como "Seul City Sue".
Não se sabe muito sobre o envolvimento posterior de Anna Wallis Suh com o governo norte-coreano, ou mesmo o que aconteceu com ela. Em suas memórias, o ex-soldado desertor Charles Jenkins afirmou que "Seoul City Sue" era na verdade uma agente dupla que trabalhava para a Coreia do Sul e que acabou sendo morta.
O missionário cristão evangélico sul-coreano-americano Kenneth Bae foi mantido em cativeiro na Coreia do Norte de 2012 a 2014.
Bae foi acusado de "atos hostis contra a República" e de planejar derrubar o governo, entre outras acusações. Ele foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados.
Kenneth Bae foi libertado em 8 de novembro de 2014, junto com o cidadão americano Matthew Miller. Em 2016, ele publicou um livro sobre sua experiência, chamado 'Not Forgotten: The True Story of My Prisonment in North Korea', abordando a realidade de estar preso na Coreia do Norte.
Matthew Todd Miller estava viajando pela Coreia do Norte em abril de 2014, quando foi preso por "cometer atos hostis à RPDC enquanto entrava disfarçado de turista".
Matthew Miller foi condenado a seis anos de trabalhos forçados, mas foi libertado em novembro de 2014. O americano disse mais tarde que tentou buscar asilo na Coreia do Norte, mas negou trabalhar para o governo dos Estados Unidos ou estar envolvido em espionagem.
Como Kenneth Bae, Jeffrey Fowle também foi preso por supostamente tentar espalhar a fé cristã. Em maio de 2014, o americano foi acusado de deixar uma Bíblia em seu quarto de hotel, o que foi considerado uma forma de proselitismo.
Jeffrey Fowle foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados, mas foi libertado antes de completar seis meses de sua sentença.
Fontes: (The New York Times) (Associated Press) (Grunge) (BBC)
A Coreia do Norte é conhecida por ser uma das nações mais isoladas e sinistras do mundo. Muito do que acontece por lá, não temos conhecimento por causa do seu regime fechado, autoritário, com regras e leis tão rígidas que quem as viola (ou é acusado de violá-las) corre sério risco de acabar cumprindo pena graves em condições difíceis (incluindo muitas vezes trabalhos forçados). Foi o que ocorreu com vários estrangeiros que, por um motivo ou outro, se viram detidos do lado errado da fronteira.
Nesta galeria, mostramos alguns dos casos mais notáveis de cidadãos americanos que cruzaram a fronteira para a Coreia do Norte. Descubra o que aconteceu com essas pessoas que entraram no país sem autorização!
Pessoas que ousaram entrar na Coreia do Norte: O que aconteceu?
De desertores do exército a missionários religiosos
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