Viva mais, viva melhor
O câncer é considerado um fato trágico e injusto da vida desde o início dos tempos. O caso mais antigo documentado de câncer é encontrado em um antigo livro de papiro egípcio sobre cirurgia que remonta a 3000 a.C. É claro que a palavra "câncer" não aparece em nenhum lugar desta forma, mas certamente tecidos com a doença foram encontrados em humanos e outros animais muito antes do advento da escrita. Nos 5.000 anos desde a primeira descrição do câncer, as origens e causas da doença estiveram na vanguarda do estudo médico. Mesmo agora, no século XXI, ainda não há nenhum sinal de cura infalível à vista. É precisamente por essa razão que a prevenção da doença continua a ser uma prática eternamente importante.
Sem cura disponível e tratamentos cada vez mais caros, saber o que fazer e o que não fazer para diminuir as chances de desenvolver câncer é primordial. Por isso, clique na galeria para saber mais sobre a prevenção do câncer.
Como em qualquer ato de prevenção consciente, a base da prevenção do câncer é o conhecimento do que a pessoa está enfrentando, quais são as causas da doença e o que podemos fazer para melhor evitá-la. Com isso em mente, vamos começar com alguns conceitos básicos.
Não é segredo que o câncer é perigoso e mortal, mas o que é exatamente isso? O câncer começa como um tumor, um crescimento anormal que pode aparecer em qualquer lugar do corpo, dentro ou na superfície. Se não tratadas, as células cancerígenas podem escapar do tumor e começar a atacar o resto do corpo.
Todos os tipos de câncer, exceto a leucemia, começam com um tumor, mas existem diferentes tipos de tumores. Os tumores não são tão incomuns assim e, felizmente, muitos deles acabam sendo benignos ou não cancerígenos. As células que compõem os tumores benignos geralmente não são diferentes de outras células normais e saudáveis.
Os tumores perigosos são aqueles considerados malignos ou pré-malignos. Os tumores malignos são compostos por células cancerígenas, são capazes de crescer a uma taxa acelerada e, eventualmente, se espalharão por todo o corpo se não forem controlados. Os tumores pré-malignos são aqueles que são detectados precocemente o suficiente para serem removidos ou tratados, mas que têm o potencial de se tornarem cancerígenos e se espalharem.
O tipo de câncer que se desenvolve a partir de um tumor depende de onde no corpo ele se origina. O carcinoma, o tipo mais comum de câncer, começa no revestimento celular de órgãos como pulmões ou estômago. Sarcoma é o câncer que se origina em tecidos como osso ou gordura.
Linfoma e mieloma são duas formas de câncer que começam no sistema imunológico do corpo. O linfoma começa no sistema linfático, que percorre todo o corpo, enquanto o mieloma começa nos glóbulos brancos do plasma, cujo trabalho no sistema imunológico é combater infecções.
A leucemia, câncer que começa na medula óssea e nos glóbulos brancos, é o único câncer que não se acumula em tumores. Isso o torna particularmente perigoso, pois é extremamente difícil de detectar em estágio inicial.
"Cânceres do sistema nervoso central" é um termo genérico que se refere a cânceres que começam no cérebro ou ao longo da medula espinhal. Muitos tumores do sistema nervoso provam ser benignos, mas tumores malignos que afetam o sistema nervoso podem ser particularmente dolorosos e mortais.
O câncer pode parecer um fato trágico que afeta o mundo inteiro igualmente, mas isso está longe de ser verdade. Fatores como acesso a cuidados de saúde acessíveis, poluição e condições de trabalho seguras inclinam as taxas globais de câncer na mesma direção da segurança financeira. De fato, 70% das 10 milhões de mortes globais anuais por câncer ocorrem em países e áreas de baixa e média renda.
O tabagismo é responsável por um terço das mortes por câncer em todo o mundo. Outras causas primárias são obesidade mórbida, má alimentação e consumo excessivo de álcool.
Para muitas pessoas ao redor do mundo, o primeiro e mais imediato perigo do câncer é o preço. Para alguns, a prevenção é a única arma à sua disposição contra o câncer. Em alguns lugares, como os Estados Unidos, o custo do tratamento de câncer raramente é inferior a US$ 51.000. Esse custo assustador pode tornar o tratamento uma impossibilidade para os mais vulneráveis do mundo.
Estatísticas retiradas dos Estados Unidos em 2021 mostram que 67% dos pacientes com câncer que recebem tratamento sobrevivem por pelo menos cinco anos após o diagnóstico. Esse percentual cai para 18% para quem vive por mais 20 anos após o diagnóstico. Estima-se que apenas uma em cada 100 mil pessoas diagnosticadas com câncer sobreviverá se não conseguir tratamento ou optar por não recebê-lo.
Apesar dos melhores esforços de cientistas e profissionais médicos em todo o mundo, uma cura infalível para o câncer continua a nos escapar.
Com o que sabemos sobre o custo do tratamento do câncer e a incerteza de tratamento disponível, o velho ditado de "mais vale prevenir do que remediar" começa a soar verdadeiro. A prevenção é, sem dúvida, a proteção mais viável e eficaz contra o câncer.
Certificar-se de que você está em dia com suas vacinas pode ser seu bilhete para uma vida livre do câncer. Em particular, as vacinas contra HPV e hepatite B previnem dezenas de milhares de diagnósticos de câncer todos os anos. O papilomavírus humano, ou HPV, causa 90% de todos os cânceres cervicais, enquanto a hepatite B é a principal causa de câncer de fígado em todo o mundo.
Prevenção é sinônimo de evitação. Tudo o que sabemos que pode aumentar as chances de câncer deve ser controlado e evitado de maneira adequada.
Existem muitos fatores de risco que podem levar ao câncer, mas eles são divididos principalmente em duas categorias. A primeira categoria consiste em fatores de risco modificáveis, ou seja, são as causas do câncer que estão dentro do controle do próprio indivíduo. Estima-se que 40% das mortes globais por câncer têm potencial para prevenção, pois são causadas por fatores de risco modificáveis.
Exemplos de fatores de risco modificáveis incluem consumo de álcool e tabaco, alimentação, peso corporal em uma extensão razoável, ter relações íntimas seguras e proteger-se de raios solares potencialmente perigosos.
Os fatores de risco que estão entrelaçados com a vida ou o corpo de um indivíduo são conhecidos como fatores de risco não modificáveis. A idade, por exemplo, é incontrolável e está diretamente correlacionada com o risco de câncer.
A genética também é considerada fator de risco não modificável. Um histórico de câncer na família de um indivíduo não significa que ele está condenado a uma morte relacionada ao câncer, mas significa que está em um risco aumentado de desenvolver tumores cancerígenos.
Fazer exames regulares de rastreio de câncer é a melhor maneira de se certificar de que o câncer será encontrado a tempo de ser removido através de cirurgia. Os rastreios estão disponíveis para a maioria dos tipos de câncer e são cada vez mais recomendados à medida que progredimos ao longo da vida.
Os exames de câncer de mama são recomendados para mulheres com mais de 40 anos, mas as chances de desenvolver esse tipo de doença caem após os 74 anos. O rastreio do colo do útero é recomendado entre os 21 e os 65 anos, enquanto os rastreios do câncer de pulmão são aconselháveis para fumantes (tanto os que ainda fumam, como os que já fumaram e pararam) entre os 50 e os 80 anos.
Embora o rastreamento seja a melhor e mais confiável maneira de detectar o câncer precocemente, existem outros sinais empiricamente observáveis que você pode ficar de olho.
Quaisquer alterações graves ou inexplicáveis em sua fisiologia devem ser tratadas com seriedade. Sangue inexplicável na tosse ou fezes, fadiga, dor e novos e estranhos caroços no corpo são apenas alguns fenômenos a serem observados.
Falar sobre câncer é difícil, mas é importante saber a nomenclatura por precaução. O câncer é geralmente descrito pela técnica de estadiamento TNM. T, para tumor, relaciona-se com as dimensões do tumor primário; N, para os gânglios (nodes, em inglês), indica se as células cancerígenas atingiram ou não os gânglios linfáticos do paciente; M, para metástase, que sinaliza se o câncer se espalhou de sua área inicial para outra parte do corpo.
Os gânglios linfáticos são tão centrais nas conversas sobre a disseminação do câncer porque atuam como filtros e portas de entrada para o resto do corpo, através do sistema linfático. Uma vez que o câncer atingiu os gânglios linfáticos, as chances dele se espalhar para outras partes do corpo são muito maiores.
Para chegar aos gânglios linfáticos e outras partes do corpo, as células cancerígenas devem passar por um processo chamado metástase. Através da metástase, essas células tornam-se capazes de se separar do tumor primário, viajar e religar-se a outro lugar do corpo. Essas novas massas de câncer são conhecidas como metástases.
Indivíduos diagnosticados com câncer ainda têm uma riqueza de ferramentas à sua disposição para combater e, esperançosamente, vencer sua doença. Além do imprescindível tratamento, manter as técnicas de prevenção do câncer também pode ajudar a tornar a recuperação mais provável.
Infelizmente, é um mito que o pensamento positivo pode ter um efeito físico nas células cancerígenas. No entanto, terapia apropriada, grupos de apoio e conversas produtivas sobre câncer e sua imensidão de efeitos colaterais podem ter um impacto efetivo de mudança na vida de um paciente, além de ajudar a reduzir o risco de desenvolver transtornos de humor graves, como depressão ou ansiedade.
Pessoas que sobreviveram ao câncer podem ter um impacto incrível na conscientização e prevenção da doença. Navegar pela sobrevivência pode ser difícil e confuso depois que enfrentamos a própria mortalidade, mas isso também pode se tornar um catalisador de energia para ajudar os outros a fazer o melhor para evitar a mesma dor.
Fontes: (Union for International Cancer Control) (World Health Organization) (Cancer.Net)
Dá para vencer o Câncer? Essas estratégias de prevenção podem diminuir risco da doença
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O câncer é considerado um fato trágico e injusto da vida desde o início dos tempos. O caso mais antigo documentado de câncer é encontrado em um antigo livro de papiro egípcio sobre cirurgia que remonta a 3000 a.C. É claro que a palavra "câncer" não aparece em nenhum lugar desta forma, mas certamente tecidos com a doença foram encontrados em humanos e outros animais muito antes do advento da escrita. Nos 5.000 anos desde a primeira descrição do câncer, as origens e causas da doença estiveram na vanguarda do estudo médico. Mesmo agora, no século XXI, ainda não há nenhum sinal de cura infalível à vista. É precisamente por essa razão que a prevenção da doença continua a ser uma prática eternamente importante.
Sem cura disponível e tratamentos cada vez mais caros, saber o que fazer e o que não fazer para diminuir as chances de desenvolver câncer é primordial. Por isso, clique na galeria para saber mais sobre a prevenção do câncer.