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Durante séculos, pessoas de todo o mundo usaram uma variedade de métodos para conservar alimentos para consumo posterior. Com a Idade Média não foi diferente. Numa sociedade em grande parte agrária, as pessoas precisavam armazenar seus alimentos contra ameaças como seca, fome e guerra. Além disso, certos métodos de preservação de alimentos ofereciam sabores particulares e únicos. Havia também a ideia de manter a comida de uma forma que fosse mais fácil para os soldados, comerciantes e peregrinos transportá-la. Como os alimentos eram preservados dependia muito do que era o alimento em questão e qual o efeito particular desejado.
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A secagem era usada para preservar todos os tipos de alimentos, inclusive grãos como centeio e trigo. Estes eram secos ao sol ou ao ar antes de serem armazenados.
As frutas eram secas ao sol nos climas mais quentes e em estufa nas regiões mais frias, inclusive a polêmca uva passa.
Na Escandinávia, onde as temperaturas caíam a temperaturas congelantes, o bacalhau era seco ao ar livre.
A carne também pode ser conservada através da secagem. O método envolvia primeiro cortá-la em tiras finas e, em seguida, salgá-la levemente.
Em regiões mais quentes, podia-se simplesmente secar carne sob o sol quente do verão. Mas em climas mais frios, a secagem ao ar conseguia ser feita na maioria das épocas do ano, seja ao ar livre ou em abrigos.
A salga era a maneira mais comum de preservar os alimentos, pois retirava a umidade e matava as bactérias. Também era usado em conjunto com outros métodos, como secagem e defumação.
Um método de salgar a carne era pressionar o sal seco nela e, em seguida, colocar os pedaços em camadas num recipiente com mais sal. Se a carne fosse preservada assim no tempo frio, poderia durar anos. Misturas de vegetais e ervas também eram conservadas colocando-as em camadas de sal e fechando os alimentos num recipiente selado.
Embora não seja eficaz a longo prazo, preservar alimentos em salmoura também era um método bastante usado. Esse método mantinha os alimentos comestíveis durante uma ou duas estações.
A primeira coisa que um cozinheiro fazia quando preparava uma comida salgada para consumo era mergulhá-la em água doce. Mas não importava o quanto de imersão fosse feito, era quase impossível remover todo o sal.
Transformar legumes frescos e outros alimentos em picles era uma prática comum na Europa medieval. Este método não só preservava alimentos frescos por meses, como também os infundia com sabores fortes.
A processo mais simples era feito com água, sal e algumas ervas. Vinagre e limão também eram adições populares para uma variedade de sabores de picles.
Uma vez que o alimento tinha sido completamente infundido pela solução de picles, ele era colocado num frasco ou outro recipiente, com o líquido em que tinha marinado.
Defumar era outra maneira comum de preservar a carne, especialmente peixe e carne suína. Neste método, a carne era embebida em sal e, em seguida, pendurada sobre um fogo para absorver o aroma da fumaça à medida que secava lentamente.
O sal era útil porque afastava as moscas, impedia o crescimento de bactérias e acelerava a remoção da umidade.
Os frutos e frutas eram frequentemente secos, mas outro método de conservá-los após a estação era selá-los em mel.
Usado como conservante por milhares de anos, o mel não se limitava a preservar apenas frutas. Às vezes, as carnes também eram armazenadas em mel.
Hoje o termo confit às vezes se refere a um tipo de conserva de frutas, mas na Idade Média era o método da carne ser cozida em sua gordura. Confits eram feitos principalmente de carne de pato ou suína.
Para fazer confits, a carne era salgada e cozida por muito tempo em sua própria gordura. Era mais tarde resfriada, selada e armazenada em um local fresco. Confiits podem durar meses.
A maioria dos métodos de preservação de alimentos envolvia parar ou retardar o processo de decomposição. No entanto, a fermentação acelera isso.
O produto mais comum da fermentação era (e ainda é) o álcool. Assim como hoje, o vinho era fermentado a partir de uvas, o hidromel a partir do mel e a cerveja a partir de grãos.
A sidra era fermentada a partir de maçãs e peras. Os anglo-saxões faziam uma bebida chamada "perry" de peras fermentadas.
Outro produto da fermentação é o queijo. Mas apesar do leite bovino também ser usado, era mais comum durante a Idade Média, o uso de leite de ovelha e de cabra.
Como o clima da maior parte da Europa era bastante temperado durante a Idade Média, o congelamento não era um método comum de preservar os alimentos.
Durante os invernos frios, o congelamento às vezes estava disponível nas regiões do norte. Em castelos e grandes casas, porões eram usados para manter os alimentos conservados no gelo do inverno. Eles eram mantidos preservados dessa maneira durante os meses mais frios da primavera e durante o verão.
Abastecer uma sala de gelo com gelo era um trabalho árduo, por isso não era particularmente comum. Mais comum era o uso de salas subterrâneas para manter os alimentos frescos e duradouros.
Fontes: (ThoughtCo.) (Discover Magazine)
Como a comida não estragava antes de existir geladeira e congelador
Esses métodos mantinham os alimentos frescos muito antes da existência das geladeiras
Alimentação História
Durante séculos, pessoas de todo o mundo usaram uma variedade de métodos para conservar alimentos para consumo posterior. Com a Idade Média não foi diferente. Numa sociedade em grande parte agrária, as pessoas precisavam armazenar seus alimentos contra ameaças como seca, fome e guerra. Além disso, certos métodos de preservação de alimentos ofereciam sabores particulares e únicos. Havia também a ideia de manter a comida de uma forma que fosse mais fácil para os soldados, comerciantes e peregrinos transportá-la. Como os alimentos eram preservados dependia muito do que era o alimento em questão e qual o efeito particular desejado.
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