Viva mais, viva melhor
A temperatura média dos seres humanos é de cerca de 37°C. Embora possa variar entre 36,1°C e 37,2°C.
A temperatura corporal acima de 38°C é considerada febre - uma resposta do nosso sistema imunológico, geralmente a alguma forma de infecção ou doença.
Nossos corpos têm mecanismos de termoregulação e um deles é o processo de suor. Mas há algumas outras maneiras de nossos corpos tentarem nos manter dentro de uma temperatura saudável.
A primeira coisa que acontece quando está muito quente é que nosso cérebro começa a disparar mensagens para as glândulas sudoríparas para que elas aumentem a produção de suor.
Então, bombear mais sangue para a pele se torna primordial, o que é alcançado por um aumento na frequência cardíaca.
Ao bombear mais sangue para a pele, órgãos como rim, fígado e intestinos terão menos suprimento de sangue.
O impacto do sangue rico em oxigênio sendo desviado de órgãos vitais para a pele pode levar à falência de órgãos à medida que estes se tornam hipóxicos (com baixos níveis de oxigênio).
"Quando alguém tem insolação, o corpo fica tão quente que começa a desnaturar proteínas, por isso não consegue regular a temperatura do próprio corpo e, portanto, os órgãos principais podem falhar", diz Mike Tipton, professor da Universidade de Portsmouth.
"É mais provável que a pessoa tenha um ataque cardíaco, pois o sistema cardiovascular tem que se esforçar mais para espalhar o sangue pelos tecidos do que quando está frio", acrescentou Tipton.
Pode parecer contraproducente, mas o corpo de fato trabalha para deixar a pele mais quente do que a temperatura externa.
O objetivo disso é criar um fenômeno de transferência de calor chamado convecção, que consequentemente ajudará a afastar o calor de nós. Isso, no entanto, pode colocar uma pressão extra em um coração fraco.
O excesso de calor pode levar a diferentes estágios de doenças térmicas, tais como: queimaduras solares, desmaios, exaustão e insolação.
É nesse momento que ocorre a insolação. Quando nosso corpo é incapaz de se resfriar, nossa temperatura interna começa a ficar acima da nossa temperatura basal para algo mais próximo de 40°C ou 40,5°C.
Esse aumento de temperatura então começa a afetar o cérebro. Pode parecer uma dor de cabeça chata no início, mas as coisas podem ficar sérias se o tecido cerebral inchar.
Tonturas, confusão, perda de consciência e até hemorragia cerebral podem ocorrer como resultado da insolação.
Temos uma barreira em nosso intestino chamada junção apertada (ou de oclusão), que impede as bactérias de entrarem em nossa corrente sanguínea. Quando nosso corpo atinge temperaturas muito extremas, essa barreira para de fazer seu trabalho.
Isso resulta em endotoxinas sendo liberadas na corrente sanguínea, o que provavelmente desencadeará uma resposta inflamatória do sistema imunológico.
Como a maioria das pesquisas é conduzida em pessoas que realmente morreram de insolações, bem como animais em laboratórios, ainda há muita coisa que não sabemos sobre isso.
Embora o calor extremo certamente possa matar qualquer um, acredita-se que bebês e pessoas com mais de 65 anos estejam em maior risco.
Aqueles com menores rendimentos, que são mais propensos a morar em apartamentos sem acesso a ar condicionado, também sofrem maior risco.
Ventiladores são usados em todo o mundo para manter as pessoas refrescadas, mas, de acordo com um estudo, eles não são adequados para todas as condições.
O estudo descobriu que ventiladores, quando usados em condições quentes e úmidas, são eficazes no resfriamento da temperatura corporal e na redução da tensão cardiovascular.
No entanto, os ventiladores não pareciam ter o mesmo efeito em condições de calor seco, onde provou-se que eles realmente podem ter efeito oposto, aumentando a temperatura corporal. Esse é o caso da maior parte dos países do hemisfério norte.
A desidratação também é uma causa bastante comum de morte quando se trata de hipertermia. Suamos mais e o sangue engrossa, aumentando o risco de coagulação.
A desidratação afeta nossas habilidades cognitivas, o que significa que o cérebro terá problemas em enviar os sinais certos para o corpo.
Existem alguns passos que as pessoas podem tomar para manter a calma durante o calor extremo e minimizar os riscos. Estes incluem ficar dentro de casa (ou ir para algum lugar resfriado com ar condicionado, como um shopping, por exemplo).
Mantenha-se hidratado, minimize sua exposição aos raios solares, use roupas leves e respiráveis, evite exercícios vigorosos, coma alimentos leves e tome um banho de água fria.
E, claro, não se esqueça de verificar aqueles que estão em maior risco e manter-se informado sobre a previsão do tempo.
Fontes: (Sky) (Canada's National Observer) (Annals of Internal Medicine)
O mundo vem sendo atingido por temperaturas extremas. As pessoas lutaram recentemente, durante o verão no Hemisfério Norte, para manter a calma diante do calor infernal e os incêndios florestais não deram trégua. Inclusive o Brasil tem sofrido cada vez com as ondas de calor e sensações térmicas sufocantes. E com as alterações climáticas isso tem piorado ainda mais. Temperaturas extremas (e recordes) continuam causando estrago e as pessoas continuam morrendo como consequência disso.
Mas o que realmente acontece, sob um calor severo, com o corpo de uma pessoa que pode levar à morte? Na galeria, descubra como e por que as pessoas morrem de calor extremo.
Como as pessoas morrem de calor extremo?
Brasileiros têm sofrido com sensações térmicas extremas!
SAÚDE Corpo
O mundo vem sendo atingido por temperaturas extremas. As pessoas lutaram recentemente, durante o verão no Hemisfério Norte, para manter a calma diante do calor infernal e os incêndios florestais não deram trégua. Inclusive o Brasil tem sofrido cada vez com as ondas de calor e sensações térmicas sufocantes. E com as alterações climáticas isso tem piorado ainda mais. Temperaturas extremas (e recordes) continuam causando estrago e as pessoas continuam morrendo como consequência disso.
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