Quais os grupos criminosos mais perigosos da atualidade no país?
Ao longo da história, as práticas em torno da morte e do enterro têm sido muito estranhas. Retratos funerários vitorianos, onde o corpo de uma pessoa morta é posado para uma fotografia, são um bom exemplo disso. Em outros períodos, era prática comum salvar um pedaço do corpo de uma pessoa amada ou importante como lembrança, ou mesmo como uma relíquia. O oposto também acontecia, há muitas histórias em que partes do corpo foram mantidas para atormentar simbolicamente o falecido.
Sob muitas circunstâncias estranhas e horripilantes, algumas das figuras históricas mais famosas foram enterradas sem partes significativas do corpo! Em alguns casos, essas partes se tornaram mais famosas do que seus donos... Clique na galeria a seguir para saber mais sobre essas jornadas estranhas e macabras!
O exilado líder francês Napoleão Bonaparte morreu na ilha de Santa Helena em 1821. O médico que realizou sua autópsia disse que tirou uma lembrança bastante íntima do corpo do famoso governante.
O médico removeu a parte mais valiosa de Napoleão e deu a um padre. O padre deixou para sua família em Córsega quando morreu. Eles venderam para um livreiro inglês, que vendeu para um livreiro americano. As partes íntimas foram até colocadas em exposição no Museu de Arte Francesa de Nova York em 1927! Depois disso, foram compradas por US$ 3.000 por um respeitado urologista, que considerava o item um artefato precioso em seu campo.
Embora seja difícil acompanhar a autenticidade das partes do corpo viajando ao longo dos séculos, foi verificado que a parte corporal na posse do médico era definitivamente de um homem humano! Mas será que é mesmo de Napoleão?
São Francisco Xavier é lembrado por seu trabalho missionário e sua ajuda em fundar a ordem jesuíta. Quando ele morreu em 1552, seu corpo foi enviado para Goa, onde ele tinha feito muitos trabalhos. O evento foi recebido com muita emoção, com fiéis vindos de todos os lugares para ver o corpo, que não tinha visivelmente se decomposto.
A suposta falta de decomposição é uma característica comum nas lendas de muitos santos e acreditava-se que o corpo era puro e incorrupto. Evidências adicionais de sua santidade foram descobertas de uma maneira esquisitíssima.
Uma senhora que visitou seu corpo teria se curvado e mordido um de seus dedões do pé. Sangue fresco esguichou por toda parte como se ele ainda estivesse vivo. O dedo significou um milagre e foi passado na família dela por gerações. O resto do corpo é exibido como uma relíquia, mas o dedo do pé ainda está faltando.
Joaquim José da Silva Xavier, conhecido na história do Brasil como Tiradentes, foi enforcado e esquartejado no dia 21 de abril de 1792. O corpo foi dividido em quatro partes. As partes foram expostas em locais públicos para que outros não cometessem o mesmo erro de trair a Coroa portuguesa, evitando assim futuras rebeliões. A cabeça foi fincada no alto de uma estaca, no centro da praça principal da antiga Vila Rica, mas supostamente desapareceu na noite. Em 1965, foi proclamado Patrono Cívico da Nação Brasileira pela Lei 4.867.
Mas as duas grandes perguntas são: onde foi enterrado o mártir da Inconfidência Mineira e conseguiram reunir todos os membros do seu corpo no túmulo?
Segundo o portal Nova Escola, o que sobrou de seu corpo foi enterrado em segredo no altar da antiga Capela de Sant'Anna de Sebolas, atual Igreja Nossa Senhora de Sant’Anna de Sebollas, que fica no município de Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro.
O mistério do sumiço ou roubo da cabeça de Tiradentes até hoje intriga historiadores e moradores da antiga cidade que hoje se chama Ouro Preto, segundo o jornal Estado de Minas.
Na imagem, óleo sobre tela de Leopoldino de Faria (1836-1911) retratando a Resposta de Tiradentes à comutação da pena de morte dos Inconfidentes. Foto: Domínio Público
Era prática comum salvar os ossos e outras partes do corpo de santos ao longo da história e mantê-los como relíquias. Eles receberam grande significado religioso e acreditava-se que realizavam milagres, atraindo peregrinações e dando prestígio a quem tivesse a relíquia em sua posse. Isso aconteceu com São Nicolau, o santo que deu origem a lenda do Papai Noel.
Quando São Nicolau morreu, muitos de seus ossos foram salvos e exibidos em uma cidade chamada Myra, localizada na atual Turquia. Era comum as cidades organizarem o roubo de relíquias, então Bari, na Itália, contratou um grupo de ladrões que roubou os ossos e levou de volta. Eles ainda estão expostos na cidade de Bari hoje!
Oliver Cromwell é outra figura histórica que foi para o túmulo sem a cabeça. Cromwell liderou um exército contra o Rei Charles na Guerra Civil Inglesa do século XVII. A monarquia foi reintegrada após sua morte e o novo rei decidiu exumar seu corpo e removê-lo de seu local de enterro na Abadia de Westminster.
Em vez de enterrar novamente o corpo num local menos prestigiado, os monarquistas o penduraram na forca de Tyburn como uma execução simbólica. Sua cabeça foi mais tarde cortada e exibida em cima de um espigão de madeira fora de Westminster durante aproximadamente 30 anos.
Dizem que a cabeça caiu durante uma violenta tempestade e que um guarda a levou para casa. Ela passou por diferentes mãos na Inglaterra nos dois séculos seguintes e em 1800 várias pessoas alegaram tê-la em sua posse. O dono mais provável era um cirurgião chamado Josiah Henry Wilkinson. Testes científicos em 1934 sugerem que esta pode ter sido a cabeça de Cromwell. A família Wilkinson finalmente lhe deu um enterro apropriado em 1960.
Mata Hari era o nome de uma famosa dançarina exótica que foi condenada por espionagem durante a Primeira Guerra Mundial. Ela cresceu na Holanda, mas deixou o marido e mudou de nome para se tornar dançarina em Paris.
Os franceses acreditavam que ela estava trabalhando como espiã e compartilhando segredos de Estado com seus amantes alemães durante a guerra. Se era verdade ou mentira, não se sabe, mas, independentemente disso, ela foi condenada e executada em 1917. Nenhum familiar foi buscar seus restos mortais, então eles foram doados para o Museu de Anatomia.
No museu, sua cabeça foi embalsamada e exposta junto com outros criminosos de guerra daquela época. Décadas depois, em 2000, funcionários do museu perceberam que sua cabeça havia desaparecido. Por um longo tempo, ninguém ficou interessado em ver a cabeça e parecia que ela tinha desaparecido há anos. Suspeita-se que foi simplesmente perdida ou que alguém a roubou quando o museu mudou de prédio em 1954.
Quando o rei Luís XIV da França morreu em 1715, seu coração foi embalsamado e exibido ao lado do coração de seu pai numa igreja em Paris. O resto de seu corpo foi enterrado na Basílica de Saint-Denis. Durante a Revolução Francesa, essas relíquias da monarquia foram removidas e caíram em várias mãos diferentes.
Depois de passar por diferentes mãos ao longo dos anos, acredita-se que parte do coração acabou na posse da família Gentio Harcourt. Reza a lenda que um amigo inusitado do Harcourt deu um "fim" ao coração...
O geólogo William Buckland tinha a reputação de comer tudo e qualquer coisa. Sua exploração científica do reino animal também era gastronômica. Dizem que ele desfrutou de ratos na torrada como um lanche e provou de tudo, desde tartarugas até filhotinhos de cachorro. Ao visitar os Harcourts e ver sua posse única, ele teria dito: "Eu comi muitas coisas estranhas, mas nunca comi o coração de um rei antes." Ele então supostamente começou a comer o pedaço de coração mumificado!
Isso ia contra os últimos desejos do venerado cientista. Ele supostamente queria que seu corpo fosse cremado e as cinzas espalhadas em um local secreto, de modo a dissuadir a idolatria. O roubo do cérebro por Harvey foi descoberto alguns dias após a autópsia. De alguma forma, o médico conseguiu convencer o filho relutante de Einstein a conceder permissão para que mantivesse o cérebro pelo interesse da pesquisa científica.
Harvey (foto) cortou o cérebro em 240 pedaços, preservou-os em celoidina e armazenou-os em dois frascos. O médico entregou várias partes para vários patologistas e pesquisadores em todo o país, mas por muitos anos, esses frascos permaneceram intocados em seu porão. Foi em 1985 que Harvey e outros patologistas colaboradores finalmente publicaram um estudo sobre o cérebro de Einstein. Antes de sua morte em 2007, Harvey doou as peças restantes para o Museu Nacional de Saúde e Medicina perto de Washington, capital dos Estados Unidos.
George Washington era mais famoso por seus dentes de madeira, mas foi seu cabelo que resistiu ao teste do tempo! Dar de presente uma mecha de cabelo como lembrança era uma prática comum naquela época, então esses pedaços de cabelo se tornaram mercadorias quentes após sua morte.
O poeta Henry Wadsworth Longfellow herdou uma mecha do cabelo de Washington de seu avô, um congressista que havia trabalhado com Washington. O avô, por sua vez, havia recebido a mecha de cabelo da esposa de George Washington, Martha Washington, e isso se tornou uma herança de família. Em 1899, o cabelo foi doado para a Sociedade Histórica de Maine.
Um arquivista do Union College, em Nova York, fez uma descoberta incrível em 2018. Ele encontrou outro fio do cabelo de George Washington escondido em um envelope dentro de um almanaque de 1793. Estava acompanhado por uma carta que mostrava que tinha pertencido a Eliza Hamilton, a esposa do famoso político Alexander Hamilton.
Em 1807, a Família Real portuguesa e toda a corte se mudaram para sua colônia, o Brasil, como maneira de fugir da Invasão Francesa. No entanto, o Rei Dom João VI voltou para Portugal em 1921, deixando o nosso país aos cuidados de seu filho de 22 anos, Dom Pedro I, que serviu como Príncipe Regente por um curto período de tempo, antes de proclamar a Independência do Brasil.
Em 1822, Dom Pedro rejeitou as ordens para retornar a Portugal e decidiu declarar o Brasil um Estado independente, fato que se tornou oficial em 7 de setembro daquele ano. Dessa forma, Dom Pedro I se tornou o primeiro Imperador do Brasil e governou até 1831, quando renunciou e voltou para Portugal, deixando seu filho, D. Pedro II, ainda criança, como Príncipe Regente. Dom Pedro I então retornou para Portugal para ajudar sua filha, cujo trono havia sido usurpado pelo irmão dele, e se tornou Rei em Portugal, sob o título de Rei Dom Pedro IV.
Dom Pedro pegou tuberculose e morreu em 24 de setembro de 1834 aos 35 anos. Em seu leito de morte, ele pediu que seu coração fosse removido e enviado para a cidade do Porto, no norte de Portugal, para o altar da Igreja de Nossa Senhora da Lapa. Deste então, o órgão havia ficado por lá e seu corpo no Parque da Independência, em São Paulo, desde 1972. No entanto, o coração também veio fazer uma visita ao Brasil na comemoração dos 200 anos da Independência.
O Buda original, Gautama Buda, que fundou a religião budista, morreu entre 544 e 368 a.C. Ele foi cremado, mas um discípulo chamado Khema teria salvo um único dente da pira funerária.
Khema levou o dente para o reino Hindu, onde foi adorado por séculos. Depois disso, o dente viajou bastante. Muitos governantes estavam desesperados para possuí-lo, enquanto outros tentavam destruí-lo.
Eventualmente, o dente foi enviado para a cidade de Kandy, no Sri Lanka, durante o século XII, onde tem vivido desde então. A Igreja Católica tentou destruí-lo várias vezes, mas falhou. Agora o dente pode ser visto no Sri Dalada Maligawa, também conhecido como Templo do Dente.
O filósofo inglês Jeremy Bentham era um defensor da doação do corpo para a ciência após a morte. No entanto, ele tinha algumas ideias interessantes sobre como isso deveria funcionar. Anos antes de sua morte, Bentham escreveu um ensaio sobre o que ele chamou de "auto-ícone".
A ideia era a seguinte: quando alguém morre, sua família doa seu corpo para a ciência, mas pode ficar com o esqueleto e a cabeça. Seu esqueleto é vestido com suas roupas, que são então recheadas com feno para parecer mais realista. Eles colocam sua cabeça mumificada em cima, criando uma estátua horrível de você! Ou seria um espantalho?
Embora a ideia seja incrivelmente macabra, as razões de Bentham eram muito boas. Por um lado, significava que os cientistas teriam muitos corpos para estudar e treinar. Além disso, não haveria mais necessidade de lotes ou cemitérios caros. Ele também alegou que isso "diminuiria os horrores da morte", embora alguns contestem isso...
O próprio auto-ícone de Bentham ainda está em exibição no centro estudantil da University College London, embora sua verdadeira cabeça mumificada não esteja com ele. A cabeça foi originalmente colocada aos pés de Bentham, mas foi roubada por estudantes de uma faculdade rival em 1975. Quando foi devolvida, decidiram trancar a cabeça em um cofre.
O famoso astrônomo Galileu teve sorte de ser enterrado com todas as partes de seu corpo intactas. No entanto, quando seu corpo foi movido para um túmulo muito maior em Florença, quase um século depois, alguns fãs oportunistas fugiram com pedaços de seus restos mortais. Três dedos, um dente e uma de suas vértebras sumiram.
Um dedo foi levado por um antiquário chamado Anton Francesco Gori, que cuidou muito bem dele. O membro foi exibido na famosa Biblioteca Laureniana por um período, mas acabou no Museu de História da Ciência de Florença.
A vértebra pôde ser rastreada até a Universidade de Pádua, onde está em exibição até hoje. Os outros dois dedos e o dente desapareceram por vários séculos, mas um frasco com esses mesmos itens foi colocado em leilão na Itália em 2009 e vendido por uma ninharia. O comprador levou os ossos para o Instituto e Museu da História da Ciência, onde foi confirmado que eles pertenciam de fato a Galileu.
Fontes: (Mental Floss) (Time) (National Geographic) (BBC)
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Famosos que foram enterrados sem partes do corpo
Personalidades icônicas da História do Brasil estão na lista!
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Ao longo da história, as práticas em torno da morte e do enterro têm sido muito estranhas. Retratos funerários vitorianos, onde o corpo de uma pessoa morta é posado para uma fotografia, são um bom exemplo disso. Em outros períodos, era prática comum salvar um pedaço do corpo de uma pessoa amada ou importante como lembrança, ou mesmo como uma relíquia. O oposto também acontecia, há muitas histórias em que partes do corpo foram mantidas para atormentar simbolicamente o falecido.
Sob muitas circunstâncias estranhas e horripilantes, algumas das figuras históricas mais famosas foram enterradas sem partes significativas do corpo! Em alguns casos, essas partes se tornaram mais famosas do que seus donos... Clique na galeria a seguir para saber mais sobre essas jornadas estranhas e macabras!