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Esse foi um caso que chocou o mundo. Madeleine McCann, de 3 anos, desapareceu do apartamento alugado quando passava férias em Portugal, em 2007. A menina ficou sozinha com os irmãos e não foi mais vista desde então. Este é um dos casos criminais mais complicados da história, com provas não confiáveis, pistas falsas e suspeita policial sobre os pais.

Mas, em maio de 2025, a polícia alemã revelou a descoberta de um disco rígido pertencente a Christian Brueckner, o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann em 2007. Encontrado em 2016 sob os restos mortais de seu cachorro, o disco contém conteúdo perturbador, incluindo imagens ilegais envolvendo menores e textos que sugerem uma fixação por crianças pequenas. Os investigadores acreditam que essa evidência indica que Madeleine está morta. Brueckner, atualmente preso por crimes não relacionados, nega envolvimento no caso McCann.

Recentemente, neste ano, uma mulher polonesa defendeu que era Madeleine McCann. A jovem de 23 anos ganhou atenção mundial em 2023 após criar a conta do Instagram @IamMadeleineMcCann, onde questionava se era a criança que sumiu em 2007. Julia Wandelt foi presa pela polícia no Aeroporto de Bristol em 19 de fevereiro, sob suspeita de perseguir e assediar os pais de Madeleine McCann, Kate e Gerry McCann. A mulher tinha acabado de chegar de Wroclaw, Polônia, e estava prestes a se encontrar com uma amiga de Cardiff quando os policiais a cercaram na frente de passageiros chocados.

Julia Wandelt retornou ao Instagram com uma nova conta, @amijuliawandelt, onde compartilhou novos resultados de DNA, alegando que foram analisados por um "especialista mundial" na área. Ela diz que eles "apoiam fortemente" sua crença de que ela é parente de Gerry McCann, o pai da desaparecida Madeleine McCann. Os McCann se recusaram a participar dos testes que, de acordo com Julia, resultaram em uma correspondência de 69,23%.

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▲Primeiro de tudo, vamos conhecer Madeleine McCann. A menina tinha cabelo loiro, olhos azul-esverdeados e uma faixa escura na íris no olho direito. Ela tinha três anos no momento de seu desaparecimento.

▲Os pais, Gerry e Kate McCann, trabalhavam como médicos. Maddie nasceu em 2003 e tinha dois irmãos gêmeos, de dois anos na época do crime.

▲Em 28 de abril de 2007, a família McCann viajou para passar férias na Praia da Luz, em um resort na região do Algarve, em Portugal

▲Os McCann ficaram no apartamento 5A, na Rua Dr. Agostinho da Silva. A casa tinha duas entradas, uma na frente e outra atrás.

▲A família britânica estava de férias com sete amigos, que tinham oito filhos. O grupo jantou às 20h30 em restaurante do resort.

▲A turma de amigos havia reservado uma mesa para a última noite das férias. Os pais deixaram as crianças nos apartamentos, que não ficavam longe do restaurante.

▲Por volta das 21h05, Gerry voltou para checar como estavam os filhos no apartamento. Os pequenos estavam dormindo em um quarto próximo à porta da frente. Madeleine estava perto da porta do quarto e os gêmeos no meio . O que o intrigou é que a porta estava mais aberta do que ele lembrava ter deixado.

▲Dez minutos depois, Jane Tanner (uma das sete pessoas do grupo) supostamente viu um homem carregando uma criança.

▲Depois, descobriu-se que o homem era apenas mais um turista que voltava para casa no Ocean Club naquela noite.

▲Às 21h30, Matthew Oldfield, outro amigo do casal, ofereceu-se para ver como estavam as crianças no 5A, mas não olhou apropriadamente para dentro do quarto. A mãe foi então checá-las às 22h e descobriu que Madeleine estava desaparecida.

▲Kate correu de volta para o grupo gritando: 'Madeleine sumiu! Alguém a levou!'.

▲A polícia portuguesa foi notificada à meia-noite. Sessenta funcionários e hóspedes procuraram a menina até às 4h30 da manhã.

▲Às 22h, ao mesmo tempo em que Kate relatou que sua filha estava desaparecida, os turistas Martin e Mary Smith aparentemente viram um homem de aparência desconfortável carregando uma menina loira a 500 metros do 5A. A polícia se concentrou nessa pista, depois que o homem visto por Tanner foi descartado como suspeito.

▲Houve muitos erros cometidos após o desaparecimento da criança e os McCann entraram em confronto com a polícia portuguesa durante todo o caso.

▲Entre outras coisas, as polícias marítima e de fronteira não foram devidamente notificadas a tempo. Não houve buscas de casa em casa, nem bloqueios de estradas, afirmou Kate.

▲Além disso, as câmeras de segurança das estradas não foram solicitadas e as vias não foram adequadamente monitoradas. A Interpol demorou cinco dias para emitir o alerta mundial de pessoas desaparecidas.

▲Muitas pessoas no resort não foram entrevistadas e a cena do crime não foi devidamente protegida. Provas recolhidas por investigadores forenses foram enviadas para três laboratórios diferentes e cerca de 20 pessoas passaram pelo apartamento antes dele ser fechado.

▲Relatórios da polícia mostram que o apartamento 5A esteve vazio por um mês após Maddie desaparecer. Depois, o lugar, que era a cena de um crime, foi alugado por turistas até a retomada das investigações em 2007.

▲O caso se espalhou em todo o mundo. Maddie tornou-se "a pessoa desaparecida mais noticiada na história moderna", segundo o Daily Telegraph.

▲A intensa cobertura da mídia acabou por atrapalhar o trabalho da polícia, que aparentemente desconfiava dos McCann desde o início.

▲Os McCann foram criticados por terem "feito marketing" do desaparecimento da menina. Em entrevista à Vanity Fair, Gerry disse que ele e a esposa divulgaram o caso para a imprensa para que o público tivesse conhecimento da história e para que sua filha desaparecida fosse procurada.

▲A família McCann montou uma equipe de relações públicas e criou um fundo para arrecadar dinheiro e para conscientização. Devido à repercussão nas redes sociais, o caso recebeu uma atenção sem precedentes em todo o mundo.

▲Doze dias após o sumiço de Maddie, Robert Murat (homem britânico-português) tornou-se o primeiro suspeito formal do caso. Ele disse estar a 137 metros do 5A, na mesma direção que o homem visto por Tanner estava andando.

▲Murat foi visto por várias testemunhas e as investigações envolvendo ele terminaram em 15 de maio. O suspeito foi inocentado em 2008.

▲Os McCann alugaram um carro Renault Scenic em 27 de maio. Cães farejadores teriam reagido dentro do carro, implicando potencialmente que Madeleine teria estado lá. Em 6 de junho, o casal foi questionado sobre seu envolvimento por um jornalista alemão.

▲Sol, um jornal português, publicou um artigo crítico sobre os McCann no fim daquele mês. Entre outras coisas, a matéria apontou inconsistências na noite em que Madeleine desapareceu.

▲Em julho de 2007, a polícia começou a suspeitar que não houve sequestro e que Madeleine havia morrido no apartamento.

▲Testes de DNA no carro foram inconclusivos, mas os McCann tornaram-se suspeitos oficiais em 7 de setembro. O casal retornou ao Reino Unido dois dias depois.

▲Depois disso, não aconteceu muita coisa. O inspetor-chefe Gonçalo Amaral (foto) deixou o caso meses depois dos McCann saírem de Portugal e publicou um livro acusando o casal de estar envolvido no crime. Os McCanns tentaram processar Amaral, mas sem sucesso.

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O procurador-geral português fechou a investigação em 21 de julho de 2008 e, mais tarde, em 2013, reabriu o caso. O Reino Unido também tem investigado o caso, muitas pistas surgiram, mas nada conclusivo foi encontrado. Em 2019, o custo total do inquérito já rondava as 12 milhões de libras (cerca de 15 milhões de dólares). Os McCann não são mais suspeitos em Portugal e são considerados inocentes no Reino Unido.

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Em junho de 2020, reportagens revelaram que um novo suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann havia sido identificado. Trata-se de Christian Brueckner, um alemão de quarenta e poucos anos que está atualmente na prisão. Em abril de 2022, os promotores portugueses passaram a considerar Brueckner um suspeito formal, embora não tenham revelado oficialmente seu nome, segundo a BBC.

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O homem cumpre pena por crimes s-xuais e a polícia alemã confirmou que ele tem duas condenações anteriores por "contato íntimo com meninas", além de também ter cometido assaltos a hotéis e resorts e de ter vendido drogas.

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Foram encontradas conexões do suspeito com Praia da Luz, no Algarve, Portugal, no momento em que Madeleine desapareceu. A polícia ligou o homem a uma casa perto da cidade, bem como a dois veículos: uma van Volkswagen e um Jaguar (semelhantes aos da foto).

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A polícia alemã vem tratando a investigação como um inquérito de homicídio, embora não haja provas definitivas se Madeleine está viva ou não. A polícia tem feito apelos para que as testemunhas se apresentem, pois acredita que há outras pessoas que possam saber o que aconteceu.

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A polícia confirmou que o suspeito recebeu um telefonema horas antes do desaparecimento de Madeleine e acredita que o indivíduo que fez a chamada tem informações vitais. O apelo das autoridades é que qualquer pessoa que tenha tido medo de se pronunciar naquela época, se manifeste o quanto antes.

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Em 2022, a Scotland Yard anunciou que a Polícia Metropolitana estava encerrando sua investigação de 11 anos sobre o desaparecimento de Madeleine, embora as autoridades em Portugal tenham dito que a investigação continuará. Na véspera do 15º aniversário do desaparecimento da menina, seus pais, Kate e Gerry McCann, escreveram um post no Facebook dizendo que este ano "não parece mais difícil do que qualquer outro, mas também não é mais fácil".

"Muitas pessoas falam sobre a necessidade de 'fechamento'. Sempre pareceu um termo estranho. Independentemente do resultado, Madeleine sempre será nossa filha e um crime verdadeiramente horrível foi cometido. Essas coisas permanecerão. É verdade, porém, que a incerteza cria fraqueza; o conhecimento e a certeza dão força e, por isso, é essencial a nossa necessidade de respostas".

Eles também expressaram sua gratidão aos seus apoiadores e às autoridades do Reino Unido, de Portugal e da Alemanha por seu trabalho. "É um enorme conforto saber que, independentemente do tempo passado, Madeleine ainda está no coração e na mente das pessoas. Obrigado", disseram.

▲Em fevereiro de 2023, uma polonesa chamada Julia Wandelt afirmou que poderia ser a resposta para o mistério. Wandelt começou a postar em uma conta no Instagram chamada @iammadeleinemccann explicando os motivos pelos quais acredita ser a garota que desapareceu. Além de ter a mesma marca no olho que Madeleine, Wandelt afirma que foi vítima de abuso s-xual pelo criminoso alemão que era um dos principais suspeitos do caso, segundo relatos do Daily Record do Reino Unido. No entanto, um teste de DNA provou que Wandelt não é Madeleine. Ela agora afirma que seu exame de DNA é compatível com o pai de Maddie, aumentando sua crença de que ela é parente de Gerry McCann. Os McCann se recusaram a participar dos testes que, de acordo com Julia, resultaram em uma correspondência de 69,23%.

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Enquanto ainda cumpria sua pena, Christian Brueckner compareceu novamente ao tribunal na Alemanha em fevereiro de 2024 para enfrentar mais cinco acusações hediondas relacionadas a crimes s-xuais ocorridos no Algarve na década seguinte ao desaparecimento de McCann.

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Em outubro de 2024, Brueckner foi absolvido de todas as acusações devido a evidências insuficientes. No entanto, ele permanece na prisão até setembro de 2025 por sua condenação anterior. Enquanto isso, ele ainda é o principal suspeito nas investigações em andamento em vários países sobre o desaparecimento de Madeleine McCann.

Fontes: (BBC) (Telegraph) (Independent) (DailyMail) (SIC)