Nesta quinta-feira (11), repercutiu em toda a imprensa os bastidores de uma entrevista coletiva do prefeito do Rio de Janeiro, o bispo Marcelo Crivella, com repórteres de diversos meios de comunicação, onde o político acabou atacando uma jornalista da Globo, que questionou sobre o que seria feito para minimizar os estragos feitos pelas chuvas que vem atingindo a cidade.

Na ocasião, Crivella preferiu atacar a emissora carioca do que falar quais seriam as medidas tomadas por ele: "É impressionante como a Globo faz campanha contra o Rio de Janeiro. Por isso que o presidente Bolsonaro já não dá mais crédito para vocês. Desde que eu nasci a Globo faz drama com problemas corriqueiros”, iniciou em seu ataque.

E continuou: “Lamentamos profundamente nossas tragédias, mas é preciso aprender com elas. E não fazer campanha política, não fazer exploração. O que a Globo quer é dinheiro em sua propaganda. O que ela quer é que a gente faça uma festa no carnaval e ela possa vender R$240 milhões com a prefeitura pagando. E isso é chantagem. Seguramente não vão colocar isso no ar”, disparou e ainda afirmou que a Globo não iria colocar a declaração no ar.

Mais tarde, a emissora carioca colocou as imagens no ar e deu seu posicionamento através de uma nota, lida pelo âncora do 'Jornal Nacional': “A Globo cobriu uma tragédia que tirou a vida de dez cariocas. E cumpriu a obrigação jornalística de mostrar que a prefeitura demorou a acudir a população”, declarou William Bonner, destacando as mortes e prejuízos para população. Depois, prosseguiu e comentou sobre os direitos do Carnaval, onde o apresentador considerou as afirmações de Crivella “descabidas”. “A Globo compra os direitos de transmissão das escolas de samba –e paga um valor quase seis vezes maior do que aquele que elas recebem de subvenção da prefeitura”, disse.

Vale lembrar que Marcelo Crivella, é sobrinho do bispo Edir Macedo, dono da RecordTV e concorrente da TV Globo.

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