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De acordo com a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, um tsunami atingirá o Mediterrâneo nos próximos 30 anos. A zona de perigo é relatada como sendo a falha de Averroes abaixo do Mar de Alborán, que fica a meio caminho entre o litoral de Málaga, na Espanha, e o Norte da África. Isso, naturalmente, levanta preocupações sobre o impacto potencial nas regiões costeiras: quão mortal seria um tsunami no Mediterrâneo? E será que dá tempo para fugir desse desastre natural?

Para as respostas a essas perguntas e muito mais, leia esta galeria agora!

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Segundo o jornal espanhol La Razon, a zona de perigo é a falha de Averroes, abaixo do Mar de Alborán, localizada entre a costa de Málaga e o norte da África.

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Uma falha geológica é uma rachadura ou quebra na superfície da Terra onde dois pedaços da crosta terrestre se movem um sobre o outro. Um tsunami é causado quando uma falha geológica subaquática se move repentinamente, geralmente devido a um terremoto.

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Especialistas dizem que um terremoto sob o Mar de Alborán poderia causar ondas de seis metros, que poderiam atingir a Espanha em apenas 21 minutos. Estima-se que os moradores que vivem no litoral teriam 35 minutos para fugir para o interior.

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Se houvesse um terremoto perto da Argélia, um tsunami poderia cruzar o mar até a Espanha em uma hora e 15 minutos.

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Sismógrafos monitoram e registram terremotos. Como a maioria dos tsunamis é desencadeada por terremotos subaquáticos, detectar um terremoto significativo ajuda a avaliar o potencial de um tsunami.

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Os sistemas de alerta de tsunami usam uma rede de sensores e boias no oceano para medir mudanças no nível do mar. Quando ocorre um terremoto, esses sensores podem detectar ondas anormais e emitir alertas antecipados.

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Estudar tsunamis passados e seus impactos ajuda os especialistas a entender quais áreas estão em maior risco e melhora os métodos de previsão.

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De acordo com registros, houve cerca de 100 tsunamis no Mediterrâneo e mares vizinhos desde o início do século XX. Isso equivale a aproximadamente 10% do total de tsunamis do mundo no período.

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Em 21 de julho de 365 d.C., um terremoto com magnitude de 8,5 ou mais ocorreu no Mar Mediterrâneo Oriental. Acredita-se que o epicentro tenha sido próximo à ilha de Creta. O terremoto foi seguido por um tsunami que matou milhares de pessoas e arremessou navios três quilômetros para o interior.

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Tsunamis no nordeste do Atlântico são menos comuns, mas em 1755 um terremoto de magnitude 8,5 desencadeou um tsunami que destruiu a maior parte de Lisboa, capital de Portugal.

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Hélène Hébert, coordenadora nacional do CENtre d’ALerte Tsunami (CENALT) da França, não espera que as ondas atinjam alturas de 20 metros, como visto no Japão ou no Chile. Será mais como um ou dois metros.

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Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9,0 atingiu a costa nordeste do Japão e desencadeou um tsunami de até 30 metros de altura que arrastou até cinco quilômetros para o interior.

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O terremoto e tsunami de Tōhoku em 2011 causou mais de 13 mil mortes e custou US$ 309 bilhões em danos, tornando-se o desastre mais custoso do mundo.

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Em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,2-9,3 atingiu o epicentro na costa oeste do norte de Sumatra, na Indonésia.

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Um tsunami com ondas de até 30 metros devastou comunidades ao longo das costas vizinhas do Oceano Índico. Matou cerca de 227.898 pessoas, tornando-se um dos desastres naturais mais mortais da história.

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Embora o tamanho do tsunami seja extremamente perigoso, os fluxos e as correntes de água e as inundações podem causar danos a praias, ruas e portos.

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Em 2022, a UNESCO realizou uma missão nas Ilhas Eólias, na costa da Sicília, para investigar o risco de seus vulcões subaquáticos. A organização anunciou um plano para treinar todas as comunidades costeiras em risco sobre o que fazer em caso de tsunami até 2030.

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Na Espanha, o Plano Estadual de Proteção Civil contra Riscos de Tsunamis tem um sistema de alerta precoce para identificar terremotos subaquáticos e um plano para que as autoridades mantenham a segurança do público.

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Se um tsunami tiver origem no Cabo de São Vicente, Portugal, ele chegará à costa espanhola de Cádiz em 40 minutos, deixando as autoridades e os moradores com menos de uma hora para se prepararem. Embora as chances de um tsunami em Cádiz sejam de apenas 10% nos próximos 50 anos, a cidade de Chiponia tem como objetivo ser o primeiro município espanhol "pronto para tsunamis".

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A primeira onda de uma sequência de tsunami geralmente não é a maior, então, se você vir uma onda anormalmente grande, ondas ainda maiores podem surgir depois.

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Se você ouvir um som estrondoso no mar, semelhante ao de um trem ou avião, pode ser um sinal de que um tsunami está se aproximando.

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Se o mar recuar repentinamente, expondo o fundo do oceano, ou se o nível da água subir repentinamente, um tsunami pode estar se aproximando.

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Se houver um terremoto e você estiver em uma zona de risco de tsunami, vá para um lugar alto o mais rápido possível assim que o tremor de terra parar.

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Estradas podem ficar danificadas ou bloqueadas após um terremoto, então tente andar em terreno aberto o máximo possível. Você também deve deixar as estradas livres para veículos de emergência passarem.

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Se você não puder ir para um lugar mais alto, suba as escadas para chegar ao terceiro andar ou mais alto em um prédio resistente.

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Fique longe das áreas costeiras até que as autoridades emitam o sinal verde de fim de alerta ou de que está tudo bem.

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Vá para o interior o máximo que puder. Tsunamis podem viajar até 16 quilômetros para o interior em alguns casos, mas o formato e a inclinação da linha costeira influenciam o quão longe eles podem chegar.

Fontes: (Euronews) (Ocean Today) (BBC)