As eleições presidenciais deste ano será a primeira, desde a redemocratização, em que não ocorrem debates entre os candidatos no segundo turno. Isso porque, o representante do PSL, Jair Bolsonaro, declinou os convites das emissoras TV para encontrar Fernando Haddad, do PT, para discutirem os planos de governo de cada um.

Nesta segunda-feira (22), a Globo anunciou que desistiu do debate entre os candidatos em virtude de Bolsonaro recusar o convite por “questões médicas”. Já Haddad informou que estava disposto a participar de todos os encontros.

Anteriormente, a Band tinha marcado seu debate para o dia 11, a Gazeta, em parceria com o Estadão, para 14 de outubro, a RedeTV! se programou para o dia 15 e o SBT para o dia 17. Porém, nenhum deles conseguiu ser realizado e, mesmo assim, a Globo tinha mantido a esperança que o candidato do PSL aceitasse participar do encontro com o opositor. O que não acabou acontecendo.

Para a Globo, a assessoria de Bolsonaro explicou que “apesar de o Dr. Antonio Macedo ter reduzido o nível de restrição de suas atividades rotineiras, o candidato continua com limitações em virtude da bolsa de colostomia”. Como não há “controle intestinal" o “preenchimento total pode ser rápido e inesperado, podendo levar ao rompimento da bolsa, o que gera extremo desconforto e constrangimento ao paciente. Além disso, por orientação médica, ele ainda deve evitar esforço físico, estresse excessivo ou ficar muito tempo em pé”. 

Vale lembrar que na última quinta-feira (18), o médico cirurgião Antonio Luiz Macedo, que acompanha o político, disse para o jornal 'Folha de S. Paulo' que a presença de Bolsonaro em debates na televisão depende do próprio candidato, afirmando que o presidenciável “apresenta boa evolução clínica” . Nas redes sociais, Bolsonaro está sendo 'acusado' pela oposição de estar fugindo dos debates, uma vez que já foi liberado pelo próprio médico.

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