Tortura musical: O uso de músicas famosas em interrogatórios

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Red Hot Chili Peppers -

A CIA supostamente usou as músicas dessa banda em um looping eterno para torturar prisioneiros na Baía de Guantánamo.

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'Bodies', de Drowning Pool - Os militares dos EUA sabiam que muitos povos não ocidentais não estavam familiarizados com o heavy metal e propositalmente tocavam músicas altas, duras e agressivas como 'Bodies', do grupo Drowning Pool, na Baía de Guantánamo.

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'I Love You', de Barney e Amigos - Essa canção do programa infantil é supostamente uma das músicas de tortura mais "excessivamente usadas" na lista de reprodução da CIA. O criador da faixa, Bob Singleton, "apenas riu" quando ouviu falar desse uso, mas nunca a ouviu em altíssimo som por semanas a fio...

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'We Are the Champions', de Queen - Um veterano da Marinha dos EUA era um informante do FBI disfarçado no Iraque quando foi capturado pelo Exército dos EUA. Felizmente, seu treinamento permitiu que ele resistisse a essa música, que teria sido escolhida por sua letra insultando os detidos sem acusações: "cumpri minha sentença, mas não cometi nenhum crime".

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'Mamma Mia!', de ABBA -

Shaun Pinner, um dos prisioneiros britânicos capturados enquanto lutava na Ucrânia, revelou que foi forçado pelos russos a ouvir a trilha sonora do filme 'Mamma Mia!' 24 horas por dia, além de ter sido esfaqueado, eletrocutado e se alimentado apenas de pão e água. Depois que Shaun Pinner foi condenado à morte em junho de 2022, ele foi transferido para uma nova acomodação onde a tortura musical continuou. "As condições eram melhores, mas eles ainda tocavam música – e desta vez foi 'Believe', da Cher", disse ele ao The Sun.

Felizmente, o militar foi libertado depois que a Arábia Saudita intermediou um acordo secreto entre a Rússia e a Ucrânia para soltar 10 detidos estrangeiros, mas ele disse: "Os últimos seis meses foram os piores dias da minha vida. Eu nunca mais quero ouvir uma música do ABBA ou ver um pedaço de pão. Tenho muita sorte de estar em casa".

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'The Real Slim Shady', de Eminem - Um homem chamado Binyam Mohamed ouviu essa música sem parar por 20 dias, disse ele à Reprieve, uma organização sediada no Reino Unido contra o uso de tortura musical. Ele disse que viu pessoas perderem a cabeça e baterem a cabeça contra a parede.

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'Copacabana', de Barry Manilow -

Na Austrália, o dono de uma loja e membro do conselho municipal Gary Green estava tentando encontrar uma maneira de manter os bandidos adolescentes de um passeio à beira-mar em Sydney. Ele decidiu por luzes cor de rosa ("faz a pele parecer manchada e mostra manchas") e colocou Barry Manilow em repetição. Deve ter funcionado porque os bandidos ficaram longe.

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'Dirrty', de Christina Aguilera - Mohammed al Qahtani, o suposto 20º sequestrador dos ataques de 11 de setembro, teria sido forçado a ouvir este hino pop como parte do que os soldados apelidaram de tema "mau muçulmano", que incluía outras práticas destinadas a tornar a vida desse homem muçulmano insuportável.

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'Born in the USA', de Bruce Springsteen - Esta música é na verdade uma condenação do país... Em Guantánamo, a música era tocada nas celas dos presos durante os horários de oração.

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'Killing in the Name Of', de Rage Against the Machine - Depois de ouvir sobre o uso dessa canção na tortura, o guitarrista da banda, Tom Morello, disse que "o fato de a música que eu ajudei a criar ter sido usada em crimes contra a humanidade me deixa doente", e ajudou a mobilizar outros artistas para acabar com isso.

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A música de Britney Spears é uma tática de tortura - Em 2013, o The Guardian informou que a Marinha Britânica tocava a música da Princesa do Pop para assustar os piratas somalis.

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'Baby One More Time', de Britney Spears - Os sons intimidantes foram escolhidos porque os piratas não suportam a cultura ou música pop do Ocidente, tornando os hits de Spears perfeitos.

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'Oops! I Did It Again', de Britney Spears - Os EUA aparentemente usaram esse sucesso incessantemente como uma maneira de chegar aos seus inimigos entre 2001 e 2004, colocando-a bem alto entre os detidos da Baía de Guantánamo.

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Quando o contato físico é impossível -

O Exército norte-americano estava ficando sem opções quando o ditador panamenho General Manuel Noriega se refugiou na embaixada do Vaticano na Cidade do Panamá. Ele enfrentava uma acusação dos EUA por tráfico de drogas…

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'I Fought The Law', de The Clash - Então, os americanos decidiram pela guerra psicológica. Usando alto-falantes e a rádio militar dos EUA na América Central, eles colocaram uma parede de som, tocando muito alto rock, incluindo bandas como o The Clash.

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'Panama', de Van Halen - Muitas músicas escolhidas para atormentar o ditador panamenho tinham um valor irônico, a exemplo deste hit do Van Halen.

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'All I Want Is You', de U2 - Os militares americanos tinham um estranho senso de humor.

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'If I Had A Rocket Launcher', de Bruce Cockburn -

O general panamenho, que se dizia ser um amante da ópera, se rendeu logo depois.

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Há casos piores de danos em prisioneiros - As Nações Unidas e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos teriam proibido o uso de música alta como tortura.

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'Babylon', de David Gray - Esta balada de rock suave foi aparentemente usada por suas conotações bíblicas, e quando o musicólogo alemão Christian Gruny estava entrevistando ex-prisioneiros, um ex-detento desatou a chorar em soluços incontroláveis.

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'These Boots Are Made For Walkin', de Nancy Sinatra -

Além de alvos estrangeiros, o órgão do governo de combate ao álcool, tabaco e armas de fogo dos EUA (Bureau of Alcohol, Tobacco and Firearms) também usou a tortura musical em 1993 para tirar David Koresh e seus membros da seita Ramo Davidiano de um complexo do Texas depois que a ATF tentou invadir seu rancho. Foi um impasse que durou 51 dias.

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'Saturday Night Fever', de Bee Gees -

O cidadão britânico Moazzam Begg foi preso pela CIA no Paquistão e, posteriormente, escreveu um livro de memórias sobre tortura no sistema prisional militar dos EUA, acrescentando que sofreu com os Bee Gees. "Você não pode ver ou fazer nada, nada para ver, ninguém para conversar, nada para fazer além de bater nas paredes... Eu conheci várias pessoas que estiveram lá ... [que estavam] prontas para contar ao americanos o que quisessem, fosse verdade ou não".

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'Enter Sandman', de Metallica - Um ex-membro da Unidade de Operações Psicológicas no Iraque disse à revista Spin que eles usaram essa música por mais de um ano, às vezes tocando por 24 horas seguidas, porque, depois disso, "nove em cada 10 vezes você responde uma pergunta sem pensar".

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'The Beautiful People', de Marilyn Manson - Imagine essa faixa, ou realmente qualquer outra, tocada em volumes ensurdecedores em momentos aleatórios, não deixando você dormir, deixando você cansado, agitado, chateado… E depois adicione a isso o estresse físico e mental de ser um prisioneiro. Pois é, não é fácil.

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Canções da Vila Sésamo - Christopher Cerf, que escreveu a música para 'Vila Sésamo', disse à Associated Press que ficou horrorizado ao saber como o programa infantil foi transformado em arma: "Eu não gostaria que minha música fosse uma festa para isso".

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'All Eyez On Me', de Tupac - Um residente britânico contou sua experiência de ser detido pela CIA em Marrocos, Cabul e Guantánamo antes de ser libertado sem acusações em 2009, dizendo que tinha fones de ouvido que não conseguia remover e foi forçado a ouvir 'All Eyez On Me' ('Todos os olhos em mim' em tradução literal), do rapper Tupac, por dias.

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'Shoot to Thrill', de AC/DC - Essa música, aterrorizante para qualquer prisioneiro, teria sido tocada para detidos por interrogadores militares dos EUA no Iraque, Afeganistão e Baía de Guantánamo.

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Tema da marca Meow Mix - Embora pareça ridículo usar um jingle de comida de gato para tortura, a repórter investigativa Justine Sharrock fez um comentário astuto: "Você quase tem que parar de rir porque percebe que isso é realmente uma tortura".

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