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A história dos erros médicos -

A negligência na medicina é uma realidade infeliz (mas sempre presente) na área da saúde, e tem sido assim desde o início da profissão. O primeiro reconhecimento escrito de negligência médica pode ser encontrado no antigo Código de Hamurabi, um documento legal da antiga civilização da Babilônia. Datado de cerca de 1755 a.C., o código proclama que, se um nobre morre durante uma cirurgia, o cirurgião deve ter as duas mãos cortadas como punição.

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Terceira maior causa de morte nos EUA -

Os cuidados de saúde percorreram um longo caminho nos quase 3.000 anos desde os dias de Hamurabi, mas a negligência continua a ser uma ocorrência séria e muito comum. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, erros médicos continuam a ser a terceira principal causa de morte nos Estados Unidos.

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Coisas que podem evitar a má conduta -

Um velho ditado no mundo da medicina descreve as quatro práticas comuns que podem ajudar os médicos a evitar cometer negligência: compaixão, comunicação, competência e gráficos.

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Idade Média e seus erros -

O primeiro caso oficial e verificável de negligência pode ter ocorrido na Inglaterra em 1164. Um documento daquele ano descreve o caso de Ervrad vs. Hoskins, no qual um médico enfrentou a acusação enigmática de praticar "medicina insalubre".

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1374: o primeiro caso de procedimento condenável -

Quase 200 anos depois, um caso mais descritivo de má conduta médica foi registrado na Inglaterra. Em 1374, Agnes Stratton afirmou que o cirurgião John Swanlond havia prometido curar sua mão deformada. Quando Swanlond falhou na missão, Stratton o processou, no que ficou conhecido como caso Stratton vs. Swanlond. No fim das contas, o caso não foi aceito por um erro burocrático, mas acendeu a discussão sobre as obrigações dos médicos para com seus pacientes.

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O primeiro caso nos Estados Unidos -

Em 1794, a jovem nação dos Estados Unidos viu seu primeiro caso legal relacionado à negligência médica. Uma paciente alegou que seu médico prometeu realizar uma cirurgia não especificada de "maneira hábil e segura" e, em seguida, não o fez. Apesar da texto vago, o autor da ação recebeu 40 libras inglesas em danos.

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A processo por má conduta mais caro da história -

Os casos de negligência são quase sempre resolvidos com dinheiro. Os danos frequentemente chegam a dezenas ou mesmo centenas de milhares de dólares, mas alguns acordos superam até mesmo isso. Em 2006, um tribunal da Flórida decidiu que Allan Navarro devia receber US$ 216,7 milhões em danos depois que os médicos ignoraram sintomas semelhantes a derrames, o que resultou em danos cerebrais graves e perda da capacidade de andar no paciente.

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A consciência anestésica de Sherman Sizemore -

Sherman Sizemore, então com 73 anos, viveu um verdadeiro pesadelo num hospital da Virgínia Ocidental em 2006. Durante uma cirurgia exploratória realizada para encontrar a fonte da dor abdominal de Sizemore, ele experimentou um fenômeno conhecido como consciência anestésica, durante o qual seu cérebro e sistema nervoso "acordaram", embora o corpo permanecesse paralisado. Sizemore foi capaz de sentir todas as sensações da cirurgia incrivelmente dolorosa e invasiva, mas não foi capaz de reagir ou protestar. Investigações mostraram que o anestesiologista não administrou o anestésico geral a tempo de mantê-lo adequadamente sedado. A família do paciente afirma que o trauma infligido a Sizemore fez com que ele tirasse a própria vida apenas duas semanas após a cirurgia.

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Julie Andrews perdeu a voz -

Não são apenas os cidadãos comuns que se tornam vítimas de negligência médica, As celebridades também não estão imunes. Julie Andrews, estrela de cinema musical, perdeu sua voz icônica como resultado do erro de um cirurgião. Uma operação fracassada em 1997, destinada a remover pequenos nódulos não cancerosos das cordas vocais de Andrew, deixou a atriz incapaz de cantar novamente.

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A terrível história de Nikita Levy -

Uma das histórias mais perturbadoras de má conduta médica na história recente envolve o Dr. Nikita Levy. Levy era ginecologista na Universidade Johns Hopkins, uma das instituições mais confiáveis e celebradas dos Estados Unidos.

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A terrível história de Nikita Levy -

O médico foi acusado, e mais tarde condenado, por fazer fotos e vídeos de suas pacientes em situações comprometedoras sem o seu conhecimento ou consentimento ao longo dos muitos anos de sua carreira. O número de vítimas de Levy pode ultrapassar os milhares. A má conduta grosseira do ginecologista veio à tona em 2013. Ele tirou a própria vida pouco depois.

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A paciente errada recebeu uma cirurgia cardíaca -

É muito difícil realizar uma cirurgia corretamente se o médico estiver com o paciente errado na mesa! Foi precisamente o que aconteceu em 2002, num hospital-escola não revelado. Uma paciente foi internada para exames cerebrais relacionados a um aneurisma. Devido a uma série de erros logísticos, a mulher, referida pelo pseudônimo de Joan Morris, acabou numa mesa de cirurgia e uma operação cardíaca invasiva foi realizada nela.

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Os pés de Willie King -

Em 1995, um homem de 51 anos chamado Willie King foi internado num hospital em Tampa, Flórida, para a amputação de seu pé direito. Enquanto King descansava pacificamente sob anestesia, o cirurgião trabalhou em seu pé esquerdo. No momento em que o médico não identificado percebeu o erro, não dava mais para voltar atrás e a equipe teve que completar a amputação. O hospital foi forçado a pagar ao Sr. King US$ 900.000 em danos. O cirurgião acrescentou um adicional de US$ 250.000 de alívio monetário por sua negligência.

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Tipos de sangue incompatíveis -

A morte de Jesica Santillan, de 17 anos, em 2003 poderia ter sido facilmente evitada se seus cirurgiões prestassem mais atenção. A mexicana foi levada para os Estados Unidos por seus pais na esperança de encontrar um médico que realizasse transplantes de coração e pulmão para salvar sua vida. No entanto, ela morreu depois que os cirurgiões tentaram implantar um coração e um par de pulmões de um doador cujo tipo sanguíneo não correspondia ao dela.

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Ferramentas deixadas para trás -

Embora possa ser reconfortante supor que instrumentos cirúrgicos esquecidos dentro de pacientes sejam apenas coisas de séries de televisão, isso na verdade é uma ocorrência muito comum. Um dos casos mais famosos de ferramentas esquecidas ocorreu no Washington Medical Center em 2000. Uma cirurgia relativamente simples com o objetivo de remover um tumor do abdômen do paciente parecia estar caminhando sem problemas, até que foi descoberto que um retrator de 33 cm foi deixado lá dentro. Os cirurgiões voltaram e removeram o instrumento com segurança. Mesmo assim, o paciente, Donald Church, de 49 anos, ainda recebeu US$ 97 mil em danos através de um acordo legal.

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A morte de Michael Jackson -

Um dos casos mais notórios de negligência diz respeito a Michael Jackson. As investigações mostraram que a morte súbita foi causada por uma overdose de medicamentos prescritos. Um processo judicial decidiu que essas drogas foram indevidamente prescritas pelo médico pessoal de Jackson, Dr. Conrad Murray. Murray foi, consequentemente, condenado por homicídio culposo e forçado a pagar US$ 100 milhões em danos aos herdeiros de Jackson.

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O cirurgião assinou seu trabalho -

Uma história grosseira de narcisismo médico se desenrolou em 1999, após a bem-sucedida cesariana de Liana Gedz. A má conduta grosseira ocorreu quando o cirurgião, Allan Zarkin, decidiu esculpir suas iniciais na barriga de Gedz. O processo civil de negligência que se seguiu custou ao hospital mais de US$ 5 milhões.

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A história de Jan Karbaat -

Uma das histórias mais perturbadoras de má conduta médica gira em torno do médico holandês Jan Karbaat. O Dr. Karbaat era um especialista confiável em inseminação artificial e explorou essa confiança para suas próprias aspirações estranhas.

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A história de Jan Karbaat -

Ao longo de sua carreira, Karbaat secretamente usou seu próprio esperma em seus procedimentos de inseminação artificial. De 2022 para cá, Karbaat provou ser o pai de nada menos do que 71 crianças concebidas através de inseminação artificial.

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Dr. Cline, o imitador de Karbaat -

Seria de se esperar que um ato tão covarde só pudesse ser concebido por um indivíduo singularmente horrível. Infelizmente, não é esse o caso. O médico americano Donald Cline é o pai biológico de cerca de 94 crianças concebidas através de inseminação artificial.

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Dr. Cline, o imitador de Karbaat -

Em 2017, Cline foi condenado por várias acusações de obstrução da justiça durante uma investigação sobre suas "doações" ilícitas e não consensuais de esperma. Não só as ações do Dr. Cline afetaram severamente as famílias que o contrataram para ajudar, como suas próprias deficiências genéticas, que o teriam tornado um doador inadequado pela maioria dos padrões legais, assombraram seus filhos biológicos. Muitas das "crianças Cline" sofrem de distúrbios autoimunes e artrite.

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Paciente pegou fogo durante uma cirurgia -

Um exemplo excepcionalmente dramático de negligência ocorreu em 2012, quando um paciente chamado Enrique Ruiz pegou fogo durante o que deveria ter sido uma simples cirurgia de traqueostomia. O incêndio foi aparentemente causado pelo calor de um bisturi eletrônico.

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Uma chave de fendas nas costas -

Nenhuma incidência de negligência médica é aceitável, mas algumas são, no mínimo, compreensíveis. O que não é o caso desse exemplo. Ainda é incrivelmente difícil entender por que o Dr. Robert Ricketson decidiu colocar uma chave de fenda nas costas do paciente Arturo Iturralde no lugar de uma haste cirúrgica médica. O Sr. Iturralde morreu como resultado e sua família acabou recebendo US$ 5,6 milhões em danos.

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A trágica história de Libby Zion -

A negligência médica nem sempre é culpa exclusiva dos médicos envolvidos. No caso de Libby Zion, de 19 anos, sua morte trágica foi causada em parte pelo clima geral da profissão de saúde. Zion morreu como resultado de negligência, porém, o erro em si foi causado porque seus médicos estavam impossivelmente exaustos e mal-nutridos, sendo forçados a trabalhar longas horas e estando responsáveis por dezenas de pacientes ao mesmo tempo.

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O cavalo Jim -

Durante a virada do século XIX, um cavalo chamado Jim era conhecido em todos os Estados Unidos por fornecer mais de 28,5 litros de antitoxinas diftéricas para inúmeras crianças. Os médicos responsáveis por extrair e distribuir o presente de Jim não tinham o hábito de testar cada lote, até que 13 crianças morreram. Estudos mostraram que Jim havia sido contaminado com tétano e nenhum de seus médicos havia percebido isso antes de espalharem a doença mortal para as crianças desavisadas.

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Os recordes ruins de Rhode Island em cirurgias cerebrais -

O Rhode Island Hospital em Providence, EUA, tem uma reputação historicamente questionável quando se trata de cirurgias cerebrais. Três processos de negligência vieram de cirurgias cerebrais fracassadas realizadas no hospital, a mais dramática delas envolveu um buraco perfurado no lado errado da cabeça de um paciente.

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Os implantes de Alexander Baez -

Alexander Baez, ex-vencedor do Mr. México, sofreu física e emocionalmente nas mãos de um cirurgião plástico desonesto em Miami, Flórida. O fisiculturista havia procurado a ajuda do Dr. Reinaldo Silvestre para colocar implantes para ficar com o tórax mais avantajado, porém, quando acordou, ele ficou horrorizado ao ver que havia recebido implantes mamários femininos completos. De acordo com seu advogado, Baez teve que seguir a vida com sua nova aparência por meses antes que pudesse ter os implantes removidos adequadamente e com segurança por um médico mais íntegro.

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Os rins de Graham Reeves -

No País de Gales, em 2000, o veterano da Guerra da Coreia, Graham Reeves, foi internado no Hospital Prince Philip para uma cirurgia simples de remoção de um rim. Os cirurgiões, por razões desconhecidas, tiraram o único rim que funcionava em vez do sinalizado para remoção, levando à morte de Reeves pouco tempo depois.

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Quando a vítima é um bebê -

Em maio de 2023, as notícias de uma recém-nascida decapitada abalaram o mundo. O caso aconteceu num hospital brasileiro em Minas Gerais. A mãe da bebê foi induzida a dar à luz com 30 semanas. O pai estava presente, mas precisou ser retirado da sala em estado de choque após o acontecimento. Em nota, o Hospital das Clínicas da UFMG informou que equipe de Medicina Fetal constatou malformação no pulmão da bebê que era "incompatível com a vida". Segundo a família, além do incidente, a mãe ainda sofreu violência obstétrica na sala de parto. Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para apurar as causas e circunstâncias do caso.

Fontes: (Ranker) (Meinhart, Smith & Manning, PLLC) (Hampton & King) (G1) (Estado de Minas)

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