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Cinco Santas Chagas -

As Cinco Chagas Sagradas são as cinco feridas perfurantes que Jesus Cristo sofreu durante sua crucificação - uma através de cada mão ou pulso, uma através de cada pé e uma na parte lateral do tórax.

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Mãos e pulsos -

Dois pregos perfuraram as mãos (ou pulsos) para fixar Jesus na cruz. Isso muito provavelmente foi feito por um centurião romano com um martelo.

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Pés -

Da mesma forma, dois pregos foram martelados através dos pés. Curiosamente, em 2020, foram redescobertos dois pregos de ferro corroídos da era romana numa caixa entregue à Universidade de Tel Aviv, em Israel, em 1986, de acordo com o jornal Archaeological Discovery. Alguns acreditam que esses pregos prenderam Jesus à cruz.

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Tórax -

O ferimento final foi infligido na lateral do tórax de Jesus, de acordo com o Novo Testamento. Seu corpo foi perfurado pela Lança de Longino - a chamada Lança Sagrada ou Lança do Destino - com a finalidade de garantir que Jesus estava morto.

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O que são estigmas? -

O aparecimento de marcas ou feridas reais no corpo humano como as que Cristo recebeu durante a Crucificação é um fenômeno conhecido como stigmata. Uma pessoa que carrega estigmas é conhecida como estigmatizada.

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São Francisco de Assis (1182–1226) -

São Francisco de Assis foi o primeiro estigmatizado registrado. Em 14 de setembro de 1224, ele foi rezar no Monte La Verna, na Toscana, Itália, durante um jejum de 40 dias em preparação para o Dia de São Miguel. Francisco teve uma visão e, como resultado, ele recebeu os estigmas.

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Padre Pio (1887–1968) -

Um dos estigmatizados mais notáveis foi Padre Pio, um monge capuchinho que recebeu os estigmas por volta de 1911. Ele ficou famoso por exibir as marcas em suas mãos e ter manchas semelhantes em seus pés e nas laterais do corpo. Pio foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002.

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Padre Pio (1887–1968) -

Curiosamente, quando o Vaticano canonizou Padre Pio em 2002, eles evitaram mencionar as famosas características físicas do sacerdote: os estigmas, ou "feridas de Cristo". Como pedido pessoal do Papa Francisco, os restos mortais de Padre Pio e de São Leopoldo Mandić foram expostos na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em fevereiro de 2016 (foto).

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Therese Neumann (1898–1962) -

A católica alemã Therese Neumann era uma estigmatizada controversa. Ela primeiro relatou marcas em seu tórax depois de afirmar ter tido uma visão com Cristo no Monte das Oliveiras. As feridas ficaram com ela até sua morte em 1962, embora nunca tenham sido convincentemente observadas por cientistas.

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Santa Maria Francisca das Cinco Chagas (1715 –1791) -

Essa santa nasceu em Nápoles com o nome de Anna Maria Gallo, numa família muito abusada por um pai violento. Maria Francisca tornou-se membro da Ordem Terceira de São Francisco aos 16 anos. Aos 38 anos, teve visões, incluindo uma com o Arcanjo São Rafael que curou algumas de suas aflições físicas. Mais tarde, ela recebeu estigmas, mas usava luvas para cobrir as marcas em suas mãos. Depois disso, ela se tornou uma profetisa e, em 1867, foi canonizada pelo Papa Pio IX.

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Santa Maria Faustina Kowalska (1905–1938) -

A freira católica polonesa e mística Santa Maria Faustina Kowalska alegou, ao longo de sua vida, ter visões com Jesus e conversar com ele. A famosa 'Imagem da Divina Misericórdia' é uma representação de Jesus Cristo baseada na devoção iniciada por Faustina Kowalska. Aparentemente, ela também tinha estigmas, mas, por causa de sua extraordinária união com Deus, preferiu esconder o fenômeno.

Imagem: Marians da Imaculada Conceição

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Santa Verônica Giuliani (1660–1727) -

Veronica Giuliani era mística e uma freira italiana da Ordem das Irmãs Clarissas Capuchinhas. Ela começou a experimentar as feridas da Corooa  de Espinhos em 1694 e as Cinco Chagas de Cristo apenas três anos depois. No entanto, ela foi humilhada pela stigmata em si e pelo rigoroso teste que o bispo de sua cidade a obrigou a fazer como comprovação.

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Anna Catarina Emmerich (1774–1824) -

Anna Catarina Emmerich nasceu em Flamschen, Alemanha. Alguns anos depois de se juntar à Ordem Agostiniana, ela acabou acamada por grande parte de sua vida. Em 1813, estigmas começaram a aparecer no corpo de Emmerich. O sangramento parou cinco anos depois, mas deixou uma cicatriz incomum em forma de "Y" em seu tórax, semelhante a forma da cruz de uma igreja próxima.

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Santa Gemma Galgani (1878–1903) -

A família Galgani tinha alguns problemas de saúde. Quando Gemma Galgani tinha 16 anos, ela desenvolveu meningite espinhal. A religiosa atribuiu sua cura milagrosa ao Sagrado Coração de Jesus e à intercessão de Gabriel de Nossa Senhora das Dores. Aos 21 anos, ela começou a mostrar sinais de stigmata. Alguns médicos céticos, no entanto, concluíram que o fenômeno era auto-infligido. Gemma Galgani morreu de tuberculose na véspera da Páscoa de 1903 e foi canonizada pelo Papa Pio XII em 1940.

Imagem: Philippe Plet

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Santa Catarina de Ricci (1522–1590) -

Quando criança, Alessandra Lucrezia Romola de Ricci, nascida em Florença, demonstrou grande devoção à igreja. Aos seis anos, ela foi colocada num convento pelo pai. Dizem que, mais tarde, a meditação dela sobre a Paixão de Cristo foi tão profunda que ela sangrou espontaneamente. Ricci também carregava os estigmas, com feridas nas mãos, pés e cabeça. Em 1535, ela tomou o nome religioso de Catarina, foi beatificada pelo Papa Clemente XII em 1732 e canonizada pelo Papa Bento XIV em 1746.

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Marie Rose Ferron (1902–1936) -

Originária de Quebec, no Canadá, Marie Rose Ferron mudou-se com sua família para os Estados Unidos aos quatro anos de idade. Dizem que, aos seis, ela teve sua primeira visão com Jesus. Aos 13 anos, Ferron foi atingida por uma paralisia misteriosa e contração dolorosa dos músculos e teve que permanecer de muletas por quase 12 anos. Em 1927, ela teve estigmas regularmente. Muitas pessoas, incluindo membros de sua própria família, achavam que suas feridas eram falsas e que sua dor era uma farsa. Ainda não se sabe se ela era uma fraude inteligente, mas isso não impediu Marie Rose Ferron de ser declarada a primeira estigmatizada americana.

Imagem: Rede Católica

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Mariam Thresia Chiramel (1876–1926) -

A primeira santa da Índia com estigmas foi a freira Mariam Thresia Chiramel. Nascida na vila de Puthenchira, em Kerala, como Thresia Chiramel Mankidiyan, acredita-se que ela já tinha os estigmas em 1905, mas escondia quaisquer sinais visíveis. O Papa João Paulo II beatificou a falecida freira em 9 de abril de 2000; ela foi canonizada em 13 de outubro de 2019 pelo Papa Francisco.

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Marguerite Bays (1815–1879) -

A costureira suíça, Marguerite Bays, viveu uma vida simples como freira franciscana até ser visitada por estigmas por volta de 1854. Ela sentia a dor intensa de Cristo uma vez por semana e percebeu manchas vermelhas aparecerem em suas mãos, pés e tórax. Seus sintomas pioraram e nos 25 anos seguintes Bays sentiu dores constantes. Ela foi beatificada em 1995 pelo Papa João Paulo II e canonizada pelo Papa Francisco em 2019.

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Santa Rita de Cássia (1381–1457) -

A freira agostiniana Rita de Cássia é especialmente conhecida por ter uma ferida sangrando na testa, que é considerada um estigma parcial. Esse fenômeno surgiu quando ela tinha mais ou menos 60 anos, aparentemente causado por um espinho da coroaa que circundava a cabeça de Cristo e que teria se soltado e invadido sua própria carne. Ela foi canonizada em 1900 pelo Papa Leão XIII.

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Teresa Helena Higginson (1844–1905) -

Teresa Helena Higginson, retratada aqui em 1875 por um fotógrafo desconhecido, era uma mística católica britânica. Durante seu tempo como professora, suas mãos e pés começaram a sangrar. No entanto, sua discrição desapareceu quando ela entrou em grandes traanses  de oração e reencenou violentamente cenas na Via Sacra. Após sua morte, Higginson foi brevemente considerada como possível candidata à canonização.

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Marthe Robin (1902–1981) -

A mística católica francesa Marthe Robin era uma criança doente. Quando tinha um ano, ela contraiu febre tifoide. Em 1918, Marthe entrou em coma por quatro dias, o que a deixou parcialmente paralisada. Praticamente acamada, seus estigmas apareceram pela primeira vez no final de 1930. Posteriormente, ela reviveu a Paixão de Cristo todas as sextas-feiras, até sua morte em 1981.

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Catarina de Siena (1347–1380) -

Membro da Ordem Terceira de São Domingos, mística e uma das santas padroeiras da Itália, Catarina de Siena, nascida Caterina di Jacopo di Benincasa, dedicou-se a Deus desde cedo e, eventualmente, tornou-se uma das figuras marcantes do catolicismo medieval. Foi em Pisa, em 1375, que ela recebeu os estigmas pela primeira vez, embora mantivesse as marcas corporais escondidas na maior parte do tempo.

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Alexandrina Maria da Costa (1904–1955) -

A mística portuguesa Alexandrina Maria da Costa, conhecida como Bem-Aventurada Alexandrina de Balazar, ficou paralisada aos 14 anos depois de pular da janela de seu quarto para escapar de uma agressão íntima. Em 1938, imóvel e acamada, ela começou a ter visões com Cristo. Mais tarde, essas visitas foram acompanhadas por estigmas ocultos. Apesar de seus óbvios problemas psicológicos, sua fé a levou à beatificação em 2004.

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Louise Lateau (1850–1853) -

A mística belga Louise Lateau ganhou notoriedade na década de 1860 por seus traanses  esotéricos testemunhados por numerosos médicos, membros do clero e visitantes de sua casa em Bois-d'Haine (foto). Em 1868, o sangue começou a fluir do lado esquerdo de seu corpo e dos seus pés. Em seguida, ambas as mãos começaram a sangrar também. As feridas reapareciam sem causa aparente todas as sextas-feiras (fora isso, ela levava uma existência normal, livre de dor) até sua morte em 1883.

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Natuzza Evolo (1924–2009) -

Natuzza Evolo foi uma mística católica italiana que teria experenciado a stigmata depois de testemunhar uma série de visões com anjos, santos, Jesus e a Virgem Maria. O aparecimento de imagens e palavras cor de sangue em seu corpo na época da Páscoa causava grande dor física e psicológica. Evolo era praticamente analfabeta, então a presença dessas palavras, algumas encontradas em hebraico e aramaico, deu credibilidade às suas reivindicações de que se tratavam de estigmas. Quando ela morreu, os avisos de morte colados na cidade de Paravati di Mileto declararam-na uma "Serva de Deus".

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Magdalena de la Cruz (1487–1560) -

Stigmata têm sido muitas vezes desmascarada como truque e fraude em alguns casos. Magdalena de la Cruz, uma freira franciscana do século XVI, de Córdoba, na Espanha, por muitos anos foi homenageada como uma santa viva. De fato, sua frequente auto-mortificação e feridas espetaculares fizeram dela uma favorita na corte. No entanto, ela acabou sendo desmascarada como farsante e confessou espetacularmente que seus estigmas e alegações de realizar milagres eram falsos e enganadores.

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Johann Jetzer (1483–1515) -

Membro da Ordem Dominicana em Berna, Johann Jetzer alegou ser assombrado por espíritos e aparições, afirmações essas baseadas na revelação das "feridas de Cristo" em seu corpo. Mas, em 1507, ele confessou que seus estigmas eram falsos. Jetzer escapou da execução depois de conseguir fugir da prisão vestido de m u l h e r, usando roupas contrabandeadas pela mãe.

Fontes: (The Guardian) (Archaeological Discovery) (New World Encyclopedia) (New Liturgical Movement) (Smithsonian Magazine) (The Divine Mercy) (Mystics of the Church) (Vatican)   

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