Nesta quinta-feira (28), o programa 'Morning Show' abordou o caso do técnico Bernardinho, que chamou Tiffany, do Sesi-Bauru, de 'homem', após o time da atleta transgênera vencer o Sesc-RJ. Na atração, os comentaristas Fefito e Paulinha explicaram o assunto, no qual condenaram o ato de preconceito contra a atleta.

Caio Coppolla, que também participa do programa de rádio, discordou e passou a 'atacar' a militância LGBTQ, que teria condenado a fala de Bernardinho, dizendo que a atleta nasceu com gênero masculino e teria vantagens contra mulheres biológicas. “Nascer homem e competir com mulheres é um privilégio”, disparou ele, contestando “os direitos das mulheres” e questionando a presença de uma mulher trans no time de vôlei. 

Indignado, Fefito, que tinha apresentado dados de estudos norte-americanos que atestam que Tiffany não teria uma 'vantagem' contra outras mulher no esporte, decidiu deixar o estúdio: “Absurdo ouvir isso, gente! Estou saindo do estúdio e volto no final. Esse tipo de discurso é absolutamente nocivo para uma comunidade inteira, beijo!”, disparou ele, deixando claro que mulheres trans são mulheres e possuem os mesmos direitos que as outras, de competir na Liga Feminina.

No Twitter, Fefito lembrou que o técnico já tinha se desculpado e explicou a sua situação: “Não vou passar pano pra transfobia. Jamais. E sinto muito se há tanta hipersensibilidade para lidar com a diferença. A última coisa que da qual a comunidade LGBT sofre é a hipersensibilidade. A gente tá mais preocupado em sobreviver e ser respeitado”, disparou.

“Não concordo mesmo. E saí única e exclusivamente porque eu não teria tempo para rebater de novo, já que todos já tinham sido avisados que não poderiam mais falar. Se é para ouvir absurdo calado eu prefiro me preservar mesmo. Eu NUNCA vou passar pano para a transfobia”, finalizou, relembrando que tinha apresentado dados científicos para rebater o colega.

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