Na tentativa de determinar quais países são os mais perigosos para as mulheres viajantes, os jornalistas Asher e Lyric Fergusson estudaram e classificaram os 50 países mais populares entre os turistas. Os dados foram compilados usando fontes que vão desde a Gallup World Poll de 2018 até o Gender Advocates Data Hub da Equal Measures 2030. O Fergusson's Women's Danger Index classificou cada país com base em oito fatores: segurança nas ruas para mulheres, homicídio intencional de mulheres, violência s-xual pelo parceiro íntimo, violência s-xual por não-parceiro, discriminação legal, disparidade global de gênero, índice de desigualdade de gênero e atitudes de violência contra as mulheres. Usando essas métricas, surge a lista dos 20 países mais perigosos para as mulheres. E o Brasil, infelizmente, está nela.
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Vamos começar pelos países mais seguros para as mulheres viajantes. A Polônia obteve bons resultados nas categorias de homicídio intencional contra mulheres, violência s-xual por não-parceiro e violência contra mulheres, tornando-se o 10º país mais seguro da lista.
O homicídio intencional de mulheres é relativamente baixo no Canadá, assim como a violência por parceiro íntimo. O país também obteve boa pontuação no índice de desigualdade de gênero e nas atitudes de violência contra a mulher.
A bela Croácia obteve bons resultados, já que a violência s-xual por não-parceiro é baixa, assim como a violência intencional contra as mulheres.
Portugal obteve uma boa pontuação na maioria das categorias do estudo para ocupar o sétimo lugar mais seguro para as mulheres que viajam sozinhas.
Surpreendentemente, a Noruega é o único país escandinavo no top 10. Há uma taxa baixa de homicídio intencional de mulheres na Noruega, e o país pontuou alto em como as mulheres se sentem seguras andando sozinhas à noite.
A Suíça teve um desempenho muito bom no estudo com segurança nas ruas, além de ter baixos níveis de homicídio intencional contra mulheres.
A Áustria teve alguns dos níveis mais baixos de violência s-xual e desigualdade de gênero de todos os destinos analisados no estudo.
A Irlanda tinha níveis relativamente baixos de violência s-xual por não-parceiros, bem como baixos níveis de discriminação legal, desigualdade de gênero e atitudes de violência contra mulheres.
De longe o país asiático mais seguro do planeta, Singapura teve excelentes avaliações, incluindo 92% das mulheres se sentindo seguras ao caminhar sozinhas à noite.
A Espanha teve um bom desempenho em todas as categorias, ocupando o primeiro lugar como o país mais seguro do planeta para mulheres que viajam sozinhas.
Agora vamos aos mais perigosos. A segurança nas ruas, a disparidade salarial entre homens e mulheres e a desigualdade de gênero lideraram a classificação da Ucrânia. "Os ucranianos não consideram a discriminação baseada em gênero no local de trabalho um problema sério", partilhou Lyric Fergusson à Forbes.
Os EUA pontuam mal em segurança nas ruas, violência s-xual por não-parceiros e uma série de questões de desigualdade de gênero. O homicídio é a terceira forma mais provável de morte para mulheres entre 20 e 24 anos.
A falta de segurança nas ruas, a discriminação legal e a desigualdade de gênero dão à Tunísia seu lugar no ranking, um país onde pelo menos 47% das mulheres do país são afetadas pela violência doméstica.
No Bahrein, os est-pradores são protegidos de serem processados se forem casados com suas vítimas ou se avançarem para se casar com elas. O país foi o quarto pior em termos de discriminação legal contra as mulheres e teve uma pontuação ruim em segurança nas ruas.
Terceiro pior país para atitudes de violência contra as mulheres, no Camboja "mais da metade dos homens acredita que as mulheres provocam os homens a serem violentos com elas", disse Lyric Fergusson à Forbes.
O assédio nas ruas afetou três em cada quatro pessoas no Chile – e 85% dessas pessoas são mulheres. Diariamente, 40% das mulheres são assediadas e 90% já sofreram algum tipo de assédio, segundo o estudo.
A Argentina obteve a terceira pior pontuação com segurança nas ruas e a 10ª pior em homicídio doloso de mulheres. Assaltos também são bastante comuns em Buenos Aires.
A Turquia teve a quarta pior classificação para violência entre parceiros íntimos, a quinta pior na disparidade global de gênero e a oitava pior em segurança nas ruas. O estudo descobriu que 89,2% das mulheres na Turquia foram vítimas de violência por parte de seus cônjuges.
A Arábia Saudita foi a pior da lista no quesito discriminação legal contra as mulheres. Muitas mulheres fogem da Arábia Saudita para encontrar sua própria liberdade e escapar de abusos.
Classificações muito ruins nos quesitos violência por parceiro íntimo e desigualdade de gênero se combinam para dar à Malásia seu lugar de 11º mais perigoso na lista.
A Tailândia teve a pior pontuação na lista em relação à violência contra as mulheres e está classificada em 10º pior lugar geral.
A Índia ficou em pior posição em termos de desigualdade de gênero no estudo. Também teve classificações ruins no quesito violência por parceiro íntimo. Quase 90% das mulheres que são violadas na Índia conheciam o agressor.
Marrocos foi o pior país da lista para a violência entre parceiros íntimos. Nos quesitos segurança nas ruas e a disparidade global de gênero, também teve uma pontuação ruim.
O Egito foi o 10º pior país em segurança nas ruas. Também ficou mal classificado tanto na diferença global de gênero (quarta pior) quanto na desigualdade de gênero (sexta pior).
O estudo descobriu que a República Dominicana não é segura para mulheres que viajam sozinhas. O país teve uma pontuação particularmente ruim em segurança nas ruas.
Apesar de haver baixas taxas de homicídio intencional de mulheres no Irã, a diferença de gênero é a pior do mundo, enquanto o país também pontua terrivelmente em desigualdade e discriminação.
O lugar mais visitado no top 5 de países mais perigosos para viajantes mulheres, o México ficou em primeiro lugar em termos de segurança nas ruas, homicídio intencional e violência s-xual por não-parceiros.
A Rússia teve uma pontuação ruim em homicídio intencional contra mulheres e em violência s-xual por não-parceiros, o que lhe rendeu o terceiro lugar.
Segundo país mais perigoso do mundo para mulheres viajantes, o Brasil teve pontuação ruim tanto em segurança nas ruas, quanto em homicídio doloso contra mulheres. O governo dos EUA, por exemplo, alerta os turistas para não andarem sozinhos à noite no Brasil, nem tentarem resistir fisicamente a uma tentativa de assalto.
Com pontuação ruim em segurança nas ruas, violência s-xual por não-parceiros e homicídio intencional de mulheres, as mulheres que viajam para a África do Sul são alertadas para não andar, dirigir ou se mover sozinhas pelo país. O estudo descobriu que esse país era de longe a opção mais perigosa para mulheres que viajam sozinhas, de acordo com as métricas deste estudo.
Fontes: (Forbes) (Asher & Lyric) (World Population Review)
Os países mais perigosos (e seguros) para mulheres viajarem sozinhas: Brasil surpreende na lista
Os lugares mais perigosos para mulheres viajarem solo: Brasil na lista?
VIAGEM Mulher
Na tentativa de determinar quais países são os mais perigosos para as mulheres viajantes, os jornalistas Asher e Lyric Fergusson estudaram e classificaram os 50 países mais populares entre os turistas. Os dados foram compilados usando fontes que vão desde a Gallup World Poll de 2018 até o Gender Advocates Data Hub da Equal Measures 2030. O Fergusson's Women's Danger Index classificou cada país com base em oito fatores: segurança nas ruas para mulheres, homicídio intencional de mulheres, violência s-xual pelo parceiro íntimo, violência s-xual por não-parceiro, discriminação legal, disparidade global de gênero, índice de desigualdade de gênero e atitudes de violência contra as mulheres. Usando essas métricas, surge a lista dos 20 países mais perigosos para as mulheres. E o Brasil, infelizmente, está nela.
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