A Rainha Vitória foi uma das monarcas mais longevas da Grã-Bretanha, permanecendo no poder de 1837 até morrer em 1901. Vitória é famosa por seu profundo amor pelo marido, o príncipe Albert. Ela ficou destruída com a morte dele em 1861 e permaneceu de luto pelo resto de sua vida.
Vitória usava "joias de luto" que continham fotos de Albert e mechas de seu cabelo. Ela também tentou entrar em contato com seu espírito, através do serviço dos muitos médiuns da época. O espiritualismo estava em alta durante o reinado dela. Um médium chamado Robert James Lees alegou ter sido visitado pelo Príncipe Albert durante uma sessão espírita logo após sua morte. Lees tinha apenas 13 anos.
A Rainha Vitória considerou a possibilidade e realizou várias sessões com o médium adolescente. Ele teria perguntado informações e nomes de animais de estimação que ninguém além do Príncipe Albert poderia saber. A Rainha continuou a fazer as sessões para se comunicar com seu falecido marido e até quis saber a sua opinião sobre assuntos políticos. Quando morreu, 40 anos após o marido, a Rainha deixou uma longa lista de pedidos esquisitíssimos para o enterro que confirmaram suas crenças espirituais.
Não é só a realeza do passado que se envolveu com o espiritualismo e o oculto. O Rei George VI morreu em 1952, o que fez com que a Rainha Elizabeth II (a falecida Rainha) assumisse o trono aos 25 anos. No ano seguinte, a Rainha Mãe, a Rainha Elizabeth II e alguns outros membros da realeza de alto escalão supostamente se encontraram com uma médium chamada Lilian Bailey.
De acordo com um biógrafo Real, a Rainha Mãe foi a força motriz por trás do encontro e estava interessada em fazer contato com seu marido recém-falecido. A médium Bailey alegou ter um espírito guia que era capitão da Guarda Grenadier e que tinha morrido durante a Primeira Guerra Mundial.
A Rainha Mãe ficou muito impressionada com os serviços de Bailey e agendou mais sessões com a médium. Ela nasceu um ano antes da Rainha Vitória morrer e cresceu durante duas guerras mundiais. Era uma época em que o luto era tão difundido que o espiritualismo era um negócio em expansão, por isso a Rainha Mãe pode ter sido um pouco mais aberta a ideias místicas do que sua filha, a recentemente falecida Rainha.
Quando pensamos em misticismo na Corte Real russa, Rasputin é o primeiro nome que vem à mente. No entanto, o interesse dos Romanov no oculto começou muito antes dele aparecer. O czar Nicolau II e sua esposa, Alexandra Feodorovna, procuraram ajuda do outro mundo para conceber um herdeiro masculino.
A Corte deles foi logo visitada por uma série de figuras estranhas, como Mantronuskha, a Descalça. Ela era uma camponesa idosa que vagava constantemente divagando, às vezes saindo com uma previsão sobre um herdeiro masculino ao trono. Havia também um meteorologista chamado Demchinsky em quem Nicolau supostamente acreditava que poderia prever o futuro, bem como o clima.
Estes são apenas dois exemplos das influências que a Família Real buscou em seus tempos de necessidade. Superstições e misticismo eram comuns na cultura russa na época, mas a maioria de seus "consultores" vinha com pelo menos um véu fino do Cristianismo Ortodoxo para tornar suas outras práticas mais palatáveis.
O notório Grigori Rasputin era, antes de tudo, um autoproclamado homem santo. Ele era um camponês errante que dizia ser capaz de prever o futuro e curar os doentes. Eventualmente, Rasputin acabou em São Petersburgo e foi apresentado à Família Real, que recebia muitas dessas figuras em sua Corte.
Nicolau e Alexandra estavam desesperados para preservar a saúde de seu filho e herdeiro, Alexei, que sofria de hemofilia. Eles acreditavam que Rasputin tinha o poder de aliviar seu sofrimento e o chamavam para o palácio sempre que Alexei tinha um episódio sangrento. Rasputin fez previsões de que estava irrevogavelmente ligado ao destino do filho e da dinastia deles.
Rasputin exerceu um incrível controle sobre a Rússia através de sua influência sobre a Família Real, particularmente quando Nicolau deixou o país para lutar na Primeira Guerra Mundial. Isso deixou Alexandra no poder com Rasputin agindo como seu conselheiro mais próximo, mesmo sendo apenas um autoproclamado curandeiro que nunca tinha aprendido a ler. Se ele tinha poderes ou não, não podemos provar, mas isso explicaria o motivo de ser tão difícil matá-lo. Seus adversários tentaram venenos e tiros, porém ele sobreviveu a muitas tentativas contra sua vida. Rasputin finalmente morreu depois de ser baleado e jogado num rio congelante em 1916.
Porém, corriam rumores de que Dee também estava envolvido com anjos e praticava numerologia, um campo místico de estudo que busca uma conexão divina entre certos números e eventos. Acredita-se que a Rainha Elizabeth I tenha usado esse conhecimento de numerologia na escolha da data para sua coroação (15 de janeiro de 1559). Dee assinava suas cartas à Rainha com o número "007", algo que Ian Fleming mais tarde reutilizaria em seus livros de James Bond.
Um artista chamado Henry Gillard Glindoni criou uma pintura intitulada 'John Dee Performando um Experimento diante de Elizabeth I' durante a era vitoriana. Em 2016, um raio-x da pintura revelou que uma versão anterior incluía um anel de crânios humanos em seu "experimento". A descoberta levantou ainda mais controvérsias sobre as práticas de John Dee.
O Rei Carlos VII governou a França medieval, uma época em que a bruxaria e o oculto eram puníveis com a morte. No entanto, o Rei tinha imunidade contra tais medidas punitivas. Muitos relatos sugerem que Carlos era fascinado pelo oculto.
Ele tinha uma extensa biblioteca de textos sobre astrologia, o que por si só não quer dizer muita coisa já que, na época, a astrologia ficava na área cinzenta entre ciência e misticismo. Carlos VII pode ter sido influenciado por seu pai, o Rei Carlos VI. Carlos VI era conhecido como "o Rei Louco" e era mentalmente instável. Ele foi obcecado por alquimia e o oculto durante seu reinado. Um historiador escreveu que sua corte estava cheia de "alquimistas, conjuradores, astrólogos e charlatões de cada descrição".
Dizem que Carlos VI fez várias tentativas para encontrar a mítica Pedra filosofal, que muita gente acreditava que tinha o poder de transformar metais simples em ouro ou prata.
Catarina de Médici nasceu numa das famílias mais prestigiadas da Itália e casou-se com o Rei Henrique II da França em 1533. Os Medici eram conhecidos por sua enorme riqueza e poder, mas também eram notórios por seus caminhos implacáveis.
Quando o Rei Henrique II morreu num acidente de luta e Catarina se tornou Rainha Regente para o filho deles, ela recorreu ao seu astrólogo Real para obter conselhos. O astrólogo teria olhado para um espelho mágico e contado para a Rainha que três de seus filhos reinariam como rei por um curto período de tempo e, depois, um primo tomaria o trono. Esta previsão, mais tarde, se provaria precisa.
Após sua morte, Catarina deixou para trás uma reputação de Rainha sinistra que se envolveu nas artes das trevas. Muitos questionaram sua escolha de companhia na Corte, que incluía o famoso Nostradamus (esta pintura retrata Catarina e o vidente juntos). Ela também mantinha vários astrônomos por perto que acreditava-se serem necromancistas e praticantes das artes das trevas.
Rodolfo II, Imperador Sacro Romano-Germânico, foi um governante notoriamente curioso que estabeleceu a cidade de Praga como um centro de conhecimento e criatividade. Como muitos governantes na história, ele também era obcecado por alquimia e filosofias místicas. Rodolfo tinha inúmeros alquimistas em sua folha de pagamento.
Ao longo da vida, Rodolfo se envolveu na busca pela lendária Pedra Filosofal e gastou enormes quantidades de dinheiro fazendo isso. Ele até pediu a ajuda de John Dee, o médium amado da Rainha Elizabeth! Rodolfo II também empregou outros videntes e alquimistas famosos, como Nostradamus e Michael Sendivogius.
Rodolfo proveu a cidade de Praga com uma magia e misticismo que existem até hoje. Os turistas, por exemplo, podem visitar o Beco dos Alquimistas dentro do terreno do Castelo de Praga.
O Rei Saul foi o primeiro rei de Israel. Ele governou durante o século XI a.C. e é mencionado no Antigo Testamento da Bíblia. Saul proibiu a magia em seu reino e todos os praticantes de magia foram banidos. No entanto, ele abriu uma exceção para si mesmo...
Quando Saul estava se preparando para a batalha contra os filisteus, ele estava com medo de deixar o resultado da luta nas mãos do destino. Por isso, contratou uma mulher conhecida como a Bruxa de Endor para ajudá-lo a contactar espíritos de outro mundo para obter conselhos. Ele garantiu que a feiticeira não seria banida ou morta e, então, ela conjurou o espírito de um líder morto chamado Samuel.
Gunnhild era uma rainha viking da Islândia que tinha a reputação de usar feitiçaria e maldições. Embora existam poucos registros históricos da Escandinávia do século X, acredita-se que Gunnhild tenha existido de verdade. A magia teve um papel importante na cultura viking naquele momento, então é provável que poderes místicos tenham sido atribuídos a ela.
De acordo com o conto islandês 'Saga de Egl', Gunnhild era bem versada nas artes mágicas e usava maldições e venenos para enganar seus inimigos. Dizem também que ela era uma adivinha, o que significa que ela conseguia ver o futuro e declamar profecias.
Gunnhild era amplamente temida por seus poderes mágicos e acabou sendo morta pelo Rei Haroldo, o Dente-Azul, da Dinamarca. Ele a jogou num pântano para se afogar pelos crimes que cometeu. O corpo de uma mulher foi recuperado em 1835 e muitos acreditavam que pertencia a Gunnhild!
Fontes: (Grunge) (Britannica) (History) (History Extra) (Daily Mail)
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O direito divino dos reis foi de uma importância gigantesca para garantir o poder exercido pelos monarcas europeus ao longo da história. A crença de que o rei ou rainha foi escolhido por Deus para governar dava-lhes o poder divino, colocando-os acima dos outros humanos e conectando-os a um poder superior. Por isso, não é de surpreender que muitos monarcas na história tenham se envolvido com o sobrenatural, o místico e o oculto. Alguns estiveram envolvidos com alquimia e astrologia, outros foram mais longe e se comunicaram com os mortos. Muitos líderes usaram os serviços de espititualistas, curandeiros e, provavelmente, de alguns vigaristas!
Clique na galeria e descubra quem foram os membros da Realeza que tinham conexões com o oculto.
Quando a Realeza usou o oculto (e a magia) para conseguir o que queriam
Falar com espíritos, previsão do futuro e a busca incansável pela Pedra Filosofal
Celebridades Paranormal
O direito divino dos reis foi de uma importância gigantesca para garantir o poder exercido pelos monarcas europeus ao longo da história. A crença de que o rei ou rainha foi escolhido por Deus para governar dava-lhes o poder divino, colocando-os acima dos outros humanos e conectando-os a um poder superior. Por isso, não é de surpreender que muitos monarcas na história tenham se envolvido com o sobrenatural, o místico e o oculto. Alguns estiveram envolvidos com alquimia e astrologia, outros foram mais longe e se comunicaram com os mortos. Muitos líderes usaram os serviços de espititualistas, curandeiros e, provavelmente, de alguns vigaristas!
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