'Run for Your Life' (1965) traz a letra: 'Prefiro ver você morta, mocinha, do que com outro homem'. O fato de que John Lennon e Ringo Starr mais tarde admitiram referência a violência doméstica torna essa letra ainda mais problemática.
O cantor britânico provavelmente ficaria envergonhado com essa música lançada em 1975. Na letra, ele canta: 'garota da ilha, o que você quer com o mundo do homem branco... Garota da ilha, o garoto negro lhe quer no seu mundo da ilha'. Um tom preconceituoso e desnecessário.
Em 1995, Mick Jagger disse à revista Rolling Stone que não escreveria uma letra como essa nos dias atuais. De fato, esse hit de 1971 contém trechos duvidosos em alusão à escravidão, como 'o velho senhor negreiro está se dando bem / Ouça-o chicoteando as mulheres por volta da meia-noite'.
Como se 'I Kissed a Girl', de 2008, já não fosse problemática por explorar de forma casual a bissexualidade, a diva pop canta em 'Ur So Gay', de 2007, a seguinte letra: 'Não acredito que me apaixonei por alguém que usa mais maquiagem... Você é tão gay e nem gosta de garotos'.
Lançada em 2008, 'Picture to Burn' contém o trecho: 'Então diga aos seus amigos que eu sou obsessiva e louca... Tudo bem, eu direi aos meus que você é gay'. Chamar alguém de homossexual para se sair bem na fita? Isso está ultrapassado e ainda é politicamente incorreto.
Lançada em 1964, 'Kissin' Cousins 'contém versos que fazem referência a relações íntimas entre membros de família.
'China Girl' (1983) é problemática em muitos níveis. A letra da música não apenas ameaça a jovem asiática tema da música, disfarçada de balada romântica, como Bowie puxa os olhos em menção ao estereótipo físico da etnia no clipe.
Aaliyah morreu tragicamente jovem em 2001 e ainda casou com R. Kelly quando era menor de idade. Ouvi-la cantar 'A idade não é nada, mas apenas um número' no hit de 1994 soa ainda mais perturbador, especialmente quando relacionamos as circunstâncias.
Apesar de elogiada por algumas feministas na época, a música de 1972 causou grande controvérsia devido à comparação dos direitos das mulheres à opressão dos afro-americanos.
Embora tenha alcançado o topo das paradas em 1973, o título da música 'Half Breed', que remete à vida de uma mestiça, meio branca e meio nativa americana, seria certamente hoje alvo de críticas.
Enquanto a mensagem de harmonia racial tinha boas intenções, o conteúdo da música de 1982 é considerado como algo rude e simplista nos dias de hoje.
O nome da música de 1978, 'Fat Bottomed Girls', já é altamente pejorativo e gordofóbico e a canção possui trechos polêmicos como "garotas de b undas grandes, vocês fazem o mundo do rock girar". Tanto que, em 2023, a faixa foi excluída do disco 'Greatest Hits' (1981) para evitar a "cultura do cancelamento". A versão 'editada' do icônico álbum (o mais vendido de todos os tempos no Reino Unido) foi lançada no início de agosto na Yoto, plataforma de áudio voltada para o público mais jovem.
Além disso, a letra descreve uma obsessão que um garoto teria com sua 'babá travessa', o que é preocupante, para dizer o mínimo.
O nome da música de 1993, que significa 'me estupre', é errado, injustificável e algo que o falecido Kurt Cobain não pode mudar.
A banda britânica retorna à lista com a machista 'Under My Thumb', de 1966, que trata da submissão de uma jovem. Jagger canta os péssimos versos: 'Depende de mim, sim, do jeito que ela faz é exatamente o que lhe foi dito'.
Lançado em 1976, o hit faz referência velada a conteúdo
s e x u a l com alguém menor de idade no verso: 'minha criança virgem'.
Traduzida para 'Cara (parece uma dama)', a música de 1987 seria considerada ofensiva hoje em dia, especialmente com assuntos sérios como os direitos dos transgêneros e identidade de gênero.
Lançado em 1988, 'One in a Million' é uma música com conteúdo extremamente ofensivo. A canção denigre os imigrantes e se refere aos negros e homossexuais de forma hostil.
O hit de 1980 é uma música sobre um professor pedindo que seu aluno não fique muito perto dele porque eles estão envolvidos em um negócio ilícito. Não é um bom tema para uma música, por mais cativante que seja a melodia.
A ideia de que uma mulher deve aceitar as transgressões e o mau comportamento de seu companheiro na música de 1968 'porque, afinal, ele é apenas um homem' não se sustentaria hoje.
Lançada em 1985, 'Money for Nothing' foi depois editada para remover conteúdo ofensivo, porque originalmente usava a palavra homofóbica 'faggot'
('v - a d i n h o' em português) três vezes.
'Hot Child in the City' (1978) fez muito sucesso, mas o problema é que o hit se refere a uma 'criança', que vende o seu corpo: 'Venha para a minha casa, baby, vamos fazer amor'.
Enquanto as intenções desse hit natalino de 1984 eram sem dúvida boas (arrecadava dinheiro e conscientizava para a caridade na África), a música agora é vista como altamente condescendente e culturalmente insensível.
'Indian Outlaw' é uma música de 1994 que inclui uma longa lista de estereótipos em suas letras. Inclusive, foi tema de protestos por muitos nativos americanos após seu lançamento.
Traduzida como 'Ele me bateu (e parecia um beijo)', a música de 1962 foi inspirada na vida da cantora Little Eva, que estava em um relacionamento abusivo. A canção contava com versos preocupantes banalizando a violência doméstica: 'Se ele não se importasse comigo / eu nunca o teria deixado louco / mas ele me bateu / e fiquei feliz'.
Cantar sobre 'virar japonês' como o The Vapors fez nessa música de 1980 não seria visto como algo particularmente engraçado hoje.
Lançado em 1974, 'Kung Fu Fighting não é uma homenagem à cultura chinesa como parece... Parece mais que o artista está fazendo piada.
'Johnny Get Angry' é uma música de 1962 em que a cantora está pedindo ao namorado que fique bravo com ela, aja como um homem das cavernas e 'deixe-me saber que você é o chefe'.
Lançada em 1962, 'Ahab the Arab' é uma das músicas mais politicamente incorretas já lançadas. Stevens não apenas zomba da língua árabe, como a canção está repleta de muitos estereótipos sobre esse povo.
'Walk on the Wild Side' é uma música de 1972 que se refere às mulheres trans. O conteúdo da letra foi considerado transfóbico em 2017.
De maneira geral, evoluímos para um ponto em que fazer ofensas a minorias é considerado errado e passível de punições legais em muitos países. Mas as coisas nem sempre foram assim e muitos estereótipos, mensagens desrespeitosas e referências de péssimo gosto foram retratados em músicas de sucesso, que na época 'passaram'.
Felizmente, hoje em dia letras politicamente incorretas e hostis não passariam ilesas de críticas! Inclusive, um sucesso icônico do Queen foi retirado de álbum de 1981 para evitar cultura do cancelamento!
Músicas que não envelheceram nada bem
Esses sucessos são politicamente incorretos e ofensivos
Música Estereótipos
De maneira geral, evoluímos para um ponto em que fazer ofensas a minorias é considerado errado e passível de punições legais em muitos países. Mas as coisas nem sempre foram assim e muitos estereótipos, mensagens desrespeitosas e referências de péssimo gosto foram retratados em músicas de sucesso, que na época 'passaram'.
Felizmente, hoje em dia letras politicamente incorretas e hostis não passariam ilesas de críticas! Inclusive, um sucesso icônico do Queen foi retirado de álbum de 1981 para evitar cultura do cancelamento!
Na galeria, conheça alguns dos hits mais controversos já lançados e que nunca seriam lançados na atualidade. Você vai ficar chocado que muitos desses clássicos são obras dos nossos artistas favoritos.